domingo, abril 14, 2013

Samanta Veturimn Soul




Querido papai.
Como estão todos ai? Sei que estou enrolada, mas posso explicar o que esta acontecendo. Como eu posso explicar sem me complicar mais? Certo, foi assim. Nesta manha após a prova da guarda fui encontrar Liriana e Felton na confeitaria da senhora Mariana Demolay, estava comemorando o fato de ter passado na prova da guarda.
A Liriana estava acompanhada por um homem estranho, diz ele que é do Deserto dos Ossos, não acreditei muito no começo, ele nos contou que soltou o Caos, fato que eu nem sabia que ele estava preso. Você sabia? Bem continuando... Felton chegou depois de um tempo e novamente o Valkran acabou contando para ele sobre sua grande proeza de soltar o Caos, neste momento Felton abriu os olhos e correu para o templo.
Ficamos quietos e fomos comer alguma coisa até que Liriana e Valkran tiveram que voltar para a casa onde ela trabalha. No dia seguinte após o primeiro dia de apresentação encontrei Liriana e fomos conversar, sentadas na confeitaria novamente, quando a cara do Phill Philipe mago apareceu do nada mandando a Liri para a torre urgente, fui com ela, afinal fiquei preocupada, pois aquele mago louco a tinha despedido ela.
Chegando lá tinha tanta gente que eu fiquei até com medo de entrar, porem segui minha amiga até a grande sala onde se encontrava grandes clérigos e também o mago, patrão da Liriana. Ele falou sobre as três grandes ondas que assolaram Titan.
A primeira foi à guerra dos deuses, a segunda foi quando os deuses e a magia sumiram e a terceira é esta agora em que eu estou metida. Isso falou o patrão da Liriana, sabia que era um grande problema ser amiga dela, mas sabe pai, sempre gostei desta baixinha.
Ele falou sobre uma missão que deveria ser feita por nos e mais alguns que iremos encontrar durante a missão. Não sei se isso vai dar muito certo.
O mago nos levou para uma sala que de acordo com a Lira era um lugar proibido. Lugar estranho pai, tinha umas cinco portas com alguns símbolos estranhos, que descobri depois que eram símbolos de reinos diferentes e distantes.
Passamos por uma porta com o desenho de dragão e seguimos para o reino de Brigthsoul. A rainha é uma guerreira de aparência seria porem a rainha élfica, que mais parece um homem de costas e de modos e tira todos do serio.
Ganhamos algumas armas e armaduras assim como montarias e provisões para uma viagem, porem pai, eu gostaria muito de ir para casa.
Saudades...
Samanta Veturinn Soul.

domingo, janeiro 13, 2013

Sonho ou Pesadelo


- Não Montgomery eu não vou neste assalto, estou com meu marido e meu filho pequeno...
- Você tem que ir, é muito importante para que você veja uma coisa.
Rose revirou os olhos e olhou para Dimitri deitado na cama, não queria sair de perto do marido, porém afirmou com a cabeça.
- Certo, vou me arrumar e te encontro no casarão e vamos, mas não vamos demorar certo!
- Certo logo você estará em casa.
Rose acabou não percebendo o tom de ironia de Montgomery. Aproximou-se de Dimitri, sabia que ele não estava dormindo, o abraçou com carinho e beijou seus lábios bem de leve, fez carinho em seu rosto.
- Volto logo certo, não saia daqui!
Dimitri a abraçou e a colocou na cama, seus lábios se encontraram devagar, Rose sentiu o corpo tremer e se aquecer, mas logo ele parou olhando-a nos olhos. Um sorriso abriu nos lábios dela.
- Eu te amo muito Dimka...
- Minha Roza, não demora!
A mulher afirmou com a cabeça e se levantou. Ajeitou a roupa e caminhou para direção da garagem pegando o carro e saindo.
Do outro lado do mundo sentindo o balanço da água Branka abriu os olhos, sentiu um aperto no peito e uma grande vontade de vomitar, girou na cama passando por cima de Valentino e correndo para o banheiro, tinha se esquecido de tomar o remédio de manha, mas nem era de manha ainda. Ajoelhou-se na frente do vaso e vomitou o jantar, fechou os olhos dando descarga e sentou-se na tampa do vaso. Ouviu a batida na porta.
