terça-feira, maio 29, 2007

Maria.

Os olhos de Maria estavam cheios de água, não queria ver mais ninguém. Respirava e inspirava porque o corpo assim desejava sua alma e seu coração já não queriam estar naquela situação.
Fechou os olhos assim como as mãos, desejou com todas as forças voltar para o passado e poder reescrever o que tinha acontecido. Abaixou a cabeça e logo sentou no chão, as lágrimas caíram devagar manchando seu rosto e também molhando o chão com as pequenas gotas que caiam.
Por segundos parou de respirar e sua mente ficou em branca, ninguém sabia o que se passava nela, a sua volta muitos amigos observavam sem saber o que fazer nunca ninguém viu Maria daquele jeito.
Depois de uns vinte minutos conseguiu abrir os olhos e afrouxar as mãos, gotas de sangue começaram a cair lentamente por entre seus dedos até o chão.
Paulo se aproximou, mas logo foi segurado, a cabeça começou a se mover na direção dele. A voz de Maria pode ser ouvida bem baixa.
- O que foi?
Ninguém teve coragem de falar. Suas amigas mordiam o lábio inferior e seus amigos olhavam para os lados, foi neste instante que resolvera sair dali, mesmo não sabendo para onde ir. Seus passos eram firmes, ainda desconhecendo o caminho.
Olhou para trás e pode ver todos quietos observando-a, suspirou e continuou a caminhar se afastando, mordeu um pouco a língua e chutou uma pedrinha.
- Maldição. Por que comigo?
Parou encostando-se em uma pilastra e olhou para cima, parecia procurar alguma coisa, piscou e logo começou a forçar a vista, queria achar e logo achou, abriu um sorriso. O primeiro de muito tempo.
- Você esta ai!
Começou a caminhar novamente só que agora olhando para cima, a respiração seguia pesada, logo abaixou o olhar e parou antes que pudesse acertar alguma coisa. Mesmo sem olhar para lugar nenhum nem ver se tinha alguém do seu lado.
- Onde estão os outros?
Ninguém respondia, nem tinha porque responder, afinal a pergunta não tinha sido feita para responderem.
- Quero os outros, não quero ficar sozinha aqui.
Sua voz agora tinha um tom de tristeza que nunca ninguém ouviu. Foi levantando o rosto devagar e pode olhar para o céu, fechou a mão novamente segurando forte, as unhas voltaram a machucar sua palma e novamente a sangrar.
- CADE?
O grito pode ser ouvido por todos, tremeu e ajoelhou-se deixando outras lagrimas caírem, mas logo pode ouvir os passos atrás, tentou se controlar e começou a se levantar quieta limpando as lagrimas, mas deixando as marcas de sangue em seu rosto.
Paulo que estava próximo correu até ela e a abraçou forte, o corpo de Maria tremia ao contato do corpo de Paulo, sua mente voltou rapidamente para o presente, olhou para ele com um olhar triste e perturbado.
- O que aconteceu, porque não estou com eles?
Não sabendo o que responder Paulo só passou a mão em seu rosto e suspirou encostando a cabeça dela no ombro e murmurando baixinho, só para que ela ouvisse.
- Tem coisas que só os Deuses sabem responder.
Maria abaixou a cabeça encostando-se no ombro dele e abraçando-o forte, querendo proteção, estava já cansada de tudo parecia não querer mais lutar. Paulo tentava dar a proteção que ela queria, mas sabia que não conseguiria nunca manter isso, abaixou a cabeça e acariciou de leve murmurando baixinho.
- Vamos, temos que ir antes que cheguem!
Olhou para ele e afirmou a cabeça, enquanto os outros chegavam, Maria olhou para ele e para os outros que se aproximavam, afirmou com a cabeça.
- Sim, vamos!
Ele segurou a mão dela forte e começou a guiá-la para o norte, para o caminho que todo o grupo seguia.
