domingo, fevereiro 26, 2006

Contos de uma Galliard.

Todos duvidavam que “Vergonha de um Amor” conseguiria cumpri sua missão era difícil verem-na como realmente é, quando a olhavam só conseguiam enxergar o pecado dos pais.
A vida de Karina começou ruim... Seus pais irmãos de raça e de tribo não conseguiram agüentar os olhares de recriminação, seu pai se aventurou pela umbra caçando seres malignos antes mesmo dela nascer. Sua mãe morreu assim que ela respirou pela primeira vez... De família mesmo só tinha seus tios, alguns deles não a olhavam outros a acolheram, pois não achavam justos e pensavam que Gaia sempre tem um plano reservado para todos os seus filhos, o que é uma grande verdade.
Karina cresceu no meio de Filhos de Gaia, mas dentro de si ela sabia que era uma Cria de Fenris. Todos a olhavam com receio e ela cresceu neste mundo, onde teria que sempre fazer o melhor para provar que era digna de estar viva.
As provações começaram cedo quando Karina teve sua primeira visão... Era assustador de mais para uma criança ver seu corpo pegando fogo sua mente sendo destruída e todos os seus entes queridos torturados e mortos, ela tentou de tudo para que isso não acontecesse... Fez ate uma viajem para o mundo dos sonhos, de onde muitos queriam que ela não voltasse.
Ela enfrentou muitos perigos... Lutou contra seus piores pesadelos para voltar e avisar aos theurges que seus sonhos não eram pesadelos comuns e sim avisos. Como sempre, ignoraram a garota só um Filho de Gaia deu ouvidos para ela e ajudou-a com seus sonhos... Ambos sentavam a noite na beira da fogueira para conversar.
Os sonhos estavam cada dia mais assustador e também conseguindo feri-la fisicamente. Quando isso aconteceu o seu mentor declarou que ela deveria procurar e enfrentar o ser que estava fazendo isso.
Pegando poucas coisas Karina começou uma peregrinação atrás de seu inimigo, mesmo não sabendo quem ele era ou o que era.
Os anos foram passando e os sonhos diminuindo, no começo ela pensou que nada de errado iria acontecer... Nisto ela já tinha enfrentado alguns outros seres... Tinha ganhado algumas batalhas e também conquistado seus postos... De um simples filhote ela passou para uma digna Cliath, poderosa Fostern e honrada Adren.
Sua ultima grande batalha foi com quem ela mais temia... E descobriu isso em seus últimos suspiros, foi assim:
Era de tarde quando Karina conseguiu se aproximar daquela cabana, o cheiro de wyrm era grande, ela podia sentir ate mesmo sem usar seu dom para isso, seus olhos se encheram de fúria quando percebeu um grande lobo cinzento aproximar-se sorrateiramente da casa e se transformar em um homem de aparência nórdica, cabelos avermelhados, pele morena provavelmente de sol, um olhar insano. Karina se assustou quando viu isso, mas sabia que teria que enfrentá-lo.
A garota sozinha lupa e começa a caminhar para perto da casa, em sua mente o desejo de salvar gaia era maior que tudo, ate superava a vontade de viver. Karina caminha lentamente sempre muito atenta ao lugar... Os passos são precisos.
Quando ela chega perto da janela pode ver aquele homem fazendo um ritual, era estranho, pois nunca vira tão ritual sendo feito, ele usava uma bola de vidro e um cordão com pelos amarrados... Neste momento ela sentiu uma dor invadindo sua mente... Nunca fora tão forte... Parecia, parecia com as dores do sonho. Assustada ela se encolhe e segura para não grunhir de dor, sua mão começa a sangrar, ele era o causador dos sonhos, mas porque. Karina podia ouvir a voz dele recitando um grande poema, um poema de amor... Algo que ela nunca pensaria em ouvir de um ser tão corrompido, logo lagrimas caíram de seus olhos e a dor parou, ainda espreitando a janela ela observa mais uma vez, seu desespero aumenta quando vê a imagem da mãe, translúcida preta na bola de vidro, isso era de mais para ela, sentindo a fúria incontrolada tomar conta do seu ser ela rosna alto e no ímpeto Karina pula para dentro rosnando para seu inimigo.
Uma batalha sangrenta pode ser ouvida... Rosnados, garradas e mordidas, moveis sendo quebrado, Karina sempre tomava uma única precaução, não queria quebrar a bola de vidro, queria libertar sua mãe e matar aquele demônio que a prendia... O combate era difícil, ele era bem mais poderoso que ela, mas isso não a impediu de ganhar. Nos últimos instantes ela se entregou completamente à fúria... Não iria perder para um corrompido que fazia mal a ela e a sua mãe... Suas ultimas palavras conscientemente foi... “Mãe” aquele animal havia quebrado a bola e isso a vez sucumbir à fúria total.
Karina saiu muito machucada e com um ferimento fatal... Mas pode ver sua mão ainda que por instantes, libertando-se da prisão que seu amado tinha lhe feito. O corrompido logo voltou à forma humana e em seus últimos instantes murmurou vergonha meu amor... E este é o nome pelo qual Karina é conhecida e honrada ate hoje... Infelizmente ela não conseguiu sobreviver... Sendo levada por sua mãe.
Dizem que tal ser era seu pai e o ritual era para achar e trazer sua filha, Ugar queria ficar com ela e também amá-la como devia ter feito e nunca conseguiu por vergonha e medo.
E hoje neste mute honramos e celebramos a vida e a morte de Vergonha de um Amor... Filho de Gaia... Adren Ahroun...

4 comentários:

Tyr Quentalë disse...

Querida irmã,
o texto desta Metis foi bem interessante.. muitas vezes os Metis são vistyos como algo vergonhoso e são menonsprezados por aqueles que não compreendem quando ocorre um amor que é visto como proibido por muitos. Karina sofreu muito com isso e passou por uma provação maior ainda. Uma provação que a fez sucumbir diante da fúria sem saber o que estava realmente acontecendo. Fico feliz em ver mais um dos contos de uma galliard em seu blogger.

Anônimo disse...

Tipo eu senti pena dela, mas ela matou o pai que talves tivesse recuperação... por isso eu odeio lupinos, batem antes para perguntar depois.
Mas o texto ficou lindo, meus parabéns. ^^

Anônimo disse...

Muitas vezes nos deixamos levar pela primeira aparência não é verdade? Muitas vezes o coração está tão sofrido e amargurado que nos embaça a vista, tapando a visão e nos deixa ver apenas o que para ele é conveniente e correto. E tantas são as vezes que por causa disto..por causa desta falta de visão.. deste julgamento precipitado cometemos erros fatais. Erros que muitas vezes não tem retorno. Karina tinha em seu peito alem da dor da perda.. a dor da exclusão.. do preconceito entre os seus. Um preconceito que entre irmãos não devia existir.. estavam todos sempre contra a Wyrm. Para proteçãod e Gaia então pq julga-la.. pq julgar o amor, se Gaia é a propria representação deste... Não culpemos os Lupinos.. eles são intensos.. e por isso tão belos.
Parabens pelo texto moça.. muito bonito mesmo.
Abraços

Jan disse...

Um dia eu aprendo a escrever assim !!