domingo, fevereiro 26, 2006

Contos de uma Galliard.

Todos duvidavam que “Vergonha de um Amor” conseguiria cumpri sua missão era difícil verem-na como realmente é, quando a olhavam só conseguiam enxergar o pecado dos pais.
A vida de Karina começou ruim... Seus pais irmãos de raça e de tribo não conseguiram agüentar os olhares de recriminação, seu pai se aventurou pela umbra caçando seres malignos antes mesmo dela nascer. Sua mãe morreu assim que ela respirou pela primeira vez... De família mesmo só tinha seus tios, alguns deles não a olhavam outros a acolheram, pois não achavam justos e pensavam que Gaia sempre tem um plano reservado para todos os seus filhos, o que é uma grande verdade.
Karina cresceu no meio de Filhos de Gaia, mas dentro de si ela sabia que era uma Cria de Fenris. Todos a olhavam com receio e ela cresceu neste mundo, onde teria que sempre fazer o melhor para provar que era digna de estar viva.
As provações começaram cedo quando Karina teve sua primeira visão... Era assustador de mais para uma criança ver seu corpo pegando fogo sua mente sendo destruída e todos os seus entes queridos torturados e mortos, ela tentou de tudo para que isso não acontecesse... Fez ate uma viajem para o mundo dos sonhos, de onde muitos queriam que ela não voltasse.
Ela enfrentou muitos perigos... Lutou contra seus piores pesadelos para voltar e avisar aos theurges que seus sonhos não eram pesadelos comuns e sim avisos. Como sempre, ignoraram a garota só um Filho de Gaia deu ouvidos para ela e ajudou-a com seus sonhos... Ambos sentavam a noite na beira da fogueira para conversar.
Os sonhos estavam cada dia mais assustador e também conseguindo feri-la fisicamente. Quando isso aconteceu o seu mentor declarou que ela deveria procurar e enfrentar o ser que estava fazendo isso.
Pegando poucas coisas Karina começou uma peregrinação atrás de seu inimigo, mesmo não sabendo quem ele era ou o que era.
Os anos foram passando e os sonhos diminuindo, no começo ela pensou que nada de errado iria acontecer... Nisto ela já tinha enfrentado alguns outros seres... Tinha ganhado algumas batalhas e também conquistado seus postos... De um simples filhote ela passou para uma digna Cliath, poderosa Fostern e honrada Adren.
Sua ultima grande batalha foi com quem ela mais temia... E descobriu isso em seus últimos suspiros, foi assim:
Era de tarde quando Karina conseguiu se aproximar daquela cabana, o cheiro de wyrm era grande, ela podia sentir ate mesmo sem usar seu dom para isso, seus olhos se encheram de fúria quando percebeu um grande lobo cinzento aproximar-se sorrateiramente da casa e se transformar em um homem de aparência nórdica, cabelos avermelhados, pele morena provavelmente de sol, um olhar insano. Karina se assustou quando viu isso, mas sabia que teria que enfrentá-lo.
A garota sozinha lupa e começa a caminhar para perto da casa, em sua mente o desejo de salvar gaia era maior que tudo, ate superava a vontade de viver. Karina caminha lentamente sempre muito atenta ao lugar... Os passos são precisos.
Quando ela chega perto da janela pode ver aquele homem fazendo um ritual, era estranho, pois nunca vira tão ritual sendo feito, ele usava uma bola de vidro e um cordão com pelos amarrados... Neste momento ela sentiu uma dor invadindo sua mente... Nunca fora tão forte... Parecia, parecia com as dores do sonho. Assustada ela se encolhe e segura para não grunhir de dor, sua mão começa a sangrar, ele era o causador dos sonhos, mas porque. Karina podia ouvir a voz dele recitando um grande poema, um poema de amor... Algo que ela nunca pensaria em ouvir de um ser tão corrompido, logo lagrimas caíram de seus olhos e a dor parou, ainda espreitando a janela ela observa mais uma vez, seu desespero aumenta quando vê a imagem da mãe, translúcida preta na bola de vidro, isso era de mais para ela, sentindo a fúria incontrolada tomar conta do seu ser ela rosna alto e no ímpeto Karina pula para dentro rosnando para seu inimigo.