Ninguém tinha noção do que estava acontecendo. Caminharam por muito tempo, todos estavam cansados, até as feridas já estavam cicatrizando. Carla virou para Maria e timidamente murmurou.
- Para onde vamos?
A pergunta foi pega de surpresa, balançou a cabeça negativamente.
- Não sei, achei que...
Todos pararam e sem mesmo pensar viraram-se e olharam bravos para Maria. Paulo que estava ao lado entrou na frente e falou irritado.
- O que é isso? Depois de tudo que aconteceu ninguém deve ficar com esta cara para ela, pois foi a que mais perdeu aqui.
Maria olhava para ele sem entender o que aconteceu, mordeu o lábio e criou coragem para falar, tocou o ombro de Paulo e se moveu de leve para frente, olhou nos olhos de todos, estava muito seria, ninguém nunca a tinha visto daquele jeito.
- Agora chega. Não lembro de muita coisa então vamos embora.
Sem deixar ninguém falar nada começou a caminhar para uma direção, os olhos estavam cheios de água, mas segurava para não chorar. Caminhava segurando a mão de Paulo, que parecia ser o único em quem podia confiar.
Os passos eram firmes, mas ao mesmo tempo delicados, em sua face estava o sinal da duvida estampado, mas mesmo assim seguia em frente quieta, só ouvindo o que falavam, às vezes ficava triste, mas nunca deixava transparecer.
O tempo ia passando e todos iam começando a ficar desesperados e cansados. Maria parou olhando para o lado oposto e sem vontade de segurar murmurou.
- Será que estou indo certo?
Todos pararam olhando para ela, Paulo sem querer acabou soltando sua mão e respirou fundo, virou-se para ela e acariciou seu rosto de leve, Maria só levantou o rosto.
- O que foi?
- Não fique na duvida, estamos aqui para segui-la, para ajudá-la.
- Mas!
- Sem, mas...
Ia voltar a falar, porem ficou quieta, olhou nos olhos de Paulo e logo virou o rosto observando as pessoas, passou a mão nos cabelos e caminhou para trás, olhava em volta e ajeitou-se sentando no chão sem mesmo falar nada. Sem conseguir se controlar mais acabou chorando.
Uma voz calma e tranqüila que vinha do meio das pessoas, uma voz que lembrava a infância com sua avó cuidando e fazendo doce.
- Não chore mais minha criança, estamos aqui não só para seguirmos você, mas também para ajudá-la.
Maria levantou os olhos e começou a procurar quem falava, respirou fundo e balançou a cabeça, passou a mão nos cabelos e limpou a trilha de lagrimas do rosto.
- Então vamos!
Falou com uma voz incerta, mas logo se virou para todos e olhou com uma seriedade que muitos julgariam não ser dela. Paulo chegou perto e afirmou esticando a mão, não falou nada, alias, não tinha o que falar.
Não demorou muito e todos estavam já caminhando com ela, aos sons de reclamações e também de pedidos Maria parou e respirou fundo, sem olhar para trás falou baixo.
- Não quero mais saber deste disse que disse ai. Estou farta disto já!
O rosto dela foi virando e pode ver todos. Primeiro uma mulher linda de cabelos longos, negros e com a face de uma índia brava. Logo em seguida um homem alto, cabelos negros e curtos, olhos amendoados e a única coisa chamativa era o brinco na orelha esquerda. Ao lado um rapaz que parecia embriagado se segurando num homem alto loiro de cabelos médios e olhar sério que estava de mãos dadas com uma linda mulher de vermelho, cabelos ruivos longos e cheio de grande cachos, esta tinha um lindo vestido vermelho bem rodado. Um pouco mais afastado tinha um casal dois velhinhos com suas roupas antigas e sua postura de quem trabalhou por séculos. A velhinha estava segurando a mão de uma pequena criança que ao contrario dos dois estava usando um vestido azul e branco cheio de babados. Esta criança olhava para Maria com carinho.
