segunda-feira, janeiro 30, 2006

Rosa Vermelha!

Fazia muito frio aquela noite. Ainda não sei porque sai de casa... Não pude resistir... Era um chamado, algo dentro da minha mente me obrigava a levantar e sair... Não pude nem ao menos colocar uma roupa. Desci as escadas em um passo apresado, realmente acho que ficaria louca se não chegasse onde deveria... Meu coração batia forte... Minha mente só me levava aquele ser de cabelos loiros olhos verdes... Meu desejo crescia e meu corpo fazia coisas que eu nunca pensei em fazer. A neve caia sobre meus cabelos negros... Minha camisola já estava quase toda ensopada... Meu corpo estava se congelando aos poucos, mas não ligava nem um pouco para isso, cada passo dado era menos um passo de agonia que meu corpo sentia por estar longe dele. A neve deixava meus pés bem gelados... Meu corpo doía... Quando cheguei à mansão, era linda... Enorme. A fachada era brando gelo... Muitas janelas duplas com vidro fosco... Na frente um lindo jardim agora coberto por neve, algumas estatua, umas bonitas e outras aterrorizantes... Mas eu não ligo para isso tinha que ver ele. Os portões e as portas estavam abertos como se ele já estivesse me esperando. Cada passos que dava fazia meu coração ir a mil... Minha mente só conseguia ouvir a doce voz me chamando... A cada instante eu o desejava mais e mais... Abrindo a porta pude sentir o calor de dentro da casa aquecer um pouco meu corpo, não me importei... Não era isso que eu queria. Cada cômodo que passava e não o achava me deixava mais aflita... Como estar tão perto e tão longe ao mesmo tempo... Já estava correndo... Minha pele toda arrepiada por causa da camisola molhada que estava colada em meu corpo... Ultima porta... Ele deveria estar ali... Paro, queria chegar devagar... Fico olhando a porta... Meu coração batendo mais forte. Ao abrir a porta era como se estivesse no céu... Caminhei ate a poltrona onde ele estava sentado, lindo como sempre... Usava uma blusa de gola alta verde escura, uma calça preta e um blazer preto por cima... Os cabelos soltos caídos sobre o ombro... Deixava-me mais fascinada por ele. Por instantes senti a mão dele tocar em meu rosto... A mão estava quente... Seu calor aquecia um pouco meu rosto... Mordendo o lábio ouvi a doce voz dele falando... Não entendi, alias não queria entender... Somente me aproximei. As mãos dele desceram para a minha cintura, de leve ele me puxou e sentei em seu colo, meu coração batia muito forte... Meus olhos se fecharam devagar quando comecei a sentir os beijos dele em meu pescoço... Uma leve dor logo seguida de um êxtase inimaginável... Não conseguiria descreve-lo nunca. Ao abrir os olhos... Vejo-me sozinha em uma casa abandonada... Deitada no chão frio somente com uma rosa vermelha ao meu lado... Meu desespero passa, mas a incerteza do que acontece comigo fica.

sábado, janeiro 28, 2006

Shiva Tempest

A tempestade estava caindo, Suk mais uma vez banhava a terra com o seu poder.
Um choro toma conta de uma casa, nascera uma menina que o choro chamou a atenção do Deus da Tempestade.
Contam que na hora que chorava sua mãe esquecia que chovia de tão potente o choro da pequena e recém nascida criança.
Seu nome foi escolhido pelo fôlego, era Shiva Tempest. Quando criança sua mãe notara uma bela característica, seus olhos... Eles seguiam o humor de Suk, assim que uma tempestade se aproximava, os belos olhos azuis ficavam escuros como o céu em uma tormenta, mas quando Suk estava calmo, seus olhos pareciam o reflexo do céu em um lago cristalino. Sua mãe dizia que os olhos dela eram o retrato do céu.
Em todas as tempestades Carmem tinha que sair por ela para buscar a pequena shiva, que desde que aprendeu a andar, não saia de dentro das tempestades.
Quando Shiva tinha seus dez anos estava como sempre andando em meio a uma grande tempestade vira uma criança correndo assustada, sem pensar duas vezes ela pegou um bastão e correu para proteger o pequeno. Vinha um ser estranho, não tinha uma forma autentica, Shiva por segundos pensou em largar tudo e correr, pois nunca tinha visto tão ser estranho. Mesmo assim a pequena garota não se afastou, ficou na frente da criatura e do menino, seu corpo tremia um pouco, mas apertava forte o cajado para proteger tanto o garoto e a si mesmo. Seus olhos estavam escuros por causa da tempestade e com muita garra e decisão Shiva protegeu o pequeno ser.
Brigava com unhas e dentes, pulava sobre a criatura, acertava ela com o bastão e também tentava atacá-lo com as mãos, sua força e garra parecia aumentar a cada instante, assim como a tempestade que também ficava mais forte. A criança ficava atrás, assustado olhando para a cena, demorou um pouco, mas a criatura afastou-se, como se tivesse visto um predador.
Shiva sorri vendo a criatura correr, estava bem machucada, mas em seu coração a certeza de que tinha feito o certo, virou o rosto para baixo para falar com a criança, mas só vira um par de calças, levantando a cabeça olhando para o homem, suspirou ao ver um homem serio com a feição raivosa, como se estivesse muito bravo com a situação, ele tinha uma aura poderosa que por alguns instantes assustou Shiva.
Olhando para o ser, shiva suspirou e balançou a cabeça olhando para ele e soltando o cajado que já estava partido no chão, olhava para o senhor que estava parado... O homem aproximou-se dela e tocou o rosto sorriu e sumiu entre um raio e outro. Shiva ainda pode ouvir.
“-Muito bem minha filha... Quando chegar a hora será minha guerreira...”.
Shiva sentia a chuva cair em seu corpo e olhava para o céu sem entender, mas as lagrimas caiam enquanto seus ferimentos se fechavam. Shiva sentia a tempestade entrar em seu corpo, tomar sua alma e acolhera em seus braços, ficou no meio da chuva. Quando a chuva acabou ela foi para a direção da casa, onde falou com a mãe sobre o ocorrido. Neste momento, Carmem e Shiva sabiam do que fora escolhido, era a mais nova filha de Suk... Uma guerreira da tempestade.