Uma batalha sangrenta pode ser ouvida... Rosnados, garradas e mordidas, moveis sendo quebrado, Karina sempre tomava uma única precaução, não queria quebrar a bola de vidro, queria libertar sua mãe e matar aquele demônio que a prendia... O combate era difícil, ele era bem mais poderoso que ela, mas isso não a impediu de ganhar. Nos últimos instantes ela se entregou completamente à fúria... Não iria perder para um corrompido que fazia mal a ela e a sua mãe... Suas ultimas palavras conscientemente foi... “Mãe” aquele animal havia quebrado a bola e isso a vez sucumbir à fúria total.
Karina saiu muito machucada e com um ferimento fatal... Mas pode ver sua mão ainda que por instantes, libertando-se da prisão que seu amado tinha lhe feito. O corrompido logo voltou à forma humana e em seus últimos instantes murmurou vergonha meu amor... E este é o nome pelo qual Karina é conhecida e honrada ate hoje... Infelizmente ela não conseguiu sobreviver... Sendo levada por sua mãe.
Dizem que tal ser era seu pai e o ritual era para achar e trazer sua filha, Ugar queria ficar com ela e também amá-la como devia ter feito e nunca conseguiu por vergonha e medo.
E hoje neste mute honramos e celebramos a vida e a morte de Vergonha de um Amor... Filho de Gaia... Adren Ahroun...

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Angelic Pahor...

O dia estava bem quente quando a pequena Angelic veio ao mundo, uma criança mirada e com a saúde precária, os médicos da época deram para ela menos de um mês de vida, sua mãe desesperada prometeu sua filha para Deus se ele a se salva e também lhe desse outra filha.
Naquela época Deus ouvia as preces de seus filhos e atendia. Um ano depois do nascimento de Angelic. Ana Maria Pahor teve outra filha e em seguida um menino, assim ela já sabia o que deveria fazer.
Ana Maria criou sua filha segundo a bíblia, ensinou os trabalhos de casa, costurar e também a rezar... Inconscientemente deu-lhe um poder que não reparou.
Aos cinco anos a pequena Angelic já ajudava sua mãe a cuidar de seus irmãos, arrumar a casa, sempre com um belo sorriso e fé em seu coração, pois Deus iria ajudá-la em tudo assim como fora ensinado pela mãe.
No seu aniversario de 10anos Angelic ganhou um presente de seus pais assim como a noticia que por instantes ela achou uma triste, mas após pensar um pouco descobriu que era exatamente isso que queria. Seus pais lhe deram um rosário de perolas e prata assim com a passagem para o convento onde viveria para servir Deus. Antes de o dia acabar Angelic já estava com suas coisas arrumadas e prontas para pegar o caminho e ir para o convento.
Sua vida estava dando uma guinada completamente, iria sair de perto das pessoas cujo amava muito, isso fez com que se apegasse mais em Deus, se consolando nos “braços” dele.
O convento era escuro, medonho, frio e nem um pouco convidativo, mas em seu pensamento Deus estava ate nos corações mais gelados afinal todos eram seus filhos.
Chegando no convento se instalou em um cubículo cinza com grades nas janelas que eram pequenas deixando pouco vento entrar, uma cama incomoda e um armário onde poderia guardar suas coisas. Angelic se ajeitou, transformou seu aquela cela em um lar quente e amigável, de manha após a missa colhia flores e deixava ao lado de sua cama num pequeno altar.
Após cinco anos de estudos árduos, e muita provação Angelic conseguiu se tornar o que mais desejava, uma nova freira, final mente seria a esposa de Deus.
Sua família toda compareceu no dia, Angelic ficou mais feliz, a cerimônia foi linda... O padre falando e todos ouvindo pacientemente a cerimônia acabar... Neste dia não quis comentar com ninguém, mas viu um homem de mais ou menos 33 anos cabelos longos assim como todas as imagens de seu amado.
