sexta-feira, dezembro 01, 2006

Erato, musa da Poesia de Amor - Amável! -

Gálios estava parado olhando para os papeis em branco, respira fundo abaixando os olhos para a direção da caneta, por alguns segundos ficou pensando e imaginando o que poderia escrever. Depois de algum tempo voltou a fechar os olhos e respirar fundo. Estava tão concentrado em seus pensamentos e desejos que acabou não percebendo os passos que se aproximavam.
Os passos eram suaves e delicados, Erato caminhava lentamente passando pela porta e indo a direção de Gálios. Chegando próxima sorria para ele, os cabelos longos e loiros da mulher chegavam até a cintura dela, seus olhos dourados brilhavam como um pequeno sol, Erato vestia um lindo vestido negro com detalhes em dourados, na cintura fios finos e quase transparentes que desciam da cintura ate o meio da coxa dela, onde estava uma linda lira dourada como pingente.
Os olhos dela estavam fixos em Gálios que se mantinha concentrado em um pequeno transe olhando para o papel.
Erato ficou alguns segundos olhando para ele, mas logo começou a abrir os lábios, só que de sua boca perfeita não saia nenhum som, afinal não era para as pessoas que estavam por perto ouvir, era somente para uma única pessoa.
Gálios pareceu sair do transe quando Erato começou a falar, seus olhos brilharam e logo sorrindo se moveu pegando a caneta e levou ao papel, maneou a cabeça e começou a escrever.
Ele escrevia calmamente coisas que Erato falava situações apaixonantes que Gálios tinha vivido com Alba. As palavras eram ouvidas não pelos ouvidos e sim pelo coração dele, que a cada segundo batia mais forte.
Erato continuava a sussurrar palavras e descrições de momentos e sentimentos que Gálios já passou.
As palavras iam se formando e se juntando na mente dele enquanto sorrindo e todo feliz começou a escrever passando todo o sentimento para o papel.
Depois de poucas horas Gálios já estava em seu ápice, o pergaminho já estava escrito por completo, realmente inspirado pelas belas vibrações de Erato, ele acabara de fazer outra bela poesia, seus olhos negros fixos nas letras abriu um belo sorriso feliz.
Erato sorriu do lado dele, apreciando o que tinha acontecido, o coração de Gálios podia ser ouvido por ela, afinal era com ele que falava sempre indicando quais lembranças usar e quais sentimentos deixar para trás.
Gálios estava perdido naquelas vibrações e também em suas próprias memórias, mas foi trazido a tona quando ouviu pesadas batidas em sua porta. Balançou a cabeça se levantando preguiçosamente de sua poltrona e seguiu abrindo lentamente a porta observando quem estava lá.
Ao abrir a porta se deparou com Alba, que o olhava com um olhar assustado.
- Meu amor, quanto tempo?
A mulher ficava olhando para ele, respira fundo e maneia a cabeça.
- Porque não foi ao almoço? Fiquei te esperando!
Gálios parou e balançou a cabeça, seu sorriso sumiu.
- Mil perdões minha doce... Estava tão concentrado nas lembranças de seus olhos de seus lábios que acabei me perdendo no vão tempo, voltei agora neste exato momento com sua bela presença.
Erato ficou ao lado de Gálios ajudando ele, as vibrações ainda seguiam até o coração dele, deixando as palavras apaixonadas saírem pelos seus lábios, logo Alba já tinha esquecido o que ele tinha falado.
Alba abraça Gálios e logo começam a se beijar, estavam totalmente apaixonados e queriam ficar por muito tempo ali. Erato começa a caminhar lentamente e sorri vendo a cena respira fundo e começa a se afastar começando a desaparecer por entre as flores do jardim.
Erato chega ao Olimpo sorrindo abraçando suas irmãs, sua missão estava cumprida, estava exausta e deita no colo de Euterpe e sorri sentindo os carinhos de sua irmã. Enquanto Gálios declama o poema a sua amada.