- Estou bem! – A voz era meio sonolenta ainda. –juro... Já estou saindo.
Ela não precisava ouvir a voz de Valentino para saber que ele estava na porta pronto para abri-la. Branka se levantou indo até a pia e lavando o rosto e escovando os dentes, quando se olhou no espelho pode ver seu pai. Seu rosto não estava bom, sua mãe parecia gritar e ele estava estático.
Sentiu as pernas ficarem bambas e o sangue escapando de seu rosto. Sentiu os braços do noivo envolta do corpo, os lábios agora roxos de Branka só soltaram uma frase.
- quero meu pai...
Os olhos dela brilharam e uma lagrima caiu, virou o rosto para direção do noivo com lagrimas nos olhos.
Seguindo no carro Rose apertou o volante do carro, não queria ter saído de casa, não tinha deixado seu marido desde que tinha acontecido, mas isso não era nada de mais, afinal iria ser rápido. Bateu os dedos no volante e parou na frente do casarão onde trabalhava. Saiu do carro e foi para a porta da frente abrindo, olhou para os guardiões e cruzou os braços observando cara rosto que olhava, Rose notou alguns olhares de pena, mas não entendeu o que estava acontecendo.
 Caminhou para direção da mesa e pegou sua arma, moveu a mão pegando a estaca e guardou atrás do corpo e suspirou.
- Vamos agora?
Montgomery sorriu se aproximando dela e abraçando-a como sempre fazia.
- Sim, vamos agora, espero que você se lembre de o que você é o que fazemos!
- Nem sei por que esta falando isso Erik, eu lembro o que somos e sei para que fomos treinados desde sempre.
No fundo entre alguns outros guardiões Rose pode ouvir uma voz baixa.
- não sei se todos lembram mesmo...
Rose fechou os olhos e olhou para Erik e logo caminhou para direção de um grupo, começou a conversar sobre o bebe, pegou o celular e acabou mostrando para eles a foto de Darius, era uma mãe coruja, fazia isso com todos os filhos. Com o celular na mão viu o horário e se sentiu abandonando o marido olhou para Erik, afinal era uma das poucas que tinha coragem para falar deste jeito com ele.
- Mont, vamos... Ou você vai ensebar mais aqui?
- sim, vamos já esta na hora, podemos pega-lo antes de anoitecer.
Um frio percorreu a coluna de Rose quando ouviu a voz de Montgomery. Somente afirmou com a cabeça e começou a caminhar para direção do carro de assalto. Sentou-se ao lado de Alicia e Rick, os dois conversavam sobre o jantar que tinham feito e como a comida estava bem feita, isso a fez pensar em como era quando Dimitri estava junto, sempre junto e falando sobre a casa, os meninos. Seus olhos se encheram de lagrima, mas a morena limpou os olhos num instante tentando não deixar ninguém percebê-las.
- Não, você não vai lá.
- Valentino, não quero permissão, me leva para ver meu pai, é urgente eu preciso ver ele... por favor amor, eu não peço nada... Não faz isso comigo!
Valentino olhou para Branka, podia sentir o desespero da morena e suspirou afirmando com a cabeça. Ainda de bico abraçou a noiva e murmurou baixo.
- Qualquer coisa, trago você para cá no mesmo instante sem reclamação!
Branka afirmou com a cabeça e abraçou forte o noivo olhando para os olhos dele.
- Eu te amo Valentino.
De bico o loiro acariciou os cabelos da morena e brilhou com ela para a casa dos sogros. Respirou fundo sentindo um ar estranho no lugar.
Branka sentiu a tontura no lugar e levou à mão a boca, mas logo sentiu os lábios do noivo na testa, deu um sorriso meio torto para ele e começou a se soltar.
-Pai?
Rose no carro olhou para a janela, observando a paisagem, logo reconheceu o caminho e seu corpo ficou duro.
- Mont... Para onde estamos indo?
- Estamos indo acabar com uma criatura que há algum tempo temos investigado, recebemos algumas denuncias e depois de investigar constatamos que realmente tem um strigoi entre nós e como guardiões não podemos deixar isso acontecer, temos que acabar com isso antes que ele fique fora de controle.