A noite sozinha em seu cubículo Angelic passou rezando pela benção de ver Jesus no dia mais importante de sua vida, nesta mesma noite as todas as irmãs foram acordadas por um grito de dor e agonia.
Uma chuva fria e fora de estação começou a cair, Ierus saiu de seu esconderijo ainda sofrendo as conseqüências, sua alma doía um pouco assim como seu corpo. Ele andou pelos túmulos a pensar... Aspirava saber de onde veio tal poder que o fez sentir mal pela segunda vez em sua existência.
Ierus andou sentindo a chuva para acalmar sua sede de vingança ate quase ate o amanhecer, ao voltar para o convento entrou no primeiro cubículo das freiras, uma garota bonita que não se assustou, pois já ouvira de outras irmãs que Jesus aparecia. Ierus se esbaldou com ela... A pele macia, cheirosa, bem tratada e com cabelos longos negros, seus olhos pretos e brilhava, ele não se demorou, deu um abraço e mordeu seu pescoço sugando todo seu sangue, devido seu sofrimento não conseguiu se controlar e pela primeira vez matando vez uma das freiras.
Houve um grande rebuliço no convento, pois uma das novas freiras amanheceu morta, não se sabia porque, os padres encobriram toda a historia dando a noticia a família falando que sua filha foi para os braços de Deus pela vontade dele. Angelic não acreditou muito nisto e por conta própria começou a investigar o porque da morte de sua “irmã”.
Passou três meses e Ierus evitava um quarto não sabia o porque, mas não gostava daquela porta, ele vigiava aquela garota, afinal ela tinha algo que ele precisava, algo que fazia seu sangue ferver como nenhuma fizera antes, algo que ele só sentira uma vez e não foi nas mãos de uma doce menina e sim de um homem grosso e com um poder muito forte que quase matou ele, ta o homem não era tão forte, mas Ierus lembra muito bem da briga, o soco daquele mortal era tão dolorido quanto colocar a mão no fogo... Ainda tem a marcas daquela briga, isso o faz lembrar do gosto daquele sangue, algo que ele nunca sentiu em toda a sua existência, um gosto ao mesmo tempo, doce e apaixonante como se estivesse comendo uma fruta madura, e também amarga e destrutiva como se estivesse tomando um veneno... Isso era algo que Ierus gostaria de sentir novamente.
Angelic andava depois que os sinos batiam para se recolher, andava por todo o convento a procura de algo, afinal sentia em seu coração que deveria fazer isso... Deveria procurar o responsável pela morte de sua “irmã” e tinha fé de que iria encontrar e fazer ele pedir perdão por ter matado uma filha de Deus. Enquanto Ierus vivia se escondendo e também admirando a coragem daquela criança, pois era exatamente isso que ele via nela.
No dia que fez sete meses da morte da Irmã, Angelic resolveu sair mais uma vez a procura do responsável, pedi a Deus para iluminar seu caminho e começou a vagar pelos corredores sombrios do convento.
Foi quando Ierus se descuidou, Angelic ouviu passos e vozes de alguns padres falando com mais um homem, ficou escondida esperando os padres irem para seus cubículos e entrou na sala, era a biblioteca onde viu o homem sentado lendo um livro.
- Quem é você?
Ierus se assustou quando ouviu a voz dela e se virou fechando o livro. Angelic em pé se manteve firme e voltou a perguntar.
- Quem é você?
- Ora minha filha, não imagina quem eu sou? Reza em meu nome e em nome do meu pai e não imagina quem eu seja?
Angelic fechou os olhos balançou a cabeça respirando fundo, com as mãos escondidas no hábito apertou seu rosário.
- Não, você não pode ser Jesus, você é diferente tem algo, esconde algo, Jesus nunca esconderia algo.
- Como assim criança, veja... Venha toque em mim, sou filho de Deus assim como você, ele me mandou a terra salvar todos e você me acusa de não ser ele.
- Sim, acuso... Não sinto a bondade em você, tem algo estranho, me diga quem é você, por Deus me fale à verdade.