quinta-feira, janeiro 26, 2006

A espera...

Uma noite eu estava andando sozinha pela cidade de Londres... Nossa faz muito tempo nem tinha eletricidade ainda... Caminhando pela neblina ouvi alguém me chamar... Quando me vire vi um lindo senhor com uma roupa cinza escura, cabelos curtos e bengala na mão, não fiquei com medo e sim esperei aquele homem se aproximar a cada instante de mim Os passos dele eram lentos, sua mão estava protegida por uma luva negra, o homem era realmente muito elegante. Eu respirava meio assustado, o vapor saia dos meus lábios enquanto aqueles olhos ficavam a me olhar, não percebi que ele não respirava... Alem do mais, nem queria saber disto... Fiquei pensando naqueles lábios perfeitos, pareciam ser desenhados pelo melhor artista do mundo. O homem se aproxima lentamente, segurando a bengala com a mão esquerda leva devagar a mão direita para minha face, olhando nos meus olhos... Não consigo fazer muita coisa a não ser esperar que ele faça o que quiser de mim... Não tenho muito que fazer... A beleza dele me prende como prenderia um pássaro numa arapuca... Não tinha como correr ou fugir... Nem ao menos gritar, pois minha voz parecia não sair... A mão dele seguia para minha nuca, começando a acariciar, fiquei logo arrepiada e sempre olhava para os olhos dele que parecia ter me hipnotizando... Ele fecha as mãos segurando meus cabelos, sinto uma leve dor abrindo devagar os lábios para deixar a voz sair... Mas de imediato sinto os lábios dele colados nos meus... O beijo começa devagar e vai ficando mais forte a cada instante... Logo solto minhas coisas no chão e abraço ele devagar... Começos a acariciar o corpo dele de leve, as mãos vão devagar para as costas lentamente enquanto meu corpo chega mais próximo do dele... No entanto noto que ele só beija... Ainda não se movimenta... Tento me afastar, mas sou impedida, pois ele ainda me segura e continua o beijo, logo sinto o braço dele começar a envolver meu corpo... Já não consigo mais me controlar, ele era dono de todas as minhas vontades... Começo a abrir meus olhos e ainda o vê, sorrindo para mim, acaricia meu rosto devagar e sem falar nada segura a mão... Começamos a caminhar, não tenho forças para recusar um convite deste... Caminho esquecendo minha bolsa, minhas coisas... Nada mais importa só ele... Caminhamos ate um beco onde ele me empurra contra a parede. Sua mão volta a tocar meu rosto meu coração bate forte... Logo ele se aproxima. Deixando sua bengala de lado começa a acariciar meu corpo. As mãos dele subindo passando pela minha barriga, apertando de leve meus seios... Os olhos dele sempre fixos nos meus... Era maravilhoso sentir o que ele fazia cada toque de suas mãos... Cada beijo que ele dava em meu colo, meu pescoço, rosto lábios... Tudo me enlouquecia... Parecia que iria morrer... Não me importava com o frio que começava a fazer... Ele começou a soltar minha roupa, parecia que iria me possuir ali mesmo naquele beco... Meu coração acelerou foi quando eu senti... Ele começou a me morder de leve no pescoço... Ate que senti seus dentes perfurarem minha pele, meu sangue começou a fluir pelas feridas abertas... Ele começou a chupar e a sugar meu sangue... Sentia um prazer enorme... Não consegui gritar, pois não queria afastá-lo nem parar de sentir aquele prazer novo que sentia... As mãos dele envolviam minha cintura... Logo senti subir ate meu braço, percorrendo ele segurou minha mão de leve murmurou no meu ouvido... "-Te amo minha linda gazela...". Já estava bem fraca para entender o que ele falou... Senti-o segurar minha mão forte, tentei com todas as forças segurar a mão dele... Mas não consegui... Estava ficando difícil respirar... Pensar... O sangue já não saia abundante... Meu coração já quase não batia mais... Logo meus olhos começaram a fechar... Só senti uma ultima coisa... Senti a língua dele passar pelo pescoço, não sei o que aconteceu... E agora não sei como voltar para casa... Minhas noites têm sido sempre a mesma... O que ele falou? O que ele fez... Porque não consigo ver o sol novamente... Agora... Presa a este sentimento, a esta noite... Fico a esperar meu amado voltar...

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Contos de uma Galliard.