O sangue de Rose ferveu seus olhos brilharam de raiva.
- Denuncias? Montgomery para com isso, não tem nada para fazer aqui.
Os olhos de Erik Montgomery foram para os dois guardiões ao lado de Rose, com a mão eles tocaram os braços dela segurando antes que ela pudesse pular sobre o pescoço do motorista.
- Sim Rose... Denuncia sobre os hábitos mudados, os barulhos, a falta de contato... Acha que ninguém iria perceber?
Rose grunhiu e moveu-se para direção do ‘chefe’ fechando o punho e olhando para ele, porem Alicia e Rick a seguraram forte mantendo-a sentada no banco. Montgomery sorriu olhando para a morena.
- eu já tinha lhe falado que ele não era o ideal para você nem para ninguém, perfeito de mais são os que sucumbem mais!
Dos olhos de Rose lagrimas caíram.
- Ele não esta fazendo mal para ninguém Erik, Rosa e Lucius estão ajudando, vamos resolver este problema... Você não pode fazer isso! NÃO PODE!
Rose gritou com o rapaz que só virou e deu um tapa no rosto dela.
- Você é uma guardiã sua obrigação é acabar com estas criaturas, não proteger um ser morto e egoísta.
Tanto Alicia e Rick ficaram assustados com o tapa, porem segurou ainda Rose que foi para direção dele. O carro parou na frente da casa de Rose e logo o segundo. Erik saiu do carro e olhou para os guardiões.
- Podem solta-la... ela não vai dar muito trabalho, ela sabe o quanto é arriscad...
Antes que pudesse terminar Rose saiu do carro socando a face dele.
- VOCÊ E MALUCO, ELE É MEU MARIDO E NUNCA VAI TOCAR NELE SEU DESGRAÇADO... DIMITRI... DIMITRI CUIDADO...
Rose correu para a porta abrindo ela. Montgomery passou a mão no rosto limpando o sangue que brotou do soco de Rose e sorriu.
-Ele era seu marido, logo você vai perceber que não passa de uma ameaça e Rose... Vou estar aqui para você.
Rose sentiu nojo abrindo a porta da casa e trancando, sabia que não iria adiantar nada, olhou em volta e viu a filha e o genro.
-Valentino, tire Branka daqui...  DIMITRI...- gritou o marido nervosa.
-Mãe, não vou sair daqui, vi o papai sendo morto.
Rose virou-se para a filha e balançou a cabeça, ia falar alguma coisa quando sentiu Dimitri se aproximar, seus olhos foram para o topo da escada.
- Roza, o que esta acontecendo?
Os olhos da morena focaram-se no do marido, lagrimas escorreu e ele pode ver a marca vermelha em seu rosto.
-Montgomery esta aqui para mata-lo!
Falou baixo e correu na direção dele abraçando-o deitando a cabeça no ombro dele. Dimitri abraçou a esposa e olhou para fora, ainda podia ver os raios de sol e logo olhou para Branka e Valentino. A menina estava parada observando a cena do pai e da mãe quando deu um pulo para o lado ouvindo uma batida seca na porta.
- ROSE ACABOU A BRINCADEIRA...
A voz de Montgomery era seca. Pode-se ouvir outras pessoas movendo na porta, Rose pegou a 9 mm e apontou para a porta olhando para ela fixamente, seu corpo ainda que pequeno fazia uma barreira contra o corpo de Dimitri.
A porta se abriu na segunda batida seca, Erick Montgomery estava parado com uma estaca na mão, ao lado dele Alicia e Rick parceiros de Rose e mais dois novatos todos segurando suas estacas.
Branka olhou seria para eles, moveu a mão fazendo os dois novatos voarem para o jardim.
-DEIXEM MEU PAI EM PAZ!
A garota sentiu os braços de Valentino em sua cintura a segurando.
-calma...
Rose apontou para Montgomery.
- Não se aproxime!

sábado, novembro 03, 2012

As aventuras de Jane e Jesse


Eram seis horas da manha quando Jesse abriu os olhos. Ainda deitado ficou pensando no que tinha ouvido na noite anterior.
