sexta-feira, setembro 29, 2006

Maia e Zefir

Mais uma vez Maia foi jogada em um turbilhão, via muitas realidades e mundos passando tão rapidos que não conseguia distinguir nenhum deles. Não percebeu que uma das milhares de realidades se aproximava rapidamente, quando deu por si estava passando pelo portal, sentia o calor do sol e a luminosidade batendo em seu corpo e atrapalhando sua visão.
Maia estava perdida, não sabia em que lugar estava, mas uma vez tinha caido nas habeis palavras de Hafull, odiava ser jogada pelos mundos, mas sempre era quando estava conseguindo alguma coisa.
O sol estava no meio do céu mostrando ser meio dia, raios e trovões apareciam do nada e nenhuma nuvem para dizer que uma chuva iria cair tão cedo... De um circulo prateado caia uma mulher de mais ou menos 17 anos, cabelos longos e loiros, usava uma blusa de algodão branca, saia avermelhada, cinto e botas de couro marrom escuro e um manto escuro por cima.
Sua queda como sempre nunca era programada e desta vez caira sobre uma tenda de vasos no meio de uma feira, muitas pessoas a observavam, com a queda um corte na testa foi feito e o sangue já podia ser visto. A garota loira parecia não ter nada, mas em suas mãos tinha varios aneis e dois braceletes dourados, que mais pareciam com duas algemas feitas de ouro.
De longe Zefir observa a bagunça, uma sombra chamava a atenção de Maia, era a sombra de um cavaleiro com sua armadura imponente, ele ainda estava longe mais paracia estar observando-a. Por algum motivo se mantinha em uma distancia segura de todos.. Não tinha como ver a armadura nem distinguir nada a respeito do guerreiro, apenas podia sentia que ele a observava.
Se levantando devagar, olhando para os lados e pensando onde estaria, abaixou a cabeça por alguns instante quando sentiu o sangue escorrendo, passou a mão na testa e suspirou, o olhar triste começou a olhar em volta, sentia-se observada... Mordeu o labio inferior com um pouco de medo, se levantando e olhando para uma mulher que começou a brigar,
- Minha tenda, sua maluca... Você destruiu tudo... e agora como eu vou sobreviver, como vou dar comida para meus filhos... Sua maluca.
A mulher se pos a chorar desesperada, Maia por segundos não conseguia entender o que ela falava, mas viu que apontava para a tenda caida e os vasos quebrados, foi quando parou por alguns segundos e tirou um anel e entregou para a mulher, um anel aparentemente bonito de mais para uma simples andarilha, era um anel de ouro e rubi. Assim que pegou o anel e levou a boca, comprovando que era ouro mesmo abriu um sorriso, reverenciou Maia e começou a se afastar, não se importando mais com a tenda.
Maia sentindo o olhar do cavaleiro se levantou e resolveu começar a caminhar, ainda estava perdida e sem saber o caminho começou a andar para o meio da feira tentando sair dela o mais rapido possivel.
Zefir vendo que a mulher começava a andar começou a segui-la lentamente, observando ela e tudo ao seu redor, após sair da feira ainda não desistiu de segui-la e continuou, o cavaleiro mantinha-se sempre atento ao lugar esperando o possivel e o impossivel.
Parando bem afastada da feira agora, se vira para a direção do cavaleiro, os olhos azuis da garota procuravam o do homem que estava no cavalo, a voz era suave, mas tinha um tom serio.
- O que deseja?
Quando Maia se aproxima logo percebe que é um cavaleiro negro. Ele estava com um helmo negro igual ao resto da armadura e seu cavalo também era negro, manteve-se calado. Todos podiam ver que ele mantinha a espada ao lado assim como o escudo. Ouvindo o que ela falava achou curioso e mesmo sem ela poder perceber abriu um sorriso e se aproximou devagar, olhando a moça curioso.
Maia para olhando para ele, engole seco e da um passo para tras, não sabia agora o que fazer, respira fundo levando a mão ate a cintura, parecia procurar alguma coisa, sem pensar muito murmura.
- Maldito! -Voltando a olhar agora para o cavaleiro, agora não sabia muito o que fazer, mas criando coragem. -Diga-me o que desejas!
Lentamente Zefir retira o helmo
- Calma jovem donzela, nem mesmo um cavaleiro negro mataria ou faria mal a uma bela donzela. A não ser que o nosso "senhor" mande. –Falou descendo do cavalo observando ela.
As palavras foram mais ou menos reconfortante. Olhando para ele, procurando os olhos, respira fundo encostando-se numa arvore.
