O adren Fianna estava ainda bebendo quando ouviu
todo o bafafá, ficou ainda sentado embaixo da grande arvore que lhe
emprestava a sombra necessária para ficar escondido de todos os olhares.
Fechou os olhos por alguns instantes levando a mão
até sua camisa de flanela e pegou uma pequena garrafinha de metal, abriu
ela e levando aos lábios bebeu um grande gole do liquido. O uísque
desceu macio pela sua garganta. Apos lamber os lábios aproveitando todo o
liquido precioso ele se esticou um pouco e olhou para frente.
Abaixou o rosto olhando para o relógio e caminhou
para direção de uma cabine telefônica. Pegando o ganho achou estranho e
levantando a sobrancelha olhou para o aparelho. Seu fio estava partido e
o aparelho todo sujo. Dilan rosnou resmungando alguma coisa e começou a
quebrar o resto do aparelho acertando fortes golpes com o fone no
aparelho.
Acabou não percebendo o barulho que chegou por trás, luzes azul e vermelha brilharam e uma lanterna foi acessa na direção dele.
-Pare o que esta fazendo e levante a mão! - Era uma mulher falando.
-Levante a mão e saia de perto da cabine. - A voz
vacilante de uma mulher julgando ser mais nova tentava se importo como a
primeira voz.
Dilan não conseguia ver direito, afinal era
complicado com aquela luz forte em seu rosto. Molhou os lábios com a
língua e caminhou na direção delas com as mãos para cima.
-P.pa.parado senhor! - A segunda voz tentou assumir
uma voz mais ativa, porem a primeira voz acabou soltando um risinho do
gaguejar.
O rapaz somente balançou a cabeça negando alguma
coisa e respirando profundamente moveu-se de forma excepcional para um
homem normal. (Usou fúria para se mover mais rápido) Esgueirou-se por
entre as arvores e ficou a observar as duas policiais, com um sorriso
nos lábios soltou um rosnado pelo lado da mulher mais velha.
A reação foi a esperada, ela virou-se para direção
do rosnado com a arma e a lanterna a mulher só pode ver os olhos lupinos
observando-a, antes mesmo dela pensar em puxar o gatilho o lobo já se
movera por entre as arvores, um rosnado mais perigoso e felino pode ser
ouvido pelas duas policias agora vindo da traseira do carro.
Ambas viraram para trás. A menina choramingou e moveu-se entrando no carro, a mais velha fez uma careta.
-Não seja tão tola, são só animais! - Falou
voltando a iluminar a cabine. Seus olhos se arregalaram quando viu o
lobo negro com olhos verdes mordendo o gancho do telefone, ele rosnava e
mordia quebrando o aparelho na boca e olhou para ela mostrando os
dentes.
A mulher soltou um gemido deixando a arma cair e entrando no carro virando-se para a menina.
-Vamos, vamos embora!
As duas saíram rapidamente do lugar cantando pneu,
porem o lobo ficou parado olhando a cena, balançou a cabeça negando e
foi até onde a arma estava. Apos observar que ninguém estava por ali o
lobo virou um homem e pegou a arma pelo cano e sorriu.
-um brinquedo!
Dilan saiu assoviando procurando outro orelhão para ligar pra mulher.