O menino fez bico e desceu da cama indo para direção da cama da irmã. Ficou olhando ela por alguns instantes até que cutucou seu ombro e falou baixo perto de sua orelha.
-Acorda Jane! Acorda, ele vai levar ela de nós...
A voz era aflita, porem Jane ainda sonolenta somente abriu os olhos e bocejou coçando o olho direito com a mão e olhou para o rosto dele. Lentamente a menina sentou olhando para o rosto do irmão.
-Quem?
-O papai, ele vai “sekestrar” a mamãe, não pode... quem vai cuidar da gente? E nosso mama? E pentear seu cabelo?
Jane olhou para o irmão e falou se deitando.
-Angi?
-hunf, Angi tem “u” Julian. E mora numa outra casa... Agente não vai sair daqui.
Jesse falou indignado com a irmã que não entendia a gravidade da situação. Já Jane pesou o que o irmão falou e respirou fundo lembrando o que a mãe tinha falado sobre sequestro.
Jane fez bico e sentou olhando para o irmão.
-Certo, o que você quer fazer para ele não “sekestrar” a mamãe?
Jesse sorriu para a gêmea e subiu na cama do lado dela, segurou a mão direita dela e começou a fazer círculos nas palmas da mão dela.
-Nos vamos pegar ele antes que ele “sekestra” a mamãe... Eu tenho um plano já aqui na minha cabeça.
Jane olhou para o irmão e riu baixinho, esperou que ele contasse tudo o que tinha planejado. Observou cada movimento que o irmão fazia e riu baixinho com as coisas erradas e engraçadas.
Quando Jesse terminou ele ficou olhando para a irmã quieto esperando a resposta dela, logo ela afirmou com a cabeça e começou a se levantar.
-Certo então.
Jane desceu da cama e começou a ir para porta.
-Onde você vai?
-Vou ver se a mamãe não foi “sekestrada” já.
Jesse somente ficou olhando a irmã sair do quarto e ir para direção do quarto dos pais.
Em silencio a menina entrou no quarto olhando para os lados, vendo os pais Jane saiu correndo e abraçou a perna da mãe.
Isabella olhou para baixo e sorriu passando a mão na cabeça da filha.
-Já acordada princesa?
-tive pesadelo... Sonhei que você tinha sumido que o malvado tinha levado você embora.
John olhou a filha e a esposa e riu baixinho, abraçou as duas e beijou o rosto da filha.
-Calma ‘Robin’, ninguém vai levar sua mãe da gente... Nunca vou deixar isso acontecer!
Jane olhou para o pai e abraçou o pescoço da mãe forte, mas suspirou e olhou para ele seria.
-Eu também não ‘vo’ deixa ninguém tira ela ‘di’ mim!
Isabella riu divertida e beijou o rosto da filha fazendo carinho nela.
-Isso mesmo Jane, ninguém vai me tirar de vocês, estarei sempre aqui!
John acabou deixando a esposa levar a filha para o quarto, afinal sabia que Isabella já estava atrasada.
Jane beijou o rosto da mãe assim como Jesse assim que as duas entraram no quarto. Isabella colocou os dois na cama novamente e ficou fazendo carinho até que notou os dois dormindo.
Isabella beijou a testa de cada um e voltou para o quarto onde beijou John abraçando-o. Não pode se demorar muito então logo saiu de casa indo para o hospital.
Jane foi a primeira a despertar da “magia” da mãe, fez bico e pulou indo para a cama do irmão e cutucando ele até que este levantasse.
Logo estavam prontos pra colocar o plano de Jesse em ação.
John abriu a porta e viu cada um dos filhos já despertos, pegando na mão de cada um e os levou para a cozinha e fez café da manha.
-O que vocês querem fazer hoje?
-Agente vai brinca de ‘cauboy’! - Jesse declarou enquanto Jane comia as panquecas que o pai tinha feito, logo ela pegou o suco e bebeu, enquanto Jesse continuou a falar. – Nós precisamos dos nossos laços porque vamos pegar os bois que fugiram.
-Certo ‘Alfred’, quem vai ser os “bois”? – John perguntou curioso.