- Agora chega, todos quietos. Estamos aqui para seguir então vamos juntos e todos se ajudando, afinal estamos todos seguindo o mesmo caminho e passando pelos mesmos desafios.
Todos ficaram quietos, Paulo sorriu olhando para Maria e para as pessoas, tocou o ombro dela e moveu a cabeça afirmando alguma coisa mesmo sem falar.
A jornada seguia tranqüila. O coração de Maria agora estava mais calmo, não parecia estar tão pesado e triste como antes.
A cada passo que davam os ânimos iam se acalmando, parecia que a convivência agora era mais tranqüila, ninguém estava cobrando nada de ninguém, também não estavam sendo cobrados.
Os homens seguiam rindo e conversando, a índia caminhava observando o lugar já a de vestido seguia tranquilamente e a cada passo que dava jogava seu chame todo para todos. O casal já com seus corpos cansados de tanto trabalhar seguiam cuidando da menina e fornecendo alguns pequenos conselhos para Maria, principalmente quando esta fraquejava e estava preste a desisti.
O tempo ia passando e ninguém mais sabia falar se era noite ou dia, como, nem eles mesmo sabiam. Maria para do nada e olha para Paulo, parecia estar decidida a algo, balançou a cabeça e sentou no chão, respirou fundo e olhou para todos, indicando lugar para sentar ao lado dela. Todos ficaram sem saber o que fazer, mas acabaram se sentando junto com ela fazendo um circulo. Paulo balançou a cabeça e ficou de pé olhando para ela, tinha um belo sorriso e mostrava-se confiante.
Maria tinha muitas perguntas, mas resolveu responder primeiro.
- Estamos perdidos, mas sei o que fazer. – Ficou quita por alguns segundos e passou a mão no rosto, logo olhou nos olhos de todos. – Quero saber se estão junto comigo.
Eles ficaram quietos, olhando para ela, logo a mulher sedutora ia falar, mas viu a velha mover a mão e olhar para a Maria, com a voz doce de avó e cheia de sabedoria a senhora começou a falar.
- Maria, minha filha, nós estamos sempre com você, só estamos esperando a sua decisão!
Logo os olhos de Maria passaram por todos, respirou fundo e virou o rosto para Paulo, este tinha um belo sorriso, cheio de alegria e com um pouco de tristeza, logo Maria sentiu um aperto no coração, moveu a cabeça e se levantou abraçando ele forte, parecia temer o que ele iria falar.
- Pronto! Maria, agora já está tudo certo agora, devo ir! – As palavras que saíram da boca de Paulo pareceram facas afiadas cortando o coração dela de novo, abraçou ele forte, suas forças sumiram, mas logo ele continuou. – Tudo tem sua hora minha querida e ainda vamos nos ver, não fica triste, cresça e se fortaleça que quando chegar a hora estaremos juntos outra vez.
Maria sabia o que ele estava falando, afirmou com a cabeça e soltou murmurando para ele.
- Ainda bem que eles estão aqui comigo!
Paulo sorriu e começou a sumir, na verdade todos começaram a sumir Maria sentiu um aperto no coração, não queria isso, mas logo sentiu o toque de todos em seu ombro e ouviu a voz deles.
- Estamos com você.
Maria se moveu de leve e logo abriu os olhos, podia ver o teto com a luz branca, também ouvia o som baixinho de algum aparelho, logo entraram correndo e falando. Maria podia ver seus pais, se sentia alegre com isso e com o fato de atrás dos pais pode ver que todos estavam lá. Sentiu falta de Paulo, mas sabia que iria revê-lo novamente em breve.