Porque as coisas acontecem sem você perceber... Jéssica estava parada olhando para a parede branca quando ouve alguém chamá-la, olha para o lado e percebe que não foi ninguém, murmura baixo... “Isso esta realmente me enchendo”.
Ela respira fundo e volta a olhar para a parede, estava tudo bem, pouca luz entrava em seu quarto pela janela que estava semi aberta, Jéssica já estava um pouco irritada pois tudo tinha dado errado, não tinha conseguido sair, seu namorado estava viajando com uma ex namorada e seus familiares estavam atrás dela procurando defeito em tudo o que ela fazia.
Respirando fundo ela fecha os olhos e se levanta, seu quarto estava uma zona, não teve coragem de arrumar afinal era domingo e não faria diferença se ela fosse arrumar agora ou depois... Afinal, iriam desarrumar tudo para procurar algo ou alguma coisa lá, Jéssica pensava consigo mesma... “Porque eles não tentam arrumar do mesmo jeito quando vasculham o quarto”.
Colocando uma calça jeans, uma blusa e também um tênis surrado, sua mãe quase teve um ataque quando a viu, Jéssica somente ignorou e começou a sair, abriu a porta e depois o portão, estava livre por enquanto da família que só sabia atormentar sua vida... Já estava cheia disto afinal tinha já seus 20 anos e podia fazer o que quiser.
Seus olhos verdes estavam cheios de lagrimas de raiva e também de ódio... A palma da mão estava marcada por causa da unha afinal, tentava se segurar para não arrebentar ou então não discutir mais com ninguém, algo dentro dela falava que isso não era saudável.
O passeio foi bom, caminhou para o centro, andou um pouco mais, saiu de perto... Acalmou, esfriou a cabeça e também chorou por alguns quarteirões.
Quando deu meia noite resolveu voltar para casa. Andando meio detraída ela ouve novamente alguém falar, quando se vira Jéssica sente um carro passando perto dela, quase fora atropelada... Neste momento ela agradeceu a voz misteriosa. Continuou andando... e agora a voz lhe falava mais freqüentemente... Dizia para ela ter calma senão iria acontecer um acidente, dizia para ficar na rua um pouco mais afinal ainda não estava calma suficiente... Jéssica não deu ouvido, olhou para o céu e sorrio, a lua estava cheia e meio avermelhada... e ela só sorrio para a lua se sentindo mais forte, mais corajosa e mais poderosa.
Ao chegar em casa seu pai estava na porta esperando-a, começou a falar sobre a irresponsabilidade de deixar a casa sozinha... Ela começou a imaginar se ele algum momento pensou se ela estivesse bem, se tivesse acontecido algo... Jéssica só fechou os olhos e continuou ouvindo indo para o quarto onde teria paz.
Seu pai não ficou contente com isso... Continuou a segui-la e continuou a falar... Parecia não perceber o quanto isso estava afetando a sua filha... Jéssica deixava algumas lagrima caírem enquanto ouvia atenta ao que ele falava. Não satisfeito o pai ainda chamou a mãe para falar sobre a filha... Jéssica olha para os dois e pede entre lagrimas que parem.
Seus pais só olharam, seu pai no calor da discussão levantou a mão e desceu de uma vez no rosto dela, os olhos de Jéssica ficaram vermelhos naquele momento... O coração bateu mais forte, em seu rosto a marca vermelha latejava, ela só deu um grito, as vozes que antes pediam para ela se acalmar agora pediam vingança.
O corpo de Jéssica começou a mudar, já não sentia mais nada somente uma dor alucinante... Sentia seu corpo se esticar crescer aos poucos, o coração batia mais rápido e agora em seu corpo a fúria crescia... Seus pais quando perceberam tentaram se afastar, mas de nada adiantaria, ela iria caçá-los, eram presas fáceis.
À medida que os dois iam se afastando Jéssica ficava maior, peluda e também com um olhar mais sanguinário... Da boca já não saia mais palavras nem pedidos para que parassem e sim só um urro assustador. Os pais começaram a correr e se trancarão no quarto, quando a dor parou só restava a fúria, o ódio à vontade de sentir sangue em seus lábios e suas garras... Jéssica se levantou cheirando o lugar... Começou a caminhar indo ate o quarto... Passou a unha na porta, os pais dela tremeram... Tentaram ligar para a policia, quanto o policial atendeu no outro lado da linha só conseguiu ouvir um grito de horror.
Jéssica com uma garrada estoura a porta entrando, olhando para os pais e sorria malignamente.
Enquanto sua mãe pedia implorava para que nada acontecesse Jéssica a puxou, suas garras eram afiadas como navalhas e cortaram a roupa e parte do rosto da mulher que gritava de dor enquanto a criatura sorria satisfeita em ouvir os gritos e sem dó ela mordera o pescoço, os dentes afiados cortaram a carne enquanto a força quebrara o pescoço... A mulher sofria, pois não tinha morrido ainda... Ela conseguia ver o que a criatura fazia e como ela ficava enquanto o sangue escorria pelo pelos da criatura era preto, mas dava para ver o sangue escorrendo deixando o pelo molhado e meio avermelhado.
A mulher ainda sofria quando Jéssica a jogou para o canto, caminhou ate o homem que gritava no telefone pedindo ajuda... Sorrindo ela voltou a rosnar alguma coisa estava, tentava explicar que ele iria sofrer muito antes de morrer... Jéssica pegou-o devagar, levantou ate o teto e começou a morder suas pernas, uma de cada vez, iria alimentar sua fúria com ele. Enquanto o homem gritava, ela virava a cabeça arrancando um pedaço da perna dele. O homem não conseguindo agüentar a dor desmaiou.
Jéssica estava momentaneamente satisfeita terminara de comer seu pai... Sentia-se satisfeita, foi quando ela olhou para trás e viu outra criatura como ela. Sentia o perigo vindo dele, seu corpo tremeu e ela se acuou em um canto se encolhendo, sentia seu corpo doer de novo... Soltava um grunhido de dor, logo tinha virado um pequeno lobo.
Enxergando melhor o crinos se aproximou dos corpos... Olhava para o lobo encolhido num canto... Ele parecia suspirar puxando algo, o coração de Jéssica batia muito rápido, o olhar assustado, o crinos tirava do nada uma espada e de uma vez jogara nela, Jéssica sentia a o corpo sendo perfurado como papel... Era uma dor alucinante, parecia que seu corpo queimava com aquela espada que parecia ser somente uma espada de prata.
O crinos caminha ate Jéssica e fala. “Vá com Gaia minha irmã”, Jéssica começa a voltar para sua forma normal... A espada que estava fincada em seu peito é retirada e o grande crinos se aproxima e com um golpe arranca sua cabeça urrando para Gaia.

