quarta-feira, maio 26, 2010

Soul Worg - Capitulo II

Alguns meses se passaram depois que Celline encontrou o bando de Worgs e todas as noites ela fugia para se encontrar com eles.

Estava trocando o dia pela noite, a família pelos Worgs e a única pessoa que chegou a notar a “mudança” foi Vitor, mas ele não sabia o motivo, deduziu que Celline estava ainda assustada com a caçada que fizeram, afinal tinham matado um grande Worg Branco bem na sua frente.

Num final de tarde depois de muito pensar Vitor decidiu e foi até o quarto da irmã e bateu na porta por uns instantes, logo Celline que estava lendo olhou assustada para a porta, como se isso nunca acontecesse e antes de falar qualquer coisa escondeu o livro que lia.

- Pode entrar!

Decidido a descobrir o que estava acontecendo Vitor abriu a porta e seguiu para a cama onde a irmã estava.

- Esta tudo bem Cel?

-Ah? Sim, está tudo bem sim, por quê?

- Não sei você esta... Como vou falar... – Parou olhando a irmã – Você tem dormido bem?

- Eu? Dormido, que pergunta é esta?

- Horas Celline, você mal aparece de manha e de tarde, algo está acontecendo e você pode contar comigo, sempre afinal... Sou seu irmão né.

Celline ficou muda olhando para o irmão enquanto este a observava com o olhar cheio de preocupação. Os dois irmãos ficaram parados e suspiraram juntos e riram da situação, Celline pensou em falar para o irmão, mas nem falou nada, só ficou olhando para ele até que Vitor quebrou o silencio.

- Então, vamos fazer uma fogueira e comer marchemellow hoje?

Celline ficou surpresa olhando o irmão, seu coração bateu forte e desviou os olhos para a janela, ficou quieta, mas sabia que tinha que responder para o irmão.

- Hoje?

- Sim, por quê? Tem algum compromisso?

- Ah, não bobo... Vamos sim, mas não está muito frio?

- Ei, vamos fazer uma fogueira lembra?

- Verdade! Agora... Sai.

Vitor riu saindo do quarto sem olhar para Celline que ficou sem saber o que fazer. Sua mente foi para longe, perto dos Worgs e logo ficou com medo do que o irmão iria fazer se encontrasse qualquer um. O pânico tomou conta dela, mas não imaginou perder nenhum... Nem o irmão nem os Worgs.

- Droga!

Foi tudo que ela falou ao levantar da cama e trocar de roupa, tinha que encontrar seus amigos e avisá-los que não poderia ficar não naquela noite.

Tinha que ser rápido, não podia ser vista por ninguém, principalmente pelo seu irmão, sabia que iria ter problemas se fosse pega saindo ou então com os Worgs. Tudo terminaria em problemas.

- Droga... Isso sim!

Exclamou irritada enquanto seguia arrastando-se pelo jardim da casa, iria sair pela frente onde ninguém estaria. Ledo engano. Enquanto engatinhava de uma moita para outra ouviu uma voz grossa.

- CELLINE!

O sangue gelou quando se levantou bem devagar e olhou para os dois homens, um era seu pai, Anthony Aileen, o outro uma pessoa completamente desconhecida, os dois estavam de pretos, mas o outro homem estava com uma faixa vermelho sangue no pescoço.

Os dois homens ficaram parados olhando enquanto Celline arrumava a roupa de frio.

- Sim papai?

- Aonde a senhorita pensa que está indo, ainda mais assim... Escondida!

Sim Celline estava perdida, ficou olhando para o pai, mas logo desviou para o visitante que a olhava curiosamente, ela pareceu ver um brilho estranho, mas não comentou nada.

- Estava... Eu... Bem... Procurar vaga-lumes.!

Tanto ela como os dois homens não acreditaram no que a ruiva tinha dito, que coisa mais tola, mais tinha sido a primeira coisa que passou em sua mente. O homem de faixa vermelha olhou para ela e balançou a cabeça negando algo, a olhou novamente como se soubesse o que iria fazer e com uma voz severa e fria falou.

- Acho que não ira encontrar nenhum destes... Vaga-lumes na floresta... Creio que foram para longe pequena, fugindo de caçadores perigosos como você!

Após falar o homem riu divertido enquanto Anthony e Celline ficaram olhando para ele.