sexta-feira, maio 25, 2007

...Paulo e Alma...

Às vezes nada que queremos é possível, os olhos de Paulo ficaram parados observando o lírio, seu coração apertou e uma lagrima caiu. Limpou o rosto antes que alguém pudesse ver, mas era tarde de mais. Não demorou muito para estar rodeado de pessoas observando suas ações, parecia estar sendo julgado por cada ação.
Respirou fundo e se levantou afastando do campo de lírios. Sua mão foi até a cabeça onde pode mexer o cabelo e suspirar, sentia falta dela, mas sabia que tinha que superar.
- Você precisa do que?
Ouvia a voz delicada de u ma criança, os olhos castanhos da pequena menina faziam com que ele tirasse o pensamento dela.
- Como assim?
- Você precisa do que... Parece precisar de algo, posso ajudar?
Olhou para ela, abriu um sorriso e ajoelho-se para ficar do tamanho dela e poder olhar em seus olhos.
- Não preciso de nada minha pequena e você?
A garotinha balançou a cabeça, os cabelos vermelhos e cacheados balançaram e os olhos azuis ficaram cheios de água.
- Por que você mente?
- Mentir? Por que você fala isso. Não estou mentindo.
- Esta sim. Posso ver no seu coração que sente falta de alguma coisa... Você precisa de algo... Fale-me!
Paulo ficou quieto por alguns segundos, como ela podia ver isso, olhou para o lado direito e procurou alguém, mas se via somente com aquela menina.
- Calma. – Sentou no chão olhando para os olhos dela. – Eu preciso de algo sim, mas você não poderá me dar, não agora.
Os passos da garota eram leves e delicados, os olhos dela fixos nos dele, sem pensar duas vezes a menina sentou no colo dele e passou a mão no rosto sorrindo.
- Posso dar sim!
Abraçou Paulo com força, tentava envolve-lo todo, mas seus braços eram pequenos, então Paulo sorriu e abraçou-a. Algo estava estranho, sentia uma emoção forte, seu corpo tremia e sem pensar duas vezes abraçou ela um pouco mais forte e manteve o corpo bem colado aconchegando-a bem carinhosamente.
- Quem é você minha pequena?
- Sou a Alma. Você já esqueceu de mim?
Paulo ainda manteve a garota nos braços, sua mão subiu em seus cabelos e começou a acariciá-la.
- Você esqueceu de mim não é... Tudo bem, eu não ligo... Sei que se lembrará de mim.
A pequena deu um sorriso carinhoso e se moveu beijando o rosto de Paulo que não conseguiu segurar mais as lagrimas que há tempo se acumulavam.
- Ah Alma... Minha pequena princesa!
A garota sorriu se movendo e ficando de pé olhando para ele. Ao ver as lagrimas abaixou o olhar e balançou a cabeça quando levantou o rosto de novo uma lagrima escapava de seus olhos.
- Não chora. Não chora...
Falou baixinho com as mãos tocando o rosto e limpando as lagrimas que escorriam.
- Não chore você minha princesa. Era isso que eu precisava eu acho.
- Mas quando você chora... – Alma leva a mão até o coração e aperta-o de leve. – Meu coração dói, eu não gosto de vê-lo chorar!
Paulo ainda não entendia qual era sua ligação com ela, por alguns segundos ficou olhando aquela menina ruiva de olhos negros parada na sua frente. Suspirou e começou a se concentrar para parar com as lagrimas.
- Pronto princesa, agora não precisa mais chorar porque estou chorando.
Acariciou o rosto dela e sorriu, era um sorriso triste, mas tentava ao maximo não passar a tristeza. Algo inútil, pois Alma parecia conseguir ver tudo. A pequena se ajeitou novamente no colo dele e suspirou baixinho.
- Minha mãe não esta aqui... Posso ficar com você?
Quando Paulo ouviu sobre a mãe ficou parado, sua mente voou para a terra, seus olhos só conseguiam ver Maria. Alma deitou a cabeça no peito dele e fechou os olhos abrindo um sorriso triste.
- Minha mãe é linda não!
Agora Paulo tinha certeza, abriu os olhos e fitou a Alma por alguns segundos.
- Sim... Ela é linda sim, você parece com ela.
Paulo moveu a cabeça olhando para a criança e suspirou.
- Não pareço não, você mente muito mal.
- Ah é, então você se parece com quem?
Alma ficou quieta e fechou os olhos se encolhendo no colo dele. Paulo fechou os olhos e murmurou baixinho.
- Esta bem, você se prece com o seu pai.
Alma só afirmou com a cabeça e sussurrou.
- Posso dormir?
Paulo beijou a testa dela e afirmou com a cabeça. Seu coração agora batia mais devagar.
- Pode sim minha querida, pode dormir... Vamos esperar sua mãe chegar. – Começou a fazer cafuné nos cabelos dela. – Vou te falar uma coisa... Lembrei de você minha filha e tenho algo para te falar... Eu te amo e sua mãe também.
Alma mesmo dormindo abriu um sorriso e continuou a dormir tranquilamente se sentindo protegida. Em meio ao sono sussurrou.
- Te amo papai! Te amo mamãe!
Paulo sentia o carinho de Alma e pensou em Maria. Seu coração se encheu de esperança de algum dia ter as duas em seus braços.

quarta-feira, maio 23, 2007

Alma!