sábado, janeiro 14, 2006

Contos de uma Galliard!

Enquanto o rio segue seu curso, ele segue seus instintos e dessa vez seu coração bate tão forte como os trovões que castigam as árvores. Um passo apos o outro sobre a terra molhada, passos que ecoam para seus inimigos como o ranger de milhares de tambores numa guerra insana. Todos sabem que não terão chance, mas quem poderá parar a fúria dele, não ha esperanças para ninguém.
O sangue ferve como um vulcão em erupção e na sua mente só existe uma coisa, sangue, ele tem que ter sangue nas mãos, na boca no corpo... Ele tem que matar antes que matem-no... Porque caçá-lo como um animal, porque dentro lá no fundo era o que ele era e o que demonstrava.
Os passos dele são rápidos e fortes, deixando marcas na terra, mas isso não importa, deixe que sigam-no, será o fim deles assim que ele encontrar o que deseja... Sua mente voa, queria sentir o gosto do sangue dos bandidos em sua boca, mas quem seriam os bandidos, eles ou ele.
A cada instante ele se aproxima mais do que procura, a cada instante seus perseguidores se aproximam do final de suas vidas, que deviam ser patéticas e sem propósitos algum.
Ele para olhando a clareira, a lua cheia sobre sua cabeça, um uivo sai de seus lábios com toda a sua fúria e desejo de sangue, todos os animais noturnos do lugar antes reis soberanos agora não passavam de medíocres e insignificantes plebeus.
Mais uma vez ele espera, a respiração acelerada e os olhos vermelhos, as garras assim como os pés cravados na terra molhada esperando seus inimigos chegarem e eles não desapontam-no, chegam rápido com suas armas apontadas para ele que continua imponente esperando o primeiro ataque.
Agora os dois, caçador e caças ficam esperando o primeiro ataque, a respiração de ambos são idênticas, os olhos dos caçadores fixos nos da presa, ou será o contrario... O vento faz com que o pelo antes cinza agora avermelhado se mova, o mesmo vento move o cabelo dos caçadores, que por dentro tremem sós de pensar na criatura que estão vendo enquanto ele fica parando esperando pacientemente a hora de atacar. Os olhos vermelhos agora assumem um tom amarelado, algumas lagrimas caem em um grito de fúria.
POR GAIA, POR LUNA, PELA HONRA E PELOS PRESAS... MORRAM!
O animal feroz ataca seus oponentes de uma só vez, manchando de novo seu lindo pelo cinza com uma cor rubra. Suas garras cortam a carne como uma faca quente corta uma simples manteiga, em poucos segundos seus oponentes estavam no chão... Destroçados, agora ele estava em paz. Mas uma vez olha para a lua no céu imponente mesmo com a chuva ele podia vê-la olhando por ele, sorrindo e agradecendo o que ele fez, com o resto de suas forças ele uiva como se estivesse agradecendo ou pedindo perdão a sua única e razão de viver.
Neste momento a chuva para, as nuvens some e um facho de luz prateada banha o corpo dele que aos poucos vai tomando a forma de um belo homem. Os pelos somem o corpo diminui deixando somente um homem no lugar da besta.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Pietro Kravnov

