domingo, setembro 03, 2006

Volta à Nalagaria

Ao longe se podia ver uma cabana, era simples e rustica, de sua chamine saia uma fumaça indicando que alguem estava ocupando-a naqueles dias em que a neve não parava de cair o telhado da cabana já estava todo branco.
Dentro Nagari estava caminhando de um lado para o outro enquanto Kaligar estava sentada em frente a lareira olhando para o nada, a voz das duas podiam ser ouvidas desda varanda, pois nem o vento ousava soprar e atrapalhar a conversa.
- Kali, porque não tentamos fazer como Zolior, não aguento mais ficar neste lugar, ninguem nos ouve e já estou cansada deste mundo.
- Naga não é porque eles estão atrazados que não vamos ficar aqui, seria arriscado uma transmissão agora!
Nagari parou olhando-a com lagrimas purpuras nos olhos, quem visse de longe pensaria que as duas não passavam de algumas clubers com cabelos azulados e maquiagem pesada. Mas não estavam nada do que o normal, em Nalagaria elas eram grandes cientistas escolhidas por ARIA, aqui não passavam de adolescentes revoltadas com o nada. Nagari parou ao lado de Kaligar e balançou a cabeça movendo seus longos cabelos azuis.
- Vamos Kali, estou para ficar... como eles falam neste lugar... Louca, se ainda entendesse o que é isso.
Nagari só riu olhando para sua amiga, estavam perdidas a mais ou menos dez anos naquele lugar estranho, sem nave, contato com semelhantes... abandonadas a sorte desde que o Zolior, o único que sabia combater fora abatido por defender seus ideais e também seguir contra as normas tao diferentes do planeta... Kaligar só sorriu e murmurou.
- Louca não vai ficar Naga, vamos ficar bem... Temos o que precisamos, estamos completando nossa pesquisa e logo algum malisgor vai vir atras de nós e vamos voltar para casa, enquanto isso não podemos ser pegas por ninguem, não sabemos ainda o que aconteceu com a nossa na.
Kaligar para de falar olhando para os lados, e voltando a pele a coloração dos terráqueos, respirando fundo e seguindo para a direção da porta, o casaco ajudava a tampar o resto do azul. Kaligar abre a porta olhando para fora, vendo um rapaz totalmente encapotado segurando uma caixa.
- P...por. fa..favor... a s...senhoraa..arita... N...naagari...
- Pode ser para mim mesma, sou a irmã mais velha dela.
O rapaz nem faz objeções, entregando uma prancheta para ela assinas, Kaligar logo escreve algo e sorrindo acena com a cabeça para o homem que segura a prancheta e sai correndo para a direção de um ‘carro’ de neve, olhando seria para a irmã murmura.
- O que é isso Naga?
- Eu não sei Kali, mas deixa eu abrir!
Kaligar olha seria para a amiga e balança a cabeça e coloca o pacote sobre a mesa, sentando-se numa cadeira tirando a luva e o casado, afinal dentro da cabana estava quente.
- Naga coloca mais lenha na fogueira, sim!
- Sim Kali!
emburrada Nagari segue para a direção da lenha pegando algumas e levando para a lareira. Enquanto Kaligar começava a abrir o embrulho, mas ao ver o delicado pano envolvendo outra caixa para e se levanta olhando para Nagari como se a culpa de estarem ali fosse dela.
- O que você anda aprontando quando vai na cidade comprar suprimento?
- Eu não fiz nada. –Nagari para olhando como se estivesse sendo julgada. – Eu juro, eu... ...Ah! Ele estava la tão bonitinho e falou comigo, gostou do meu cabelo e me achou bonitinha e perguntou se eu gostaria de ganhar um presente...
Antes mesmo de terminar de falar foi interrompida por Kaligar.
- Sua estupida, como você faz isso com agente. Ainda mais por um terráqueo o que você pensa... – Para olhando seria para ela. – Então é por isso que deseja tanto ir embora né!
Nagari para com cara de choro, as lagrimas purpuras começam a cair enquanto fica olhando para os olhos de Kaligar que só balança a cabeça e joga o embrulho para ela e volta a caminhar para a direção da cadeira ao lado da lareira. Naga limpa seu rosto e senta na pele de urso e termina de abrir o embrulho observando cada centimetro do presente, ao terminar fica observando uma caixa de musica branca com detalhes em dourados, curiosa com o item começa a mexer, abrindo e começando a ouvir uma musica enquanto uma bailarina começa a dançar.
Aconchega-se no tapete de urso e suspira observando a bailarina a dançar fazendo seu giro enquanto a musica tomava conta da sala, Kaligar observava de canto de olho a situação, se sentia realmente a irmã mais velha de Naga e tomaba para si a responsabilidade para a proteção dela.
Ao som da musica as duas acabaram adormencendo em frente a lareira.

5 comentários:

Anônimo disse...

Adorável... algo diferente do habitual que escreves aqui, amor... gostei muito... quero ver como pode terminar essa história... beijos...

Anônimo disse...

Ô.... muito legal a história mas... O que a Naga está fazendo aqui? hehehehehe

Anônimo disse...

huhuhuh!!
Romances proibidos! Quer ver o fim disso!
Beijos
Déia

Anônimo disse...

aeeee tah legal
quero um livro, quero um livro ^^

vc escreve bem, gostei do conto!

Tyr Quentalë disse...

Querida irmã,
O cotno delas duas ficou bastante interessante. As mudanças de comportamento quando ambas estão há tanto tempo entre os terráqueos mostra como a natureza de qualquer ser pode mudar de acordo com o convívio. Creio que nós terráqueos acabaríamos da mesma forma ao tentar sobreviver em um planeta estranho, sem que estes descobrisse de fato quem somos.
Bem vinda de volta e que seus textos continuem a agradar a leitura de todos nós que passamos por aqui.