Ierus quando ouviu a palavra Deus deu alguns passos para trás, não sabia que o poder que ela tinha era tão forte, os olhos ficaram vermelhos e uma lagrima de sangue correu pela sua face. Angelic se assustou dando alguns passos para trás também, Ierus se levantou serio e falou com uma voz não muito amigável.
- Chamo-me Ierus, sou o senhor deste lugar, você como todos que moram aqui devem obediência a mim.
Falava com um tom imponente usando o dom de seu sangue querendo domina-la. Mas algo nela impedia isso, ierus não entendeu quando Angelic ficava olhando-o seria e começou a falar.
- Quem você pensa que é para querer tomar o lugar de Deus, ele é o único a quem devo obediência e o único que manda aqui, você é algo ou um ser que deve respeitar isso.
Ierus não suportava as palavras, caiu de joelhos com a voz dolorida falou.
- O que quer de mim garota?
- Quero que você peça perdão por tudo de mal que fez, quero que vá embora e deixe-nos em paz, quero justiça pelo que você fez com a “irmã”.
De joelhos Ierus abaixou a cabeça aos pés daquela criança, lagrimas caiam incontrolavelmente se segurando ele falou.
- Perdoe-me, me perdoe pelo que fiz...
Angelic sorriu e ajoelhou-se na frente dele, levando a mão ao seu rosto acarinhou e murmurou.
- Esta perdoado, agora vá, vá embora e não volte a fazer mal a nenhum dos filhos de nosso pai.
Ierus sorriu e com um movimento brusco pulou sobre Angelic, a garota se assustou quando sentiu o corpo de Ierus sobre o dela, respirando fundo quando sentiu as presas de Ierus cortando sua pele, Angelic soltou um grito e segurou nos ombros dele. Ierus sugou, voltou a sentir a dor e o prazer daquele sangue, sugou quase tudo a deixando imóvel em seus braços.
- Ah, criança... Quer que eu peça perdão... Perdoe-me então pelo que vou fazer agora.
Com um sorriso cínico Ierus cortou seu pulso e fez com que Angelic engolisse seu sangue. O grito da garota pode ser ouvido pelos corredores frios do convento, o corpo se contorcendo numa dor violenta, Angelic sentiu as mãos do anjo a segurando por alguns segundos, mas também sentiu ele soltando-a de volta ao seu corpo já gelado. A besta a consumia, Ierus sabia disto e lhe deixou um presente, uma garota, uma noviça de 12 anos deitada esperando sua hora final.
Ao acordar Angelic estava num outro cubículo, sua roupa suja de sangue e o corpo de Samanta todo mordidos e sem sangue, neste momento Angelic gritou por socorro e tentou ajuda-la. Ierus abriu a porta sorrindo e olhando-a com um belo sorriso sádico, ele se aproximou e começou a lhe falar.
Ierus explicou para Angelic o que tinha acontecido e o que iria acontecer em seguida e pelo resto da eternidade... Angelic chorou pedindo para ele parar com isso já que não era o que deus queria.
Ierus riu e falou que este deus estava morto há muito tempo. Angelic não acreditou e jurou para Ierus que iria lhe provar o contrario... Passaria a eternidade com ele ate mostrar o verdadeiro poder de Deus.
Assim os dois começaram a viverem juntos no convento, Ierus não sabia o porque, mas não fazia mal a Angelic apesar de tentar transformá-la no que ele era, mas sem chances, pois a fé que tinha em Deus se transformou na única coisa que a fazia sobreviver.
E então a presença daqueles dois seres, tão sagrados e tão profanos, começaram a vivenciar o mágico cotidiano, de compartilharem o mesmo local, pois aquele ser apesar de todo o seu poder, capaz de mover céus e terras, nada podia fazer a não ser admirar com doçura que lhe restava a pobre menina que resistia graças a uma fé, luz esta que era por fim, seu único caminho de sobrevivência.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Joana Mitchell

Hum, meus pais são legais só que às vezes não vejo nenhum dos dois. Minha mãe esta sempre nestes chás da alta sociedade ou então esta em destas reuniões para o menor carente e o meu pai sempre em uma viajem de negocio... alio, eu nunca o vi trabalhando no mesmo país que nós estávamos.