Pietro entra devagar, passa a mão em seu cabelo negro da altura da orelha, os olhos verdes claros procuram esperançosamente alguém. Os coturnos negros fazem um pequeno barulho quando entra, sua calça de couro preta e sua camisa transparente deixam-no pronto para a caça. Os passos são lentos firmes e certos... Mantém só um tique da outra vida... Morde lentamente o lábio inferior enquanto entediado. Para em uma mesa sentando-se olhando para os lados.
O garçom se aproxima de Pietro e ele não se movimenta, neste exato momento observa uma garota que levava sua bebida ate os lábios... Pietro é acordado pelo garçom que lhe chama.
-O senhor deseja alguma coisa?
Os olhos de Pietro deixam claro que a intromissão do garçom não foi agradável, mas como já estava ali ele só suspira falando em tom baixo.
-Uma sangria... Rápido.
O garçom afirma com a cabeça e começa a se afastar deixando Pietro sozinho que volta a observar sua vitima.
Os olhos de Pietro voltaram para a garota, linda, cabelos longos loiros cacheados presos por uma presilha prata, um vestido curto preto tomara que caia, vestira para matar... Era tudo o que Pietro queria. Já tinha parado de morder o lábio inferior e novamente suspirara dando um belo sorriso, os olhos se fecharam lentamente enquanto ouvia os passos do garçom trazendo sua bebida, Pietro virou e pegou o copo antes que o garçom pudesse colocar sobre a mesa, sem falar nada levou a boca e bebeu um pouco, sorriu e voltou a observar a garota que agora a olhava-o também.
Sorrindo Pietro balançou a mão direita chamando-a para sentar na mesma mesa que ele... A garota aceitou, caminhou de uma maneira sensual olhando-o nos olhos, queria tê-lo como tinha a todos, mas Pietro era diferente.
Quando ela chegou Pietro levantou e sorriu, puxou a cadeira para ela se sentar.
-Boa noite Senhorita.
A garota sorriso e com uma doce e sedutora voz falou.
-Boa noite meu belo senhor... O que deseja de mim?
Ele sorriu por alguns segundos e falou baixinho.
-Seus lábios... Seu corpo... Sua alma... E tudo o que puder me dar.
Pietro falou com um sorriso malicioso nos lábios que estavam úmidos com a bebida, a garota se assustou da maneira com que ele falava, afinal ninguém nunca tinha falado assim com ela... Mas mesmo assustada não se levantou, ficou lá parada olhando-o nos olhos sorrindo e desafiando-o.
Pietro a observava gostava do estilo dela, provocativo e malicioso.
–Quer beber alguma coisa senhorita... Hum, não me lembro de ter ouvido seu nome, será que poderia falar.
Diana somente sorriu para ele, passou a mão no rosto e olhando-o nos olhos falou.
-Não gosto de dar meu nome para estranhos... Então me chame de Ana... Ate saber mais de você serei só Ana...
Dando um sorriso para Pietro que balança a cabeça e da uma risada alta, estica o copo para ela.
–Quer um pouco Ana... É Sangria... E esta muito boa...
Diana fez uma cara feia e balançou a cabeça negando e molhando os lábios com a língua murmurou.
–Nome estranho... Só bebo coisas conhecidas como um belo Blood Mary... Este se me oferecer eu aceito.
Pietro gostou do atrevimento dela sorrindo falou.
–Que assim seja... Agora, onde esta o garçom quando se precisa dele.
Os dois riram um pouco. Diana levantara a mão esquerda e o garçom logo apareceu, Pietro olhou-a por instantes e virou-se para o garçom.
-Traga-me outra sangria e um Blood Mary para a dama... E seja rápido.
O Garçom afirmou com a cabeça e saiu para o balcão fazer o pedido... Pietro e Diana começaram a conversar, falaram sobre algumas coisas como bebidas, musicas e comidas... Diana ficou um pouco irritada, pois Pietro não gostava de absolutamente nada do que ela falava... Quando já eram umas duas e meia Diana se levantou, Pietro a olhou serio e segurou sua mão.
- Aonde você esta indo?
- Irei a um lugar onde só eu poderei ir.
- Quem disse?
- Hum... As regras de boas maneiras... Afinal só mulher entra no banheiro das mulheres.
- Pensamento ultrapassado.
- O que vai fazer, ir comigo?
- Porque não... Alias, o que eu ganho indo com você?
- Hum... Diferente atrevido, gosto disto... Que tal a melhor transa da sua vida!
Ele sorri agora sim ela estava falando a sua língua... Pietro a solta e se levanta sorrindo.
- Vou fazer você ver a lua.
Diana só olha de rabo de olho para ele, balança a cabeça e começa a ir para o banheiro, seu andar era sensual e muito chamativo. Pietro andava com passos fortes e calmos, ele olhava o corpo de Diana que parecia se exibir a todos, mas tinha escolhido ele para ficar.
Diana entra no banheiro olhando para frente e logo sentia uma mão sobre seu ombro, olhando para trás viu Pietro com um olhar malicioso.
- Será agora.
