sábado, novembro 20, 2010

The Manson's


Jessie estava quieta, pela primeira vez na vida um conhecido iria vê-la como muita gente gostaria. Sentia-se estranha então passou novamente a mão no vestido branco. Olhou para baixo para poder conferir e suspirou passando a mão nos cabelos lisos. Em sua mente vagava ameaças a todos que zoassem ela por causa do vestido.

Mexeu o pé direito e pode ver o sapato marrom de bico fino e salto mais fino ainda, ainda ficava assustada por saber andar com aquele tipo de sapado. Moveu-se devagar dando alguns passos à frente e parou olhando para os lados. Sentia falta de sua calça e também da moto, ainda não acreditava que iria de carro.

Ficou olhando para o táxi se aproximando, suspirou e passou a mão nos cabelos novamente apertando a bolsa pequena que estava em seus braços. A porta se abriu e logo entrou no carro falando um endereço. Sabia que só uma pessoa podia estar lá, mas iria arriscar.

Não demorou muito e o táxi parou, Jessie tirou o dinheiro da bolsa e entregou para o rapaz, logo olhou para o prédio ao seu lado e suspirou saindo, nem deu tempo para pensar em ir embora, pois o táxi prudentemente partiu.

- Droga!

Falou desanimada e segurando um pedaço da saia do vestido longo começou a caminhar, olhou o tapete vinho escuro, deu de ombro e voltou a caminhar olhando para a porta de vidro fume. Balançou a cabeça e pensou “discreto”.

Assim que passou a porta com os olhos claros pode contar alguns seguranças, na verdade contou seguranças demais. Apertou os dedos da mão direita na bolsa, mas continuou andando imponente.

Passou a primeira porta dupla e pode ver muita gente, algumas em pé caminhando por entre as mesas, outras sentadas em mesas jogando BlackJack e roleta. Jessie parou no topo da escada que dava para o grande salão.

Seus olhos procuravam alguém, percorria por todos os lados quando ficou corada, de costas para ela uma pessoa conhecida. Abaixou de leve o rosto e desceu os degraus rápido parando ao lado de um grande homem de olhos pretos.

- O que foi garota? – O armário ambulante falou.

- Ah, nada não, desculpa estou procurando senhor Wank, sabe onde ele esta?

- Senhor Wank só atende com hora marcada. – Ele falou num tom bravo.

- Bem, eu sei disto... – Pegou um cartão da bolsa e entregou para o homem. – Aqui esta meu salvo conduto!

O homem pegou sem falar mais nada, leu por alguns segundos e olhou para a garota, levantou a sobrancelha e começou a andar por entre as pessoas. Jessie não pensou duas vezes e seguiu o homem.

Não percebeu para onde estava indo até que tropeço em algo e acabou esbarrando em alguém e segurou-se nas costas do armário a sua frente.

- Olha por onde anda! – O armário falou bravo.

O homem que foi esbarrado virou o corpo, Jessie não sabia, mas ele tinha sentido algo estranho quando ela o tocou. Por segundos ficou olhando para as costas dela.

- Jess!? – O rapaz falou meio confuso.

Jessie nem se moveu somente manou a mão indicando que estava bem e foi para frente do armário caminhando um pouco mais rápido, seu coração batia forte, afinal entre tantos lugares para ele ir porque ali.

Dean ficou parado ainda vendo a mulher sumir, ficou olhando procurando com os olhos, mas em sua mente a negação era simples, afinal Jessie nunca usaria um vestido... Levantou-se e esticou o corpo um pouco, mas o grande homem se fez como uma barreira.

A curiosidade tomou conta de Dean que virou o corpo de wisky e caminhou indo atrás dos dois.

O homem guiou Jessie até uma porta onde bateu duas vezes, sem demora a porta foi aberta revelando-se um escritório bem claro, carpete creme com tapete persa sobre ele, uma mesa de mogno escura, telefone, computador, abajur ao lado um conjunto de sofá contendo duas poltronas e um sofá de três lugares, uma mesinha de centro e uma mesa de canto. Do outro lado uma porta e um carrinho com algumas bebidas; na parede varias telas de tv mostrando o movimento do cassino e a entrada.

Jessie parou olhando para os dois ocupantes da sala, um homem atrás da mesa gordo com sua roupa impecável e ao lado da porta um homem que lembrava Alex, mas este era moreno. Respirou fundo e caminhou para dentro da sala sorrindo para o homem gordo atrás da mesa.