- Obrigada meu senhor... estou um pouco perdida... -Levando uma mão ate a testa e limando o sangue que insistia em escorrer.
-O que é esse sangue minha donzela? -Olhando curioso, ele também procurava os olhos de Maia. Seus olhos eram negros como todo o seu pertence. -De onde a senhorita vem?
Olhando para ele, moveu a cabeça um pouco para baixo, ouvindo a pergunta sabia que ele não ia acreditar de primeira, nunca ninguem acreditava.
- Venho de Kalimar... provavelmente outro mundo... não sei onde estou... - Limpando o sangue da testa e falando meio triste. - Acho que bati a cabeça quando cai!
Zefir mantem o olhar frio sobre a mulher com quem falava, devagar coloca o helmo e montando em seu cavalo fala com um tom seco, mas dava para perceber que queria ajudar, mas não sabia como agir.
- Sobe!
Maia não discutiu, afirmou com a cabeça e caminhou na direção do cavalo, relembrou algumas lendas sobre os cavaleiros negros, não tinha poder nem conhecimento para fugir dele... Respirou fundo e subiu no cavalo, esticando-se um pouco aproximou o rosto do ombro dele e falou docemente.
- Obrigada...
Ele olha para traz levemente, logo começa a cavalgar pela a cidade de Melkor aonde existia um templo de cura, Zefir cavalgava com cautela para não machucar a dama mais não queria demostra isso seguia calado o caminho todo.
Maia não sabia qual a reação tinha que ter, colocou a mão na cintura do cavaleiro para se segurar, mas logo soltou, não queria irrita-lo, afinal já estava dando trabalho, também não sabia o que ele cobraria por esta 'gentileza' fechou os olhos e deitou a cabeça cair de leve encostando na armadura dele, mas logo se pos sentada direito.
- Perdoe-me
Ao sentir a cabeça dela encontar em sua armadura para o cavalo e olha para traz com o helmo tampando o rosto, Zefir apenas a encarava.
Abaixava a cabeça, não sabia o que tinha feito de errado, olhando para os lados. Estava perdida, mas começou a descer do cavalo.
- Perdoe-me...
Maia sabia se defender, mas depois de algumas viagens por mundos, aprendeu a primeiro conhecer o lugar depois procurar encrenca. Zefir descendo do cavalo começa a tirar o elmo ajeitando na sela, logo começa a retira a parte de cima da armadura, pegando um pedaço da lona que estava no cavalo faz um embrulho com a armadura dentro, sobe denovo no cavalo e poe o embrulho na frente.
- Suba e você não fez nada de errado.
Fala com uma voz fria e firme. Maia ficava agora realmente sem entender, olhando para os lados, pensando que tinha algo errado naquele mundo, subindo de novo no cavalo agora podendo tocar o corpo dele, respira fundo e fala baixo.
- Que lugar é este?
Ele tinha feito isso justamente para Maia se apoiar sem se machucar, mas não procurava explicar.
-Essa e a cidade de Melkor....não gosto daqui
Se aproximou um pouco e encostou a cabeça... Estava um pouco cansada.
- Melkor... -Fechando os olhos e respirando fundo e falando baixo. - Porque não gosta daqui milord?
- Por que fui expulso daqui.
Falava serio cavalgando em direção ao templo.
- Expulso? – Repitiu, mas ficou quieta, pois agora sem saber se estava bem ali com ele ou se estava se metendo em mais uma enrascada.
- E uma longa historia...mas você querendo acreditar ou não...eu era paladino desse templo. – Falava se aproximando de um templo.
Maia olhava para o tempo e para o caminho, respirava fundo.
- Porque não acreditaria?
- Por que eu sou um cavaleiro negro agora! -Desce do cavalo e entra no templo, olha para ela. -Me acompanhe!
- Qual o seu nome senhor? – Maia seguia com ele falando, estava curiosa para saber quem era o cavaleiro que a ajudava.
- Zefir.

Fim da primeira parte...

4 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito.Quero ver a continuação!!parabéns ,Rafa.nao da vontade de parar de ler.beijos DIgo

Tyr Quentalë disse...

Eis que Maia parece ter encontrado um Aliado. Mas por quanto tempo isso irá durar?

Anônimo disse...

Como posso eu elogiar seu trabalho da maneira como você merece, minha princesa? ^_^
Como sempre, um trabalho fantástico... tenho tanto orgulho de você..
Te amo
Beijos

Anônimo disse...

amore..meus parabens.....adorei o seu conto como todos os outro..mas vc sabe que esse e especial....saiba que adimiro sua habilidade e acho vc uma pessoa super doce e atenciosa...meus parabens mesmo e obrigado de todo coração...
mil beijos no coração