Um choro podia ser ouvido, era um choro de criança, aparentemente de uns cinco anos de idade. Muita gente podia ouvir, mas ninguém podia acudir, não era a hora ainda.
Por mais que chorasse ninguém aparecia, então mesmo com sua pouca idade e seu pequeno tamanho decidiu que iria procurar alguém. Fechou os olhos, passou as mãos nos olhos e engoliu o choro, respirou fundo e se pos a caminhar.
Seus passos eram pequenos, mas bem decididos, não sabia bem por onde e nem quem procurar, mas tinha fé que encontraria alguém que pudesse ajudá-la.
Seguiu por um caminho mal definido, algumas flores e árvores mortas que a deixavam mais assustadas, mas mesmo com medo seguia firme seu caminho, algo em seu coração dizia que era para lá. Demorou um pouco e logo sentiu que estava sendo observada. Com seus olhos pretos começou a procurar a pessoa, respirou fundo e segurou a barra do seu vestido azul. Seus lábios se moveram fazendo um bico de choro, mas não chorou, tirando forças de algum lugar inexplicável continuou a andar e as palavras escapuliram.
- Papai... Mamãe...
Falou triste quase desistindo e foi quando viu um homem alto, cabelos brancos, aparentemente uns 65 anos, olhar carinhoso e sábio. Ele segurava um lírio, flor que quando a criança viu abriu um belo sorriso e sem pensar duas vezes correu na direção dele, seus olhos marejados de lagrimas fixaram-se na flor, sem pensar muito a voz de choro saiu de seus lábios.
- Mamãe...
Fechou os olhos e uma lagrima caiu. O homem olhou para direção da criança e abriu um sorriso carinhoso e protetor, ajoelhou-se e tocou em seu ombro.
- Tudo bem criança?
Levantou a cabeça olhando para o rosto do homem.
- Quero meu papai e minha mamãe... –Falou triste com lagrimas caindo. – Estou perdida... Por favor!
O senhor olhou para a criança e acariciou os cabelos ruivos dela.
- Calma criança, primeiro me fale o seu nome e o nome dos seus pais, sim!
- Eu... Eu não sei dizer... Acho que não lembro... Não lembro o nome da mamãe nem do papai...
- Hum, bem... Chamo-me Lucas, mas venha comigo eu te ajudo a procurar eles, você lembra como eles são?
A menina balançou a cabeça negando e indicou para o lírio.
- minha mãe...
Por segundos Lucas não entendeu, mas logo sorriu e entregou o lírio para a garota.
- Então fique com ela, quem sabe assim você não se lembra... Agora vamos eu quero te levar para um lugar muito bonito.
A garota afirmou a cabeça segurando o lírio com cuidado com uma mão e segurando a mão dele com a outra. Os dois começaram a seguir o caminho lentamente, os olhos dela percorriam cada centímetro do lugar por aonde iam. Lucas começou a falar como funcionavam as coisas e como era aquele lugar.
Não demorou muito e logo estavam num grande campo de lírios brancos, os olhos dela percorreram todo o campo e um grande sorriso pode ser visto.
- Mamãe... - falou baixinho olhando para as flores. – Lembrei... Eu lembrei meu nome... Lucas, eu sei qual é o meu nome... É Alma.
- Que nome bonito princesa. Mas Alma foi os lírios que te falaram?
A garota afirmou com a cabeça e sorriu, soltando a mão dele e apontando para os lírios.
- Sim... Foi minha mãe que me contou...
- Sua mãe? – Lucas parou olhando para direção do campo tentando procurar alguém, quando notou que Alma olhava fixamente para as flores e não para as pessoas. – Sua mãe são as flores?
Ela deu de ombro como se não tivesse estendendo a pergunta.
- Sim, os lírios têm a voz da minha mamãe... Eles falam comigo e me deu saudades da minha mãe...
Lucas olhou para ela e suspirou agora entendendo o que estava acontecendo, fechou os olhos e abraçou a garota falando baixinho após pegar ela no colo.
- Alma, quando a sua mamãe aparecer te levou até ela, por enquanto você fica comigo esta bem.
Alma não falou nada... Deitou a cabeça no ombro dele e afirmou com a cabeça.

quinta-feira, maio 10, 2007

Noticias...

O blogger não morreu não... Só a minha net que esta um pouco pausada...
Acho que daqui umas duas semanas eu volto com contos novos e interessantes...
Para quem quiser saber eu estou bem e tudo tranquilo...
Beijos... Até mais...
Rafaela...
Beijo Lacka...