- Senhor Wank! – Falou de uma maneira casual.

- Senhorita FireWhell, sabe quanto tempo espero esta visita? – O homem falou movendo a mão, dispensando o grandalhão.

- Sinto muito senhor Wank... E..- antes de falar o homem começou.

- Por favor minha bela, me chame de Willian... Afinal somos ‘parceiros’ não? – Ele mantinha um sorriso que fez um calafrio subir pela coluna de Jessie.

- Ah, claro se... Willian. – Falou sorrindo. – E exatamente por isso que estou aqui! – Pegou um folder da bolsa que estava cuidadosamente dobrado. – Lembra-se?

Jessie colocou o folder aberto sobre a mesa virado para Willian. Era bem simples, um motoqueiro com um capacete estilizado com cara de zumbi, com letras coloridas escrito “Racha das Bruxas!”. O sorriso do rosto de Jessie sumiu.

- Hum, o que tem isso Jessie? – Ele falou curioso.

- Isso é uma coisa muito importante... Afinal se somos sócios – Bateu o dedo sobre a corrida. – Quero minha parte.

Falou olhando para ele, Jessie mantinha um tom bem calmo.

- Sua parte? – Wank riu. – Que parte?

- A parte que eu ganhei a corrida e você pegou o dinheiro todo! – Irritada.

- Ah, disto que você esta falando. – Levantou sorrindo – Jorge, entregue para nossa querida FireWhell o que ela ganhou nesta corrida!

O homem sorriu e aproximou-se de Jessie, moveu a mão dentro do terno e pegou algo, tirou uma nota de cinqüenta e entregou para Jessie rindo, mas não parou por isso, sem que Jessie pudesse ver virou o tapa no rosto dela.

A bofetada a vez girar o corpo, perdendo o equilíbrio e caindo no chão o rosto ardeu e ficou vermelho, do canto dos lábios um filete de sangue escorreu.

- Então, esta bom este pagamento sua vagabunda! – Wank rio alto. – Ou você quer mais?

Jorge sorriu e chutou Jessie que estava tentando se levantar ainda surpresa.

- Filho da puta... – conseguiu falar depois de cair um pouco para trás.

Jorge riu divertido.

- Ela tem uma boca suja chefe! – Olhando para Jessie que se levantava com os olhos meio avermelhados.

- Isso é para a senhorita aprender que o chefe aqui sou eu, quando mandar você vir, não quero que demore, no mesmo instante enfia o rabo entre suas pernas e venha me ver. – Bradou o homem sentando-se no sofá

Jorge foi para cima de Jessie, mas parou no meio do caminho vendo o carrinho de bebidas flutuarem.

- Ch.chefe... – Falou com uma voz tremida.

Willian olhou para direção dele.

- O que foi? – Disse com descaso.

- Ch.chefe... Olha! – Falou alarmado e deu uns passos para trás.

- O que? Fala logo porra! – Willian se virou para Jorge e para a direção que ele mostrava.

Jessie se levantou, o chute que Jorge tinha dado acertou brevemente sua boca fazendo o sangue escorrer, seus olhos avermelhados eram emoldurados por pequenos raios voltaicos que escapavam pelos longos cílios.

Com um pequeno movimento uma pequena bola de raio escapou de seus dedos acertando o carrinho de bebida, que pela energia explodiu começando a pegar fogo.

Willian tremeu olhando assustado, levantou-se correndo para perto de Jorge que seguiu para a porta. Jessie moveu a mão e jogou uma pequena bola de energia sobre ela.

No grande salão Dean tinha se aproximado do homem armário que protegia a porta que dava ao escritório do chefe.

Quando ele ia falar alguma coisa o barulho de algo explodindo pode ser ouvido, o homem ignorou Dean e foi para a porta, mas quando ele tocou a maçaneta todos podem reparar o homem tremer e soltar um grito, nem demorou muito os sprinkler começou a jogar água tentando apagar o incêndio. Gritos de muitas pessoas podem ser ouvidos abafando os gritos assustados que vinham de dentro.

Jorge e Willian pegaram suas armas apontando para Jessie, sem pensar começaram a atirar. Foram varias balas entrando no corpo da garota e a empurrando para trás, o sangue começou a escorrer abundantemente manchando o vestido branco.