-‘Us’ cachorros! – Quem falou foi Jane sorrindo.
-Ah, não senhora ‘Robin’, nada de brincar com os cachorros, eles podem morder vocês.
Os olhos azuis de Jesse brilharam.
-‘Intão’ você é nosso boi.
John ficou olhando com cara de “não deveria ter falado nada”, mas somente sorriu.
-Certo, mas só depois que o papai escrever umas coisas.
Os dois afirmaram com a cabeça e deram um risinho. John ficou observando os filhos tirarem os pratos da mesa e colocar na lava louça, logo eles correram para os quartos.
Jesse e Jane trocaram de roupa e logo estavam prontos para se livrar do sequestrador.
Pegaram seus laços e colocaram a roupa de xerife da noite passada, logo os dois caminharam para direção do escritório. Jesse tirou o chapéu e olhou para dentro vendo o pai na sua cadeira escrevendo.
O menino afirmou com a cabeça para a irmã e logo correram para a sala, Jane laçou uma parte da estante e foi puxando ela, olhou para os livros e alguns objetos da mãe, mas ela não ficaria brava quando soubesse que ela e Jesse a livraram de um sequestro.
Com um pouco de dificuldade ela foi puxando e logo a estante caiu sobre o sofá, fazendo o maior barulho, derrubando tudo. Jesse correu se escondendo atrás do sofá que ficava nas costas de quem entrasse na sala.
Jane viu o irmão escondido e recolheu o laço e soltou um grito.
-Ah... PAI!
John que estava concentrado ouviu o barulho e logo se pós de pé e com o grito saiu correndo.
-‘Robin’! –John entrou na sala preocupado, vendo a estante e a filha embaixo dela. – céus... Jane.
Jesse vendo o pai entrar saiu do esconderijo e laçou ele antes que pudesse chegar na irmã.
-‘Ti’ peguei, vamos Jane.
-Ei, o que é isso?  Jesse, Jane...
Jane saindo debaixo do armário usou o laço dela e laçou um John com uma expressão confusa.
Os dois começaram a correr em volta do pai rodando a corda no corpo dele e logo empurraram ele sobre o sofá. Jesse amarrou ele com uma certa dificuldade e logo sorriu para Jane.
-Me soltem, vocês vão ficar de castigo, deixa eu sair daqui...
Jesse subiu sobre o pai todo arramado e olhou nos olhos dele.
-Você ‘ta’ preso vilão do mau... –Jesse olhou para Jane e sorriu. -Ele não vai ‘sekestrar’ ninguém mais!
Jane riu e amarrou um lenço na boca do pai para que ele não falasse mais nada.

segunda-feira, outubro 29, 2012

Vivendo um dia de pesadelo.


Beau acordou como sempre primeiro que Enzra, e ficou olhando para ele dormindo, não falou nada para que não o acordasse. Tinha decidido que iria aproveitar todo o tempo que tinha com ele não desperdiçando nada. 
Ao sair do quarto começou a caminhar em direção da cozinha, mas deu de frente com a sua irmã mais velha com uma bandeja na mão. Sempre que encontrava Margareth era por acidente, pois a estava evitando. Beau nunca fora de fazer isso, então suas ações não despertaram a atenção de sua irmã. 
Esta sorriu apresentando a bandeja repleta de guloseimas que Beau mais gostava. A morena olhou para a irmã por segundos e suspirou. 
-Bom dia Margareth... O que é isso? 
-Isso, ah é para você, afinal não a vejo comendo muito e também gostaria de conversar contigo. Resolvi preparar seu café da manha e vir, vamos? 
Margareth indicou com a cabeça para o quarto de Beau, porem não se moveu esperando a irmã ir primeiro. Beau olhou para o quarto e para ela, balançou a cabeça negando, pois Enzra ainda estava lá. Respirou fundo e começou a caminhar. 
-Venha por aqui. 
A menina não entendeu muito bem a irmã, mas caminhou atrás dela seguindo-a. Beau foi direto para o jardim onde procurou um banco sobre uma sombra e sentou olhando para a irmã sentando ao seu lado. 