A pequena nem falou ou se moveu, só ficou parada em choque com o que tinha ouvido do homem. Foi quando o pai quebrou o silencio que tinha se instaurado no lugar.

- Do que esta falando Elai, vaga-lumes? Não estávamos indo atrás daquela mati...

Antes de terminar notou o fora e olhou para a filha falando serio.

- Vá para dentro Celline, não quero ninguém fora de casa, está muito perigoso ainda não pegamos aqueles Worgs que tem sondado nossa casa e não quero que machuquem ninguém, então entre agora!

O sangue fugiu do rosto da pequena, estavam caçando os worgs, ou pior estavam matando eles, como poderia viçar assim em casa enquanto caçavam e matavam seus “amigos”, não ficaria parada esperando sem pensar duas vezes correu para casa passando pela mãe que ficou olhando para a filha sem entender nada. Em vez de subir as escadas Celline foi direto para a cozinha e como na sala passou correndo como um raio, ou tentando ser como um.

Vitor foi para o lado direito e olhou para a irmã correndo para a floresta, ficou sem reação por segundos, ficou olhando até finalmente agir, pegou a varinha e seguiu correndo atrás da irmã. Enquanto corria pensou em gritar, mas achou melhor não.

Seguia rápido entre as arvores, Celline já conhecia bem o caminho enquanto seu irmão seguia todos os passos com dificuldades, hora caia hora batia o corpo em alguns galhos que apareciam de nada e lhe acertavam com toda a força. Há cada metro que entrava na floresta Vitor pensava “Celline para de correr...”.

Depois de quase uma hora correndo Celline parou na clareira, logo atrás Vitor apareceu ofegando com a varinha na mão.

- Está louca mana?

Celline pulou para frente e olhou para o irmão, não teve tempo de falar nada, logo cinco Worgs pularam das arvores cercando os dois e rosnando.

- Cel, mana vem pra cá!

Vitor chamou a irmã que antes de se mover foi escoltada por dois worgs velhos de olhos azuis enquanto os outros três pularam na direção de Vitor e rosnaram ameaçadoramente, pronto para atacar ao mínimo movimento errado de Vitor.

O coração de Celline bateu forte e olhou em volta, acabou gritando fazendo todos olharem para ela.

- CHEGA! Vão embora, saiam daqui vocês correm perigo.

Celline falava agora olhando para os Worgs enquanto Vitor a olhava serio, mas logo seu olhar mudou de foco indo da pequena para os Worgs, Vitor notou que eles pareciam entender o que ela falava, mas se mostravam arredios em se afastar, pois o foco das atenções era Celline e Vitor.

- Celline, vamos embora agora!

- Não Vitor, tem que os fazer irem, papai e aquele homem malvado vão matá-los... Não podemos deixar eles se machucarem, não de novo, não podemos os deixar morrerem...

Celline chorava olhando para Vitor que não sabia o que fazer, ele olhou em volta quando ouviu folhas se moverem num ato de defesa se colocou na frente da irmã e logo foi acompanhado pelos worgs.

A pequena tremeu e temeu pelos amigos e pelo irmão.

Do meio das arvores cinco homens armados apareceram os setes pares de olhos percorreram todos eles, mas se fixaram em dois, os mais conhecidos e perigosos dentre os cinco homens. Celline gemeu quando viu a faixa vermelha e temeu o sorriso assustador de seu pai, mas o que fez o pânico aflorar foi à voz do homem de faixa vermelha.

- Oras, oras o que temos aqui, uma pequena caçadora de “vaga-lumes” e alguns “vaga-luminhos”.

- Seu malvado, vá embora deixe eles em paz!

- Celline, saia daí já, é perigoso, você também Vitor, leve sua irmã para casa e não a deixe sair mais!

Vitor olhou o pai e afirmou a cabeça indo para direção de Celline que deu alguns passos para trás afastando-se do irmão. Os Worgs começaram a rosnar, foi quando um dos homens atirou contra um worg que soltou um gemido de dor.

Quando ouviram o grunhido Vitor se afastou e Celline correu na direção dele, Seu coração batia forte, um misto de medo e ódio queimava em seu peito.

- NÃO!

O grito da menina assustou a todos, mas os únicos que se moveram foram os worgs que avançaram sobre Celline, segundos depois os cinco homens começaram a atirar, os gritos de Celline foram abafados por todos os tiros e grunhidos.