O rosto de Jessie abaixou para olhar o corpo e logo olhou para os dois, um sorriso maldoso brotou no rosto dela e apontou as mãos para eles, logo os poucos cacos de vidros voaram na direção deles, assim como pedaços de madeira acertando o corpo dos dois.

Dean sentia o perigo, não sabia bem o que estava acontecendo nem o que era, chutou o corpo do homem grande para desbloquear a porta e logo socou o corpo contra a madeira fazendo-a ceder.

Assim que entrou Jessie caiu no chão ajoelhada, estava toda molhada o sangue escorrendo ainda por um ou dois ferimentos ainda aberto... Os homens presos na parede por madeira, eles ainda gemiam um pouco, mas certamente não sobreviveriam.

Sem pensar muito Dean pegou-a no colo e começou a caminhar para fora, os olhos abaixaram-se nela e falou num tom preocupado.

- Jess... Que aconteceu?

Correu para direção de um carro que tinha alugado e a colocou deitada no banco de trás, passou a mão no rosto dela falando baixo. Jessie estava sem se mover, sua respiração era tão fraca e superficial que Dean socou o volante assustado, não sabendo se ela estava viva ou não.

- Calma Jess... Você vai melhorar, não se preocupa... Eu estou aqui!

Falou entrando no lado do motorista, olhou para trás e ficou observando ela alguns segundos, passou a mão no rosto sem se importar com a roupa molhada e suja de sangue, respirou fundo e olhou para frente, ligou o carro e acelerou indo para direção do Bar.

sábado, novembro 13, 2010

Inverno Revelador

A escuridão ocultou adequadamente o corpo de Joseph, sempre fora assim e gostava disto. Não estava respirando, afinal não precisava disto. Parou olhando para o ateliê e logo se voltou para a porta.

Os sons das batidas do coração lhe chamavam a atenção, rápido e forte, porém assustados. Isso aguçou sua sede. Pareceu que a boca se encheu de água então ficou olhando para a porta.

Joseph não conseguiu descrever a perfeição que estava entrando. Cabelos claros emoldurando o rosto perfeito. Certamente aquela mulher foi esculpida pelos anjos, este foi o único pensamento que Joseph conseguiu ter.

Seus olhos percorreram o corpo da mulher, mesmo escondido atrás do moletom marrom da calça rosa e meias brancas, cada centímetro que via fazia com que sua boca se enchesse de água. Por segundos pensou em ir abraça-lá, mas o terror que via em seus olhos o aconselhou a ficar quieto observando.

Sorria com a valentia da mulher, enfrentar dois bandidos somente com, fixou os olhos na mão dela e quase gargalhou, nas mãos dela uma pequena estatueta.

Brilhante, com facas na cozinha e vários instrumentos cortantes para esculturas você quer enfrentá-los com uma estatueta!?

Balançou a cabeça negando alguma coisa quando percebeu que Clare abaixou, ficou intrigado e passou a observar o chão. Respirou fracamente, mas o bastante para poder sentir o cheiro ocre no ar, fechou a cara e fitou o armário, torcendo para que ela não tocasse nele, mais foi isso que as mãos delicadas fizeram.

A cabeça rolou e o pânico instalou-se por completo em Clare. Joseph somente a viu sem força tomar na porta do armário e logo escorregar, mas antes mesmo dela atingir o chão a mão a puxou contra o corpo.

Ela estava sem vida devido ao choque, moveu a cabeça até o peito e pode sentir as batidas leves do coração. Deu um pequeno sorriso e sem fazer muita força a pegou no colo e começou a caminhar seguindo para casa, observando cada centímetro dela.

Parou na frente da escada com Clare desmaiada nos braços, subiu a mão até sua face e acariciou devagar ajeitando uma mexa de seu lindo e sedoso cabelo para trás da orelha e sorriu pousando os lábios na bochecha, nem chegou a encostar, sentiu o aroma que vinha da pele dela.

Joseph sabia que era este o aroma que tinha perseguido a eternidade. Com passos calmos subiu as escadas sendo guiado pelo cheiro, iria para o lugar onde tinha a maior quantidade do cheiro.