Ele falara com uma vontade irresistível, com a mão direita ele abaixou o tomara que caia deixando os seios dela a mostra, mas como um cavalheiro tampou-lhe os seios com as mãos... Aproximando-se mais começou a beijar e a morder o pescoço dela sem se preocupar com quem estava vendo ou não. Diana tinha sido pega de surpresa, mas logo gostou do ato abusado do rapaz.
- Nossa... Devia ter vindo para cá mais cedo.
Diana fala suspirando sentindo o beijo dele no pescoço, a mordida de leve na orelha e sendo empurrada para a parede. Quando estava toda encostada ela sente as mãos dele puxando a saia do vestido para cima, ela só vira o rosto vendo Pietro morder o pescoço dela devagar.
- Não podemos fazer isso aqui... É perigoso.
- E eu tenho certeza minha Ana que você ama este tipo de perigo... Alem do mais você que prometeu... Se prometer tem que cumprir.
Pietro fala já arrancando a calcinha dela e colocando no bolso.
- Levarei isso de recordação.
Fala beijando o pescoço dela, Diana já podia sentir o membro duro de Pietro encostando-se a seu corpo... Tremia, mas também desejava muito, respirando fundo ela pensa... “Se esta no inferno... abraça o capeta... e que capeta”.
Diana movimenta seu corpo um pouco para trás, queria sair da parede, mas só consegue sentir a resistência do corpo de Pietro que neste instante começa a penetrá-la... O gemido de Diana foi um pouco alto, algumas mulheres que estavam indo ao banheiro pararam antes de abrir a porta, riram e foram embora... Enquanto lá dentro os dois começavam a sentir mais prazer.
Pietro movia-se cada vez mais rápido à medida que ela pedia... Os gemidos de Diana eram deliciosos não só para Pietro e sim para todos que a ouviam, parecia ser contagiante o gemido dela.
Os dois se contorciam de prazer com os movimentos.
O tempo ia passando enquanto Pietro e Diana sentiam o orgasmo quando batidas secas foram ouvidas...
- Por favor, gostaríamos que vocês parassem com isso e se retirassem do recinto.
Pietro ri balançando a cabeça e olhando para ela.
- Você foi divina!
Ele já começava a se arrumar fechando a calça enquanto Diana ainda estava sentindo o gozo dos dois... Ela fechou os olhos e murmurou.
- Espero não vê-lo nunca mais...
Pietro riu se aproximando dela abraçando-a pelas costas... Arrumando o vestido da garota e beijando sua nuca.
- Amanha estarei no píer. - Pietro morde o pescoço dela sorrindo. –Esteja lá!
Diana olha para ele, sua vontade era bater nele e também abraçar e beijar. Pietro sai primeiro olhando para o gerente que estava serio, Pietro pega-o pelo colarinho e o leva para um canto, quando Diana sai do banheiro olhou para os lados não vê ninguém com cara de “você será presa” e sim vários olhares curioso, vermelha Diana caminha ate sua mesa deixando o dinheiro sobre o copo e começa a caminhar indo para casa ainda pensando no que Pietro falou.
Enquanto Diana ia embora Pietro começou a conversar com o gerente, valendo-se de sua habilidade de sangue olhou em seus olhos e mandou que ignorasse o fato deles terem transado no banheiro e que a garota sempre fosse bem recebida naquele lugar.
Após a conversa Pietro arrumou a roupa do gerente e pagando a conta deixou uma grande gorjeta, respirou fundo um pouco chateado pela situação e partiu para a direção da rua. Seus olhos verdes claros procuraram alguma coisa e pararam sobre um rapaz que estava andando desavisado, completamente distraído. Pietro não se importou com a falta de senso do rapaz, mas logo notou que a ‘brincadeira’ com Ana tinha lhe consumido mais do que esperava, levou a mão à barriga e suspirou, fechando os olhos balançou a cabeça.
- Pobre alma...
Sem pensar duas vezes Pietro mais uma vez valendo-se do poder do sangue chegou por trás do rapaz agarrando-o pelo pescoço e cravando suas longas presas entre o pescoço e o ombro, a pele do rapaz era macia e facilmente perfurada, Pietro pode sentir o sangue invadindo sua boca, começou a sugar... Não tinha dó do rapaz, afinal ele estava procurando isso andando sozinho pelas cidades tão perigosas. Enquanto sugava o rapaz Pietro o levou para um beco perto de uma caçamba, após saciar sua fome ele lambeu as feridas do pescoço do rapaz e o jogou junto com o lixo, arrumando sua roupa começou a andar em direção a seu apartamento.
Chegando no apartamento deu uma rápida olhada pelo lugar, tirou a roupa e caminhou ate o banheiro tomou um banho bem demorado, saindo do banho só vestiu uma cueca, puxou as pesadas cortinas e deitou-se na cama fechando os olhos. Mesmo deitado de olhos fechados não conseguiu dormir, ficou pensando em “Ana” sorriu e puxando as pesadas cobertas, sentindo o sono da manha chegar acabou adormecendo rápido.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Só a lua de testemunha!

