Em uma noite de lua cheia, onde só o brilho da lua reinava pelo céu Alicia vagava pelo seu grande campo de lírios, os olhos percorriam cada centímetro deles, mas sua alma vagava a procura de alguém... Respirou fundo e viu um pequeno lírio negro seco, seus olhos se entristeceram e logo o pegou, sem pensar duas vezes tocou na pequena flor seca e aos poucos ia recuperando sua vida logo ficando exuberante como se estivesse ainda na terra.
Por outro lado Alicia sentia-se sem força e caminhou até sua pedra sentando e logo se aconchegando deitando lentamente, seu corpo se aconchegava sobre a pedra enquanto seu corpo, cabelos e olhos iam perdendo a cor.
Não demorava nem um minuto e lá estava a estatua de mármore rosado mais perfeita do mundo, a única coisa viva naquele lugar era o pequeno lírio que ainda se encontrava em sua mão.
Enquanto isso vagando perdido pela noite Victor Dlacroix seguia com seus pensamentos, até sentir um doce aroma no ar, abriu um belo e pequeno sorriso e começou a seguir se guiando pelo perfume.
Os passos eram calmos e firmes como se já conhecesse o caminho pelos lírios, seus olhos percorriam a procura de alguém e quando encontrava aproximou-se tocando suavemente a face.
Victor não podia acreditar, sua mão tentava sentir alguma coisa, mas nada era sentido, não tinha calor, sangue e pode observar que a garota não respirava também. Apesar do vento bater os cabelos antes macios agora não se moviam nem um milímetro.
Um vento gelado podia ser sentido, mas não tinha nenhuma reação, o corpo estava lá inerte como uma bela estatua somente iluminada pelos raios da lua.
Levou a mão até o rosto de Alicia e fechou os olhos por alguns segundo abrindo e com um ar cheio de preocupação, deu um passo para frente olhando-a sem saber o que fazer.
Alicia permanecia parada, sem vida, mas logo Victor pode reparar que o lírio estava em sua mão, à única coisa viva naquela bela estatua de mármore rosada.
Sem pensar duas vezes a mão dele passa de leve passando do rosto para os ombros e seguindo pelos braços descendo até o tocar de leve o lírio, este se move tocando a mão de Alicia que começa a trincar, lentamente a rachadura começa a tomar conta da mão da garota, ficando aquele pequeno rachado.
Não teve nem tempo para pensar, Victor tirou a mão de perto de Alicia e também do lírio que agora caia no chão. As rachaduras seguiam pela mão, por alguns segundos elas param, mas logo começa novamente a subir pelos braços percorrendo agora numa velocidade muito impressionante. Em menos de cinco segundos o corpo todo já estava coberto pelas rachaduras.
Victor ficou atordoado observando as rachaduras cobrirem o corpo de sua amada, em sua mente um único pensamento. “O que eu fiz”, mas mesmo com este pensamento acreditava piamente que não ia perdê-la, não deste jeito.
A estatua rachada agora deixava pequenos grãos de mármore esvaece-se sujando a pedra e os lírios que nasceram quase sobre a pedra.
Por estar tão concentrado em sua amada Victor não percebera o sol aparecendo no horizonte. Os raios começam a tocar a pele dele que o traz a uma realidade com uma grande dor.
Ao sentir a dor em seu rosto, olhou para sua amada, não pensou duas vezes, usando o dom do sangue e cobrindo os dois com uma grande mortalha. Aproximou-se devagar e tocou seu corpo voltando a usar o dom do sangue entrou nas sombras e saiu em uma grande sala da casa de Victor... Fiou olhando para a estatua da mulher amada, ainda sem nenhum movimento.
Não demorou quase nada e os rachados começaram a sofrer o efeito da gravidade e em pouco tempo todos os rachados que estavam voltados para o chão estavam nele, deixando um grande tapete branco de cacos e poeiras de mármore.
Ficou mais nervoso agora realmente não sabia o que fazer até pensou em usar magia, mas temeu que pudesse agravar, somente ficou parado frente a frete ao corpo imóvel e agora em pedaços.
Logo o silencio tomou conta da sala, já nenhum pedaço caia no chão, nada podia ser ouvido, não por ouvidos humanos, mas Victor não era humano, sua percepção era maior e mais aguçada e logo pode ouvir pequenas lentas e baixas batidas de coração.
A mente de Victor voltou ao presente como um estalo ao ouvir o barulho do coração de Alicia, ajoelhou-se devagar para ver se este batia realmente, com um pouco de medo tocou o peito de Alicia e fechou os olhos. Pelos dedos Victor pode sentir o coração da garota batendo bem de leve.
Alicia começava a sentir se sangue voltar a fluir, logo uma necessidade veio a tona, não sentia o ar abriu os olhos de uma vez e puxou o ar respirando.
Vendo sua amada respira e novamente se mover, abriu um pequeno sorriso, tocou seu rosto de leve.
Lentamente virou o rosto para a direção do de Victor, via a imagem de seu amado aparecer, o coração que antes batia devagar agora estava acelerado, seu lábio se entre abriram e falou baixo.
- Amo-te!
Victor sorriu e beijou os lábios de Alicia e a abraçou, sem pensar duas vezes a pegou no colo e levou para o quarto fechando as portas deixando o corredor vazio se escurecer por completo.
6 comentários:
*-* nha que bom que voltou, excelente conto =)
Um grande abraço e um beijão !
Tudo de bom e se cuida =^^=
Já tinha lido o blog todo e este conto ficou muuuuito bom.
Sei que já negou dizendo que não escreve bem como eu disse, mas... ESCREVE SIM KCT... =x
Ah... e pobre da Alicia...
XD~
A poesia
As palavras maravilhosas que escreve
O cheiro da noite
Tudo isso e muito mais sinto nesse texto
aeeeeeeeeeee a escritora voltouuuuu..conto linduuuu bjuss t adorooo
Simplesmente lindo..
Te amo minha delicia!!!
(l)
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