Abriu a porta e viu pode visualizar o quarto. A cada segundo Clare o encantava mais, sua arte, sua casa, seu corpo. Joseph abaixou a cabeça e pode ver o moletom, torceu o nariz com desgosto, afinal ela deveria ser coberta por seda.

Entrou no quarto e colocou-a deitada sobre a cama, moveu a mão tirando as meias e com os dedos hábeis tirou a calça rosa agora apreciando as curvas das pernas. Não chegou a tocar em sua pele, mas percorreu seu comprimento dos pés até o começo do blusão. Delicadamente tirou a blusa e observou-a somente de roupas de baixo.

-Bela e valente, como seu cheiro.

Clare ainda não tinha despertado do desmaio, isso facilitaria as coisas, pegou uma toalha e limpou seus pés, secando eles, subiu pegando sua mão e lambendo de leve o sangue no dedo, as presas saltaram desejando cravar-se naquela pele rosada.

Lambeu os lábios e logo se pos de pé, pegando o celular e falando num tom baixo aproximando-se da janela deixando Clare deitada.

-Natasha, pegue Pierre e Luccas e faça uma limpeza, tire todo o vestígio de sangue, troque um vidro e de fim nos corpos, não quero que saibam o que aconteceu!

Do outro lado da linha Natasha ficou dura, seu coração batia tão forte que Joseph conseguia ouvir pelo celular.

-Não se preocupe minha querida, estou bem, não aconteceu nada comigo, só faça o que mandei... ...E Natasha, seja discreta e sem barulho, ainda existem mortais no local...

Joseph confiava na competência dela então desligou e voltou-se para a cama, sorriu para a beleza semi nua deitada na cama. Deu um passo para poder observa-lá melhor. Cada passada de olhos sobre o corpo fazia seu coração a muito parado pulsar.

Será que esta com frio?

Caminhou pegando a coberta e a cobrindo, não gostou muito desta solução mais fez isso. As luzes ainda desligadas o quarto era somente iluminado pelo brilho do fogo na lareira.

Deixou-a adormecida, somente observando-a cada segundo que passava.

Os segundos passavam quase como um milênio e Joseph aproximou-se da cama novamente inclinando o corpo para direção dela, olhou em seus olhos e maneou a cabeça como se estivesse confirmando algo.

Qual seu gosto?

Ao pensar isso desceu os lábios sobre os dela bem de leve, um suave selinho e logo se levantou esperando-a acordar. Às vezes costumava fazer isso ficar observando as pessoas.

Chamou as sombras novamente ficando oculto para os olhos mortais. Somente o suave perfume dele podia ser sentido no quarto.

sábado, novembro 06, 2010

Inverno Revelador

Inverno... Frio, escuro e solitário. Estas eram as palavras para definir a estação e até mesmo o coração de Joseph.

Após um dia muito frio e cheio de neve e o tédio consumindo a mente dele, não aguentou mais nenhum segundo dentro da grande mansão.

Levantou-se da poltrona central e começou a caminhar.No mesmo instante Natasha se colocou ao lado da porta, estava com seu casaco roxo nas mãos e um casaco chumbo na outra, seu sorriso era grande e esperançoso.

Os olhos verdes de Joseph pararam nela por alguns segundos. Fechou os olhos e balançou a cabeça falando num tom baixo:

- Desista! Vou sozinho!

O sorriso de Natasha sumiu.O coração se apertou e segurou forte o casaco roxo nas mãos.

- S-senhor? Não é muito arriscado ir sozinho?

Abriu os olhos e fixou nos olhos dela. Tão bela, os cabelos vermelhos, os lábios grossos e a pele clara. Por um segundo Joseph ficou tentado a não sair e ficar, procurar consolo nos braços da mulher ruiva que estava tão disposta a dar a atenção necessária, mas não era isso que queria, precisava procurar algo que fizesse o inverno do seu coração sumir.

- Já falei, vou sozinho!

Natasha afirmou com a cabeça e moveu o casaco chumbo colocando sobre a camisa vermelha e a calça social preta.

- Esta bem senhor, estarei aqui se precisar!

Joseph só afirmou com a cabeça e começou a sair, abriu a porta principal e visualizou o jardim todo branco. Ficou olhando para a neve por alguns instantes e começou a caminhar.

Não tinha nada em mente só caminhar um pouco pela cidade, inconsciente de sua busca. Não sentia frio como todos, mas não iria demonstrar isso, então estava meio encolhido entre seu casaco pesado de inverno. Os olhos verdes percorriam as ruas observando cada pessoa que passava.