A noite estava quente e Estefani saiu para tomar um banho, era noite ainda a grande lua estava no meio do céu enquanto as outras duas já estavam sumindo no horizonte. Ela sabia que todos estavam dormindo caminhou ate o lago próximo a casa, era uma trilha que muito usavam de manha então o caminho já estava bem batido, tinha algumas flores amarelas pelo caminho. Estefani abaixou e pegou uma levando aos seus cabelos longos e pretos que estavam soltos e se movimentavam muito já que a noite na colina onde morava ventava muito. Estava usava uma camisola branca semitransparente presa com uma fita de seda azul, sua mãe a embonecava para dormir, os lábios tinha um leve brilho, gosto e cheiro de morango. Os pés estavam nus, já que não desejava acordar ninguém.
Estefani caminhava lentamente pela trilha sem se preocupar se com as pessoas, sendo que seu pai era o regente da cidade ninguém ousaria fazer mal a filha dele com medo da repreensão. Ela ate abusava disto, não se preocupada muito com ninguém a não ser com ela mesma... Afinal, era a garota mais bonita da região... E de acordo com alguns boatos... Era ate do reinado, vários herdeiros já tentaram desposá-la e sempre Estefani se fazia de difícil e nunca aceitava seu pretendente.
Ventava muita aquela noite, mas o céu estava terrivelmente claro, não tinha uma nuvem para esconder o que iria acontecer ali. Estefani chegou à beira do lago e olhando para os lados deixou sua pequena trouxa de roupa cair na grama úmida de sereno, não se importava, pois queria se refrescar nas águas mornas do lago.
O lago não era grande... Era para lazer dos regentes da “cidade” era linda, água cristalina, algumas grandes pedras brancas do lado onde podiam se sentar e apreciar a bela paisagem, isso de dia, a noite era perfeita para encontros noturnos de amantes, suas arvores formavam sombras onde poderiam se amar... Sua água ficava morna, o motivo ninguém sabia... Em qualquer momento o lago era perfeito para reflexões, namoros e ate mesmo atos carnais.
Estefani não podia entrar de roupa, lentamente soltou a fita azul deixando-a no chão, logo começou a tirar sua camisola, primeiro os ombros que logo mostraram a pele branca dela, agora com um brilho prateado da lua... A pele dela era macia e parecia veludo... O pano da camisola ia caindo devagar revelando o corpo da jovem, seus seios ainda medianos devido à idade, mamilos rosados e durinhos pelo frio e excitação do momento... Seu corpo todo curvado e delicado... Ela para segurando entre o ventre a camisola... Olhando para os lados, parecia ter ouvindo um barulho, balançando a cabeça de leve murmura. “-Foi só um animal!”. Realmente foi só um animal, animal que desejava não só a água do belo lago e sim a carne macia que acabara de se aproximar. Deixara a camisola terminar de cair... Agora nua olhava apaixonada pelo reflexo da lua enquanto olhos famintos olhavam para seu corpo macio, cheiroso e juvenil.
Estefani se aproxima da água, molhando os pés, uma onda de arrepio sobe devagar deixando sua pele arrepiada... Sorrindo fecha os olhos e continua a andar... A água molhando aquela pele deixando-a com um brilho prateado mais excitante ainda. Enquanto Serafim olhava escondido atrás de uma arvore, seu corpo de menino-homem começava a dar sinal de que gostava da visão, os olhos percorriam cada centímetro de Estefani e o desejo crescia e agora começava a incomodar como nunca, seu membro doía dentro da calça que estava usando, logo ele não resistiria ao charme daquela deliciosa menina-mulher.
As nuvens começaram a se mover, assim como Serafim, pois teria que possuir aquele corpo, não conseguiu ver quem era, pois mesmo com a lua cheia ainda era difícil distinguir... Ele começou a se despir, iria chegar já preparado para não ter tempo de reação da garota... Tirou as botas e a jogou num canto, o cinto sobre as botas... A blusa rápido e também as calças... Estava de cueca, mas sabia que se chegasse lá de cuecas à garota ainda poderia correr enquanto ele se livrava dela, então de uma vez tirou a cueca e começou a se aproximar com cautela, assim como um predador se aproxima de sua presa para dar um bote.
Estefani só ouvira Serafim se aproximar quando ele chegou na água, virando-se para a margem de onde vinha o barulho de uma pessoa entrando no lago ela esconder seu seios com os braços e se encolhendo na água. Serafim era um rapaz alto e forte... O corpo bem definido, os braços grossos musculosos assim como as pernas... O membro era grande e estava duro só de pensar na garota do lago, a barriga não era definida, mas podia-se perceber que era um rapaz ainda, pois não tinha pelo no peito... Estefani com medo fala baixo. “-Vá embora antes que eu chame os guardas”. Ele só riu dela... Aproximando-se cada vez mais... Ela tentava se afastar dele a cada passo que ele adiantava, o corpo tremia... Queria gritar, mas estava longe de casa para alguém ouvir.
Serafim a cada passo sentia mais vontade de possuir aquela bela garota... De leve passa a mão sobre o próprio peito acariciando e descendo ate o membro onde começa a acariciar, olhando diretamente para os seios que a ela tentava esconder. Em poucos passos ele esticou a mão direita segurando-na puxou contra o corpo, suas peles se tocaram, ela fechou os olhos enquanto podia sentir as mãos de Serafim percorrer suas costas descendo ate sua bunda. Estefani era fraca de mais para poder se livrar dele, então se mantinha quieta.
O corpo mole de Estefani fez com que Serafim pensasse que ela desejava-o também, devagar levou a garota ate uma pedra, encostou-a de costas na pedra, abrindo as pernas macias dela começou a entrar no meio... A boca dele começou a avançar sobre o corpo da garota, primeiro o pescoço, logo os lábios e por fim os belos seios eram uma perdição. Serafim sentia a pele com a boca e com o corpo sentia as pernas dela pressionando o corpo dele enquanto se aproximava mais... Estefani já sentia o membro quente e pulsante dele se aproximar de seu sexo ainda virgem... Seus olhos se encheram de água.
Serafim tomado pelo desejo de um animal no cio sentindo o sexo da garota se ajeita, rebola um pouco e começa a penetrar, devagar ate começar a sentir uma pequena barreira natural. Para conseguir mais apoio ele segura as coxas dela com as mãos e num movimento começa a se afastar, Estefani pensa que sua tortura já acabara, ledo engano... Serafim tomando um pequeno impulso avança sobre a garota fazendo sua barreira se romper, e em um grito ela deixa algumas lagrimas cair... Ele olha para seu rosto, acaricia de leve e murmura em seu ouvido. “-Logo acaba minha bela e você vai acabar gostando...”. As palavras dele foram doloridas assim como os movimentos que ele começava a fazer... O quadril dele se afastava e voltava, hora com força hora com delicadeza. As lindas águas cristalinas do lago agora tinham uma pequena macula... Uma pequena mancha de sangue das pernas de Estefani saia enquanto Serafim continuava os movimento ato tão desejado por ele.
O corpo de Estefani começou a se acostumar e por mais que tentasse relutar começou a sentir um prazer... Serafim já estava aos gemidos quando ela não conseguindo segurar-se soltou um gemido de prazer... Seu corpo já tremia aos poucos enquanto seu prazer aumentava assim como o de Serafim... Os movimentos se tornavam mais repetitivos e um pouco mais agressivo... Em algo completamente novo para Estefani seu corpo sentiu seu primeiro orgasmo, segurando-se firme nos ombros de Serafim que também tinha seu orgasmo... Os gozos dos dois se misturavam e os corpos agora se juntavam, não só porque ele de apoiava sobre ela... E sim porque Estefani puxava-o contra ela.
A respiração dos dois acelerados, os corpos molhados de suor... Começavam a mergulhar na água a fim de se limparem... Mas nenhum dos dois soltava o abraço... Ficaram juntos quietos só sentindo o corpo um do outro por vários minutos. O braço dele começara a se afastar do corpo dela, puxava um pouco de água e jogava delicadamente sobre ela, limpando o suor, enquanto ela deitava a cabeça sobre o ombro dele.
A voz de Serafim começava a sair dos lábios enquanto ficava a acariciar sua nova ‘amante’ “-O que vamos fazer agora?”. Ela suspirando murmurou com os lábios roçando sobre o pescoço dele “-não desejei isso... mas agora não quero perder”. Ela abraça-o forte colando os seios sobre o peito dele. “-Então minha bela, iremos nos encontrar todas as noites aqui neste mesmo lago, assim nos amaremos para sempre”. Estefani estava em um belo sonho, que começou com um pesadelo... Respira fundo e inspirando sobre o pescoço dele que o fazia arrepiar... “-Se assim desejar... serei sua... como hoje... só peço que não fale para ninguém... seremos amantes e nossos cúmplices a lua e o lago!”. Com um sorriso Serafim a beija de língua, agora correspondido com um abraço.
Antes da lua cheia se por Estefani saiu do lago correndo colocou suas roupas e voltou para casa... Serafim ficara olhando para lua e pensando sobre o que tinha feito... Suspirou e murmurou. “-Obrigada minha mãe!”, com um belo sorriso saiu do lago, colocou suas roupas e voltou para a taverna.