Bem, nasci em Londres mas vivo no Brasil a mais de 12 anos, falo o inglês britânico fluentemente e o português, às vezes consigo entender alguma coisa de francês mas é muito pouco mesmo afinal... passamos sós as férias lá.
Desde pequena eu sempre fui muito sozinha aprendi a ficar sozinha, não precisava de ninguém... dês dos seis anos minha mãe sempre contrata babas para ficar comigo enquanto ela esta fora com seus projetos. Poucas vezes minha mãe acertava nas babas que contratava... esta foi uma delas.
Estávamos em Londres quando isso aconteceu, eu estava para fazer aniversario de onze para doze, minha mãe contratou Catarina para ficar comigo, uma adolescente de 15 anos, ruiva de cabelos longos e cacheados, olhos verdes e pele branca, na face algumas sardas mas isso só a deixava mais bonita, seu corpo já estava bem formado, diferente do meu. Catarina já fora minha baba outras vezes... sempre gostei muito dela, afinal, sempre me pegava no colo, me chamava de princesa e também deixava eu brincar de qualquer coisa.
No começo não gostei da idéia de ter uma baba já que estava quase fazendo doze anos, mas minha mãe insistiu, estava numa fase revoltada... queria ser notada pela minha mãe afinal estava crescendo e ela não estava percebendo.
Catarina chegou trazendo algumas revistas e alguns CDs para ficar ouvindo enquanto cuidava de mim, assim que meus pais saíram, ela me chamou para conversar... começou a falar comigo sobre musica, filmes, atores... estava tentando pegar amizade, coisa muito fácil de se fazer comigo... em menos de uma hora lá estava eu deitada no colo dela enquanto Catarina fazia carinho no meu cabelo... estávamos ouvindo uma musica para relaxar, era antiga, bem se não me engano era de uma tal de Enya a musica se chamava “Memory Of Trees” foi quando Catarina se abaixou um pouco e me deu um selinho, na hora me assustei, empurrei-a e corri para o meu quarto, não sabia o que fazer o pior é que eu tinha gostado.
Preocupada Catarina subiu ate o meu quarto e bateu na porta queria falar comigo sobre o acontecido, demorei um pouco para abrir a porta, estava meia sem jeito... ela ficou me olhando enquanto dei passagem para ela passar, ela andou ate a minha cama e sentou-se, ficou quieta me olhando, respirou fundo e começou a falar o porque dela ter dado o beijo em mim... disse que ela gostava de mim desde da ultima vez que eu fui para lá... falou que isso não se repetiria se eu não estivesse afim, foi uma coisa nova eu ainda gostava de brincar de bonecas quando ela chegou com isso... e a curiosidade sempre me impulsionou muito... e afinal que mal faria... todas as minhas “amigas” do Brasil tinham beijado já eu era a única BV ate aquele momento.
Catarina ficou me olhando enquanto eu tomava a decisão mais importante da minha vida, no momento eu deixei meus instintos falarem, ela era uma garota bonita, tinha um papo interessante e iria me mostrar uma coisa completamente nova. Entreguei-me aos caprichos dela... começou leve, primeiro os beijos... logo depois os abraços e a tocar uma garota. Foi neste dia em que eu comecei a pensar só em garotas... achava alguns garotos atraentes mas as meninas com seus corpos delicados e seu toque macio me excitavam já naquela idade.
Minha festa de aniversario seria em Londres mesmo, pedi para minha mãe deixar Catarina dormir em casa na noite anterior ao meu aniversario assim eu teria companhia na véspera e no dia, afinal ela era uma das únicas amigas que tinha em Londres... minha mãe concordou e aproveitou a tarde já que Catarina estava lá para fazer comprar e terminar as coisas para a festa. Não me importei da minha mãe ter deixado-me sozinha afinal eu queria isso mesmo. Catarina me deu um ótimo presente, foi uma tarde e uma noite maravilhosa... ela me ensinou fazer amor, ou seria sexo... ficamos assim pela madrugada adentro, fomos dormir realmente as 3:30am acordamos uma nos braços da outra ao meio dia do meu aniversario, foi o melhor presente que eu recebi.