Seus sentidos aguçados facilitavam muito sua vida. Caminhou quieto sem demonstrar muito ânimo, como a maioria das pessoas.

Sentiu um pouco de fome, mas nada que pudesse atrapalhar seu auto-controle, seguia devagar quieto com as mãos no bolso, mas algo chamou sua atenção. Virou o rosto para a direção de um beco quando ouviu o rapaz falando para o outro:

- Vai ser fácil mano, só entrar e pegar as coisas, a mulher tem grana e mora sozinha, passa mais tempo fora do que dentro.

- Tem certeza?

- Tenho sim, mas a gente leva o berro só pra não ter problema!

O homem afirmou com a cabeça e os dois saíram do beco seguindo para direção.

Joseph lambeu os lábios e começou a caminhar, não era o que procurava, mais alguma emoção em sua vida agora teria.

Seguiu os homens de longe, não tinha que ficar colado, os olhos sempre atentos a todos os movimentos.

Os dois cochichavam falando sobre o que pegar na casa, Joseph sentiu um enjoo, eles iriam roubar uma artista, como eles pensaram que sairiam impune disto, Joseph deu um sorriso, a polícia não precisava achá-los, pois logo iriam achar a punição certa em seus braços.

Os homens pararam na frente de uma casa, ficaram olhando por alguns segundos quando pularam o muro e começaram a correr silenciosamente para a janela lateral. Com um pequeno sorriso, Joseph tomou impulso e pulou para dentro do quintal, olhando em volta e escondendo-se na sombra, observou os dois quebrando a janela.

Os olhos verdes dele percorreram a casa e viu em uma janela na parte de cima um movimento, balançou a cabeça negando os dois ladrões que acabara de entrar.

- Amadores!

Falou baixo e num segundo estava parado ao lado da janela que agora estava arruinada, em um movimento Joseph já estava dentro, moveu o casaco fazendo alguns flocos de neve cair no chão, moveu a cabeça observando o interior, era aconchegante. Sorrindo , respirou fundo e sentiu algo estranho, aquela casa tinha um cheiro diferente de tudo que ele já sentiu. Um cheiro que atiçou seu lado a muito adormecido, sentiu seu corpo despertar.

Ficou assustado por alguns segundos, mas balançou a cabeça ignorando isso e começou a caminhar. Não seguia mais em busca de emoção e sim em preservação, queria proteger quem tinha aquele cheiro.

Seus olhos do verde esmeralda foram para um vermelho sangue, as garras apareceram e as presas saltaram para fora, não sabia bem porque isso, mais iria proteger a qualquer custo.

- Por aqui mano!

Joseph pode ouvir os movimentos deles e rosnou baixo seguindo para direção dos dois. De longe pode vê-los pegando uma escultura, era linda, sua perfeição tomou alguns segundos de sua atenção, mas balançou a cabeça se focando no que tinha que fazer.

Os olhos brilharam e quando colocaram o saco no chão para poder pegar outra escultura. Joseph pulou sobre o rapaz, as garras foram cravadas nos ombros e as presas foram violentamente para o pescoço dele sugando-o, por segundos um quase grito saiu, mas a mordida fez com que o rapaz engasgasse e acabou soltando um gemido.

Quando o outro olhou para seu colega paralisou-se. Os olhos de Joseph o hipnotizou. Não conseguia piscar, apesar da cena aterrorizante ele ficou cheio de desejo.

Deixou o corpo sem vida do primeiro cair no chão, num segundo já estava sobre o outro, as garras afundaram-se na cabeça do rapaz e com uma força desumana Joseph girou a cabeça ouvindo somente um barulho seco de osso se partindo, o corpo agora sem vida caiu no chão.

Joseph sorriu por alguns segundos lambendo os lábios, quando ouviu o barulho de passos, imediatamente pensou. “Será que ouviram?” moveu-se rápido pegando os corpos e enfiando dentro de um armário, logo iria tirá-los dali.

Voltou sua atenção para a sala, vendo a sacola no chão com a escultura arrumou-a no lugar certo e correu para as sombras se escondendo. Não precisava respirar e sua habilidade em ofuscar-se o ocultou perfeitamente de olhos não treinado.