terça-feira, setembro 12, 2006

Saudades!!!

A noite estava fria, mas a lua cheia iluminava todo o jardim. Uma mulher loira de cabelos longos e pele branca como a neve... com os labios num tom de rosa bem claro. No pescoço uma pequena gargantilha com um pingente em forma de coração, quem ficasse olhando e fosse muito atento poderia notar um H estilizado no pingente.
Usava um vestido preto longo com sapato de salto alto. Ela andou na trilha do jardim observando a beleza das rosas e outras flores, sua mente voava para bem longe, por mais que tentasse pensar somente nas flores.
Ficou pensando na face de uma pessoa, que a algum tempo não saia de sua mente, a mão direita se movia de leve indo para cima do coração de prata que estava pendurado em seu pescoço, se estivesse viva estaria suspirando, mas poderiam ver em seus olhos, agora umidos, que sentiam uma grande saudade! Os passos pararam em frente a uma estatua.
Ficou um bom tempo olhando para tal obra, morde o labio inferior por alguns segundos segurando o coração forte de tal maneira que chegou a marcar sua mão.
Logo um forte vento umido bate em seu corpo anunciando a tempestade se aproximando. Os cabelos se balançam, mas logo voltam novamente ao mesmo lugar. Olhando para cima pode ver a lua sendo coberta pelas nuvens, os labios se entre abrem e uma palavra começa a ser formada, mas mesmo querendo pronunciar, a voz não sai, somente os labios se moviam, uma pequena e sorrateira lagrima rubra começava a rolar pelo rosto, mas logo a chuva gelada começa a cair molhando tudo, os cabelos sendo colados no rosto e a lagrima sendo lavada, logo não tinha mais nenhum rastro de lagrima.
Sentindo as gotas geladas baterem em seu corpo, como se fossem pequenas laminas. A chuva caia grossa chegando a quase machucar as plantas, animais e ate mesmos as pessoas que se aventuravam ficar nela.
A pele logo mostrava sinais de fragilidade, mas mesmo sentindo as dores dos pingos de água ela não se moveu, queria ficar ali, estava se punindo por algo que julgava ser proibido.
Estava tão longe que não ouviu o barulho dos passos do homem que aproximava-se, logo as gotas da chuva pararam, sentindo isso ela virou o rosto olhando para o lado esquerdo, deu um minimo sorriso e balançou a cabeça, soltou o pingente do colar e começou a andar sem falar nada, sempre atras e segurando o guarda-chuva o homem andava, ele tinha um certo carinho pela mulher, algo platonico.
Com passos lentos seguia para dentro, um grande rastro de água era formado, mas ela parecia não se importar. Os passos seguiam para a direção da escadaria principal, os olhos azuis procuravam alguma coisa, o vento uivava de agonia do lado de fora, ela só levou novamente a mão no pingente seguindo para o quarto principal.
A trilha de água logo era secada por algumas empregadas, mas isso não era importante para ela... Quando chegou no quarto abriu a porta e entrou, tinha algumas imagens, achava engraçado, mas preferia os quatros, as novas ‘fotos’ eram diferentes. Caminhou ate o armario e tirou um vestido vermelho.
Devagar começou a tirar o vestido, o corpo foi ficando a mostra, primeiro os ombros, seguido do colo, os seios... a barriga, o sexo protegido por uma delicada calcinha de renda preta. Passando a mão pelo corpo para tirar um pouco da água deu uma pequena risada ao sentir a renda da calcinha. Fechou os olhos e foi tirando tudo, ficando nua, como tinha vindo ao mundo.
Seguiu para a cama olhando o vestido, passou perto dele observando, imaginando algumas coisas... ao chegar no banheiro pode pegar uma toalha e se secar. Quando terminou arrumou a toalha e seguiu para a cama, lentamente colocou o vestido ajeitando, arrumando o vestido completo, sem nenhum decote, em compensação podia ser visto um belo corte no meio da perna.
Pensou em ligar para a pessoa, deu os passos para o criado mudo e parou ao tocar no telefone. Ficou alguns segundos falando com alguem quando a noticia esperada tinha chego. Abrindo um belo sorriso ela deitou na cama olhando para o teto. Somente uma fraze pode ser ouvida.
- Em breve...
Falava docemente enquanto ficou imaginando as cenas

2 comentários:

Anônimo disse...

Não posso acrescentar àlguma coisa ao conto tão bem estruturado e de consistência narrativa bem elaborada.Um belo conto!Não sou entendedor,apenas apreciador.Nao sou bajulador,sou apenas um amigo bem sincero.Parabéns garota!!quando vai lançar o livro heim?hehe beijaõ!Digo

Tyr Quentalë disse...

A suavidade como conduziu este conto, mostrou uma saudade que poderia ser abrandada. A tristeza pintou o quadro, aumentando a fragilidade da mulher. Fico feliz em ver que voltou a escrever, mesmo que este meu comentário esteja vindo tão tardiamente.