Margareth sorriu e sentou-se do lado pegando um pedaço de bolo de maracujá, o preferido de Beau. 
-Coma Beau, você quase não esta comendo e ouvi dizer que esta treinando demais, assim pode ficar doente! 
Com um suspiro Beau pegou o pedaço de bolo e começou a comer quieta olhando para frente. Não tinha coragem de encarar a irmã sabendo que tinha acabado de sair dos braços do noivo dela. 
Depois de algumas mordidas no bolo e de criar coragem Beau olhou para os olhos da irmã. 
-Certo, não foi só pelo café, o que você queria conversar comigo? Temos que ser rápidas, pois tenho ronda para fazer. 
-Mas, Beau você não comeu nada. Vou falar com o lorde Orion que estão te explorando! -Margareth estava preocupada, pegou uma fruta e entregou para Beau. - Além do mais, você vai precisar de uma folga, afinal vai ser minha madrinha. Não é maravilhoso, eu falei com o papai e ele achou magnifico. 
Beau que tinha levado a fruta que recebera da irmã ah boca engasgou quando ouviu a palavra "madrinha". Tossiu e virou o rosto para direção de Margareth que se levantou assustada, pegou um copo de água e entregou para a irmã. 
-Beau, levante os braços e beba isso... Ah quer dizer, beba isso e levante os braços... 
Mesmo preocupada, Beau pode ver o sorriso na face da irmã, ela estava radiante com o noivado e isso deixava a morena com mais dor no coração. 
-Perdão, como? 
-Sim, minha madrinha... Ah Beau não me negue isso, você á minha irmãzinha, não pode me negar isso eu tenho tanto para fazer nossas outras irmãs estão longe e só posso contar contigo... Por favor Beau. -Margareth se ajoelhou na frente da irmã olhando-a nos olhos.- Você não pode me negar isso, sempre te apoiei e sempre vou te apoiar, diga que sim! 
Beau estava olhando a irmã paralisada, ficou observando a irmã ajoelhada segurando agora em sua mão. 
-Eu... -em sua mente Beau gritou em plenos pulmões "não, eu amo seu noivo e não posso ser sua madrinha e amante dele ao mesmo tempo!" Porem de sua boca somente saiu. - ..Eu, esta bem... Serei sua madrinha, mas devo ir agora. 
Beau nem deu chance de Margareth a segurar, saiu correndo apresada pelo mesmo lugar que entrou, sentiu seus olhos se encherem de água, mas não iria chorar ali, não podia. 
Correu meia perdida pelos corredores cinzas do castelo até ouvir passos. Parou ficando ereta e encostada na parede, por sorte os passos não viraram pra o corredor que ela estava. 
Seus olhos verdes foram para direção dos passos, ela pode observar Lord Orion e seu pai entrando no escritório do lorde. Seu estomago deu um nó naquele instante. Devagar a garota caminhou para a porta, as logo pensou no que estava fazendo, sentiu-se tola por ir escutar atrás da porta. 
Respirou profundamente engolindo secamente o choro e seguiu para o estabulo. 
Olhou os cavalos e pegou o malhado que sempre usava. Beau nem colocou sela nem nada precisava esfriar a cabeça. Subiu em pelo mesmo e atiçou o animal fazendo-o sair no galope. 
Beau pode ouvir a voz de Erick a chamando, mas naquele momento não queria ouvir ninguém, queria o silencio de seu refugio onde pudesse chorar quieta. 
O tempo passou e quando se acalmou Beau levantou-se lavando o rosto e olhando para a água, pensou em porque não poderia ser como a irmã, se preocupar com coisas tolas como o vestido que iria usar a noite ou então o nome dos filhos. 
Parou olhando para o reflexo na água, nunca tinha pensado em filhos, nem em marido ou nada do tipo. A menina abaixou-se bebendo um pouco da água e logo se levantou. Ajeitou a farda e foi até o cavalo que estava pastando perto. 
Beau subiu no lombo dele e voltou para o castelo, porem acabou por rondar os limites do castelo quieta. 
Quando atravessou o portão seguiu direto para o estabulo. deixou o cavalo com o cavalariço e seguiu para a sala dos guardas. 