O dia correu tranqüilo, estava sempre com Catarina, éramos discretas nos beijávamos quando não tinha ninguém vendo... começamos a namorar naquele dia, pena que durou pouco... a festa foi boa ate receber a noticia que meu pai tinha saído do país e tinha me deixado um presente... um vestido de numero menor... isso fez minha alegria sumir, a única coisa boa do aniversario foi a Catarina.
Era para nós voltarmos para o Brasil depois do meu aniversario, mas conhecendo bem meu pai fiz um escândalo e minha mãe concordou ficar ate meu pai chegar, que demorou mais um mês.
Foi o melhor mês da minha vida em Londres... continuei meu namoro com Catarina mas ele acabou quando tive que voltar para o Brasil com a minha mãe... meu pai chegou era uma quarta feira... e voltamos para o Brasil numa sexta.
Entrei numa depressão que minha mãe começou a ficar mais em casa, vendo ela agora sempre perto de mim comecei a melhorar. Quando superei o acontecido voltei para a escola e minha mãe a sua rotina normal, sempre em coisas beneficentes e também nos projetos malucos que as amigas dela faziam para arrancar algum dinheiro.
Passado-se 2 anos disto eu comecei a me interessar por uma garota da minha sala, fiquei com medo a principio pois não sabia como chegar... comecei a falar com ela, primeiro sobre as aulas... depois sobre musica, roupa, seriados de TV e todas as coisas que eu pude... quando já era bem amiga dela comecei a falar sobre relacionamentos... ela me falou que o único namorado que ela teve tentou fazer sexo com ela e que não queria mais nada com homens, meu coração disparou neste momento, comecei a falar sobre o relacionamento de mulher e mulher, falando que poderia ser melhor pois ambas eram delicadas e também sabiam onde tocar e que uma mulher daria para ela algo que o homem nunca poderia dar... ela ficou pensando e falou que tinha transado com o namorado e doeu e foi incomodo... Deu-me vontade de matar o cara neste instante, mas consegui me segurar.
Fiquei mais dois meses seduzindo ela, dando alguns presentes, algumas rosas e coisas assim no natal que passou em casa em que fiz a cartada final... todos já estavam dormindo, acordei ela e segurando-a pela mão levei ate a piscina coberta... caminhei ate a banheira e liguei, eu estava sorrindo atoa naquele dia, tinha champanhe gelado, duas taças morangos e creme de leite, estávamos somente de camisolas... eu tire a minha e entrei na banheira, sorri para ela... Mônica começou a ficar vermelha e em duvida, foi quando estiquei minha mão para ela e sorri, não resistindo ela tirou a roupa, um corpo maravilhoso por sinal e entrou devagar na banheira, sorrindo abri o champanhe e servi para nós duas.
Começamos a beber... quando deu já tínhamos bebido metade da garrafa comecei a me aproximar dela devagar, peguei um morango que estava perto dela e rocei o corpo no dela... primeiro Mônica ficou vermelha e sem graça por se mostrar um pouco alcoolizada e excitada também, sorri e após comer o morango dei um beijo nela, um beijo de língua bem demorado, ela correspondeu... comecei a acariciar ela... acabamos fazendo sexo ali mesmo na banheira. Após a brincadeira e quase amanhecendo resolvemos ir para as nossas camas... antes de ela voltar para o quarto a segurei pela mão e a puxei, logo lhe dei um beijo, ela sorri e falou boa noite.
Na tarde seguinte ela veio falar comigo, tentou se explicar do porque ter feito aquilo, pensei que estava tudo perdido quando ela falou que queria que acontecesse de novo, foi muito bom, começamos a namorar, escondido sempre...
Íamos a show, barzinho e tudo mais... só que numa tarde em casa tudo acabou... estávamos vendo um filme após termos transado minha mãe abriu a porta do meu quarto e falou que queria falar comigo, levantei coloquei sapato e fui falar com ela... começamos a falar e o tempo começou a correr... eu estava com vontade de voltar para ficar com a Mônica que eu não tinha visto tinha seguido a gente.