O barulho e a emoção fizeram a pequena ruiva travar olhando para o seu melhor amigo “worg”, o tempo pareceu não passar, foi quando se jogou sobre os pelos brancos de seu amigo que não demorou muito e foi maculado pelo vermelho do sangue, mas estranhamente o Worg se mantinha em pé com todas as forçar e ódio. Entre todos os barulhos um grito chamou a atenção de todos e prevaleceu na bagunça.

-NÃO!

Era a voz de Vitor que empurrou o pai para o lado, os homens e os worgs pararam olhando o rapaz que corria até Celline caída sobre o gigantesco Worg.

- Pai, Celline ta mal.

Ninguém se moveu até ver que Vitor pegava a pequena ruiva no colo, olhou para as pessoas e para os worgs, com medo e sentindo o sangue da irmã falou num misto de pânico e raiva.

- Vão embora, já machucaram gente de mais!

Os worgs olharam para os dois e num movimento brusco correram para o meio da floresta saindo da clareira. Os cinco homens viraram para direção da floresta quando Vitor entrou no meio do caminho bloqueando a passagem. Ele esticou a irmã para direção do pai que naquele instante percebeu que sua filha caçula tinha sido atingida por uma arma.

Anthony se desesperou, correu pegando à ruiva do colo do irmão e começou a caminhar para direção da casa. Seu corpo tremia de nervosismo. Com poucos passos Elai colocou a mão sobre o ombro de Anthony, assim como Franco fez com Vitor e logos todos se aparataram da floresta aparecendo na sala da casa.

Sem demora Anthony levou Celline para direção do quarto, este foi seguido bem de perto por Elai. Vitor começou a dar passos, mas Franco o segurou na sala balançando a cabeça negando algo, o menino bufou e correu para direção da mãe que estava perdida com aquela movimentação repentina.

Assim que Anthony colocou Celline na cama Elai deu um pequeno sorriso e colocou a mão na testa dela, foi quando as peles se tocaram pela primeira vez que sentiu uma pequena descarga de energia.

Ficou realmente assustado com isso, assim ficando imóvel, foi quando sentiu a mão de Anthony no ombro, Elai respirou fundo e virou o rosto para direção do companheiro, mas não se passaram segundos antes que sua atenção voltasse novamente para a pequena ruiva. Seu coração batia forte e sentiu-se nervoso, mas concentrou-se para poder manter sua pose e poder fazer algo.

Num movimento rápido Elai começou a tirar a roupa de Celline, foi quando Anthony segurou sua mão.

- Cuidado com a minha filha.

Elai levantou a sobrancelha direita e olhou feio para ele que instintivamente deu uns passos para trás soltando a mão do homem.

- Saia, não farei nada de ruim para sua cria!

- Assim espero Elai!

- Saia Anthony, não é um pedido é uma ordem direta... Saia!

Uma raiva cresceu no peito de Anthony, mas sabia que Elai ajudaria sua filha, moveu o corpo até a porta saindo e batendo ela forte. Elai somente sorriu balançando a cabeça e voltou sua atenção para Celline que ainda estava deitada.

Inclinou o corpo sobre Celline e tirou sua roupa analisando o machucado dela, por um bom tempo cuidou do ferimento, assim que acabou ficou em pé e ficou olhando para a garota nua.

Seu corpo não era formado ainda, mas Elai parou imaginando-a mais formada, maior, sua boca salivou e seu coração bateu forte, estranhamente sentiu uma pequena ereção que o deixou apreensivo.

Ficou pensando um pouco e moveu-se até o corpo de Celline e abaixou tocando o lábio em um beijo lento, saboreou os lábios da pequena e logo falou roçando os lábios quentes, que contratava com os lábios frios dela.

- Será minha, assim como sua matilha!

Voltou a beijá-la e por fim colocou a faixa vermelha em seu pulso sorrindo. Acariciou seu rosto e a cobriu, olhou mais uma vez para Celline ainda pálida e adormecida. Elai abriu a porta e saiu.

Celline continuou a dormir por muito tempo, enquanto seu corpo melhorava.

2 comentários:

paty disse...

Mana kawaii sabe q adoro seus contos né
ainda acho q devia escrever um livro...
To esperando a continuação ein
te adoro

TigerFree® disse...

;.;" Gostaria de fazer contos tão lindos como os seus.

Adorei =** bjão, abraços e tudo de bom =^^-