segunda-feira, abril 17, 2006

Danna Jean-Luc

Meu nome é Danna Jean-Luc, na verdade era para ser Danna Grimaldi, mas minha mãe não achou prudente eu ter o sobrenome dela já que nunca saberiam que eu era filha dela. Pena que ela não contou com meu pai bebendo e brigando comigo por causa disto... A maior pergunta é: porque não me assumir, quem se importa... Agora tenho uma mãe melhor, pai... Não me importo de ter ou não. Vou contar a historia que eu sei por cima.
Charles Jean-Luc, 39 anos, francês rico, boa pinta e carismático. Típico de todos os franceses, afinal eles acham que vieram ao mundo gastar dinheiro e curtir a vida regada à bebida e a sexo, perdas de tempo.
Stéphanie Grimaldi, princesa de Mônaco, 39anos. Princesa de Mônaco, divorciada duas vezes... Vários namorados, um ate expulso pelo pai e aos 17anos sofreu um acidente com a mãe Grace Kelly.
Foi nesta época que o monarca Rainier III descobriu que sua filha mais nova estava grávida... O maior problema era, descobrir quem era o pai. Ainda no começo de gravidez foi fácil esconder este fato da imprensa, pois todos estavam mais preocupados com a morte da Princesa Grace Kelly.
Algumas investigações por meio de detetives particulares o príncipe Rainer III descobriu o nome do pai, um francês chamado Charles Jean-Luc que na época também tinha 17 anos.
Pressionando a filha descobriu como aconteceu. Em uma das festas os dois resolveram dar um passeio pelo hotel, papo vai papo vem, champagne e outras bebidas logo estavam se beijando em uma suíte qualquer. O álcool e o proibido influenciaram para que os dois sucumbissem a luxuria... Palavras bonitas para falar que eles transaram sem nenhuma responsabilidade nem preocupação... E isso resultou em mim... Danna.
Houve uma briga, discussões e um pequeno problema diplomático... Meu pai ficou proibido de entrar em Mônaco ate que a criança completasse uns 16 anos.
Quando nasci minha mãe queria ficar comigo, mas o poderoso príncipe não permitiu me mandando aos dois meses de vida para os braços do meu pai que não teve alternativa a não ser cuidar de mim afinal era dele também. Charles na sua inocência ou estupidez assinou um contrato onde não poderia nunca revelar de quem era a mãe de sua filha, ele assumiria toda a responsabilidade em troca de uma gorda pensão.
Isso nunca foi problema, afinal fui criada por babas e em escolas internas. Acho que é por isso que não ligo de ter pai... Agora mãe é outro caso, sempre fui à excluída de tudo, pois meus pais eram ausentes, alias... Eu sempre achei que não tinham nem pai nem mãe... E que Charles cuidava de mim por pena.
Já com este pensamento aos 10 anos comecei a conversar com meu “pai” e perguntar sobre minha mãe. Como já tinha bebido um pouco a mais começou a falar tudo o que não deveria ouvir... Falou que minha mãe me vendeu para ele, também falou que não passava de um erro e que nem precisava fazer nada, pois nunca iria conseguir ser alguém na vida. Deste dia em diante nunca mais chamei ele de pai... Comecei a estudar para ser a melhor e provar que ele estava enganado.
Após terminar os estudos comecei a me preparar para uma faculdade e como não queria ficar perto de meu pai resolvi ir para outro país, procurando e revirando alguns papeis vi que ele não poderia entrar em Mônaco correndo risco de ser preso... Não deu outra, quando tive idade parti para Mônaco estudar... Passei na melhor faculdade e agora terminando o curso de Administração.
Não percebi ate a poucos uma mulher que sempre me observava... O nome dela era Perola Piaget, uma mulata muito bonita que me adotou como filha... A principio não entendi o porque... Agora com ela me explicando a situação e vendo a não vida que ela leva só consigo admirá-la cada vez mais.
Adotei Perola como minha mãe já que nunca soube quem era a minha verdadeira mãe... Quando completei 20 anos Perola me “contratou” como sua secretaria particular e nosso vinculo se torna mais forte a cada dia.
Pensei nunca amar uma mulher nem chamá-la de mãe... Mas com Perola é diferente, ela foi à mãe e o pai que eu nunca tive, me dando atenção e carinho... Daria minha vida para fazê-la feliz.
Sou a primeira da turma em Administração só que ainda estou no começo do curso... Perola me ajuda em muitas coisas, me ajudou a solucionar esta grande interrogação que é a minha vida.
Nós contratamos um detetive e ele descobriu quem era minha verdadeira mãe. Faz um mês que eu sei disto e o que sinto por Perola aumenta a cada dia e nunca ira mudar, já por Stéphanie e Charles só sinto desprezo.