Minha mãe começou a falar dizendo que meu pai não iria aparecer para o meu aniversario... eu soltei uma frase do tipo... “grande bosta... isso não é novidade...” ela ficou brava e começou a brigar comigo falando que estava muito relapsa com os estudos que agora eu só queria saber de vadiar e coisas do tipo, falou que eu tinha que ser mais boazinha, não responder que eu tinha que entender que meu pai trabalhava para nós duas e etc etc etc..., foi neste momento que me descontrolei e pela primeira vez o tempo parou pela minha vontade, minha mãe parou de falar assim como o relógio parou... esperei um tempo para ver se ela ia voltar a falar... foi quando saio da sala brava em direção ao banheiro, liguei a água e ela não correu, pensei que tinha estragado fui ate Mônica e ela estava parada como se estivesse correndo da sala onde estava com a minha mãe, ela não estava respirando... comecei a entrar em pânico, corri ate a minha mãe e lá estava ela ainda parada sem se mover sem ter fechado a boca.
Sentei na cadeira e comecei a chorar querendo que voltasse ao normal, mas nada acontecia. Passado um tempo para mim minha mãe começou a falar, olhei para ela assustada... e pulando a mesa abracei e falei que nunca mais queria perde-la... minha mãe se assustou me chamou de louca e muitas coisas do tipo me mandando para o meu quarto.
Quando sai de lá lembrei que Mônica estava indo para lá, fui devagar... passei na porta do banheiro e ouvir o barulho da água correndo, aproveitei e lavei meu rosto, estava assustada afinal olha o que tinha acontecido, minha mãe tinha parado minha namorada e ate a água do banheiro... queria poder saber o que mais parou naquele instante.
Entrando no quarto me deitei na cama e Mônica me abraçou, começou a perguntar o que tinha acontecido, eu falei meio seca que ela tinha escutado tudo e que tinha visto ela quando o tempo parou... ela se assustou e se levantou... foi ai que nosso namoro acabou... ela me chamou de um monte de coisa... e não queria me ver nunca mais, enquanto eu estava em choque ela discutia, não sou de perder a calma fácil nem de brigar facilmente... mas ela começou a falar muita coisa, juntou tudo, já estava nervosa pelo que minha mãe falou, pelo que estava acontecendo comigo e também por ela estar brigando e por ela ter me espionado... mandei ela calar a boca e falei que tinha acabado tudo.
Chorando Mônica foi embora... e meu tormento recomeçou... deitada na cama eu vi minha mãe entrar... falar alguma coisa rápido que eu não entendi... sair do meu quarto, olhei para a tv e vi tudo passando rápido... pensei que era um filme desliguei o DVD e continuou tudo rápido... isso foi me assustando, vi anoitecer e amanhecer em poucos minutos, também vi minha mãe entrando me dando um beijo, deixando um cartão e saindo ela continuava a falar rápido de mais...... não dava para entender o que estava acontecendo... comecei a chorar novamente.
Tampei meus olhos e comecei a chorar pedindo por meus pais... foi quando senti toques no meu corpo, era minha mãe e meu pai, eles me abraçaram... minha mãe fala que eu fiquei dois dias chorando na mesma posição sem comer nada nem beber nada por isso ligou para o meu pai. E agora eles estavam ali.
Meu pai ficou mais dois dias com agente, mas logo voltou para trabalhar... minha mãe começou a dar mais um pouco de atenção para mim e também me levou para um psiquiatra... ele falou que eu era normal... foi quando eu comecei a perceber que podia manipular o tempo, comecei a fazer isso mas nem sempre funcionava.
Uma tarde eu estava vendo Tv e vi a propaganda de uma escola em Santa Catarina que era para mutantes, comecei a analisar e nesta mesma tarde cheguei para minha mãe e falei para ela... no começo ela ficou assustada, sua filha uma mutante... mas compreendeu e me deu a maior força... meu pai ficou sabendo da noticia por e-mail já que ele não pode ir... ele foi mais liberal nisto, mandei para ele o documento da escola e ele concordou.
Na outra semana já estava matriculada para mais uma etapa da minha vida.