Mal chegou na porta e começou a ouvir o zumzumzum, seus olhos percorreram o lugar e parou na mesa maior. Ela pegou um caneco de cerveja e sentou-se perto o suficiente para ouvir. 
-Eh serio, Misty me falou, disse que viu o lorde Enzra com um guarda, ela não viu o guarda, pois estava de costas. Foi naquele momento que o quarto do lorde Ares pegou fogo. 
-um desgosto, não sei como o senhor Orion aguenta. 
-não é de se estranhar, aquele menino nunca deve ter visto uma mulher... Me falaram que a mãe dele nunca deixou uma serva cuidar dele, deve ser por isso. 
Beau sentiu o sangue ferver, olhou para direção do primeiro que falou. Pode ver a farda diferenciada, mas não importava, quem era ele para falar de Enzra. Ainda podia ouvir a voz do amado falando "não ligo que falem de mim" mas ela ligava. 
Com o caneco na mão Beau se aproximou do grupo que sorriram para ela abrindo espaço para ela sentar. Porem a garota apertou a alça da caneca e virou no rosto do oficial que tinha começado aquele papo. 
-LIMPA SUA BOCA PARA FALAR DE ENZRA VOCÊ NÃO É METADE DO HOMEM QUE ELE É SEU INUTIL. 
Os guardas ao lado se assustaram e abriram espaço. O oficial com a sobrancelha aberta e sangrando olhou para Beau. 
-Esta louco soltado, estou somente repetindo o que falam pelos corredores. 
Beau largou a caneca e socou o rosto do oficial novamente, suas frustrações, raiva e desgosto todos no golpe que dava no oficial. 
-E SUA OBRIGAÇÃO DEFENDER A FAMÍLIA REAL NÃO FICAR ESPALHANDO MENTIRAS SEU COVARDE IDIOTA! 
Beau levantou o braço para soca-lo quando sentiu a resposta agora nervosa do oficial. o soco a fez virar o rosto e sentir a boca encher de sangue, provavelmente cortou sua bochecha, mas não importava, pulou sobre o oficial, mas este era maior e a jogou sobre a mesa, Beau soltou um gemido de dor quando sentiu a madeira acertar suas costas. 
Porem isso não segurou Beau que já se levantava olhando para o oficial que lhe deu outro soco no rosto. 
Erick entrou na hora que Beau deu um chute no meio das pernas do oficial que caiu ajoelhado com as mãos protegendo suas genitáliasBeau fechou a mão para socar o oficial quando Erick gritou. 
-BEAU PARA! 
A garota olhou para seu amigo, respirou profundamente e abaixou a mão. Porem do outro lado dela um soldado novato falou. 
-Do jeito que de Valois luta, deve ser ele o guarda que o lorde Enzra estava beijando! 
Beau virou-se para ele, fechando a mão quando foi agarrada por dois soldados que colocaram suas mãos para trás. 
-Esta preso De Valois. 
Erick correu até eles. 
-Soltem, eu tenho certeza que não foi por mal ela só estava fazendo o que qualquer um deveria fazer. 
O oficial que já estava se recuperando olhou para Erick serio. 
-Ela? 
Beau ficou pálida, olhando para Erick como se ele tivesse acabado com tudo que tinha conseguido até ali. 
-Eh, ele senhor! 
O oficial olhou para Beau e num movimento rasgou a parte de cima da farda, Beau tentou se mover e impedir, mas os soldados a mantiveram presa no lugar. Seus olhos se encheram de lagrima. 
Todos na sala ficaram quietos por instantes até que o oficial falou numa voz fria. 
-Levem-na. Ele... Ela... isso esta preso até segunda ordem. 
Os soldados olharam Beau que levantou a cabeça olhando para o oficial, seus olhos verdes não pediam desculpa nem clemencia somente brilhavam desafio para cima do oficial, pois Beau tinha certeza que se não fosse Erick teria acabado com ele naquele instante. 
Os soldados a levaram em silencio para o calabouço jogando-a numa sela. Eles a olharam cheios de duvida, mas a menina se sentou num canto e abraçou as pernas cobrindo seu corpo com a casaca rasgada e abaixou a cabeça quieta.