terça-feira, janeiro 10, 2006

Viagem

Naquela manhã três homens vestidos de preto pegaram o trem para a cidade grande.
Tudo igual há outros dias, a não ser pelo fato que esse trem não ia chegar ao seu destino, não do mesmo jeito que saiu.
Os três homens não se sentaram no mesmo vagão.O mais alto que tinha uma cicatriz em sua face, uma marca de seu passado em bares, estava no vagão dois.
O mais baixo, que era loiro com grandes cabelos despenteados sobre seu ombro e não gostava da presença do da cicatriz ficava no vagão um.
O terceiro homem unia os dois como um chefe impiedoso que decidia o rumo de suas vidas.Suas características físicas eram fortes e seu rosto se destacava por ser duro, um rosto marcado pela vida, talhado pelo sofrimento.
Este ficava no vagão três, olhava pela janela, a bela e bucólica paisagem.
Sentindo a mão do destino pesar sobre seu ombro, pegou um charuto de sua camisa xadrez novo, acendeu calmamente aquele que foi um presente de seu mais fiel companheiro.
O cicatriz não sentou na janela, mas também não se preocupava em olhar a paisagem. Seus pensamentos voavam por terras e combates que o tinha deixado marcado pelo resto da vida.
Sentiu sua mão acariciando o próprio rosto, aquela cicatriz o lembrava do motivo daquela viajem. Era a marca de seu extremo desprezo pela vida.
Fechou os olhos e respirou profundamente sentindo o cheiro de mato molhado com o inconfundível odor do trem.
Quando o loiro se sentou em seu lugar, o acento do lado estava vazio, se sentiu aliviado, pois, não gostava quando alguma pessoa ficava tentando conversar ou dormindo ao seu lado.
Queria se sentir sozinho queria que o mundo acabasse ali mesmo, com ele olhando aquelas colinas e riachos.
Sentia seus olhos pesados, um sono mortal se aproximava, tentou pensar em outra coisa, na mulher que deixou em casa, nos seus dias felizes que havia passado ao seu lado.
Muito tempo se passou depois que ele morreu para a vida de romances, seu coração agora era uma pedra que pesava morta em seu peito.
O chefe apagou o charuto espremendo o em sua própria mão, sem demonstrar dor, levantou, pediu licença a senhora que cochilava ao seu lado.
Caminhou lentamente pensando no que estava fazendo ali, e de como teria sido diferente se não tivesse fugido de suas responsabilidades.
Parou olhando fixamente para o loiro que o esperava em pé com um leve sorriso irônico.
Sabia que a cicatriz estava com o mesmo sorriso apesar de estar de costas para ele.
Era o sorriso da vitória amarga, um desfecho inevitável.
Os tiros ecoaram pelo vagão.
O chefe estava morto, perfurado pelas balas da vingança tardia.
O loiro volta para seu lugar, olhando a paisagem que corre em silenciosa cumplicidade.
A cicatriz olha pela ultima vez para o corpo de seu chefe. Coloca a arma no coldre e volta para seu lugar, se sentindo diferente, sentindo que sua cicatriz não pesava tanto.
O trem chega a seu destino e os homens que foram parceiros, um dia, se separam sem nenhuma palavra.
Para sempre.

Kvasir
06/05/04

domingo, janeiro 08, 2006

Sei que já é batido escrever o passado, mas porque não relembrá-lo sempre? Sinto-me mais calma após acabar com o ultimo ser daquela família que tanto me desgraçou, mas sem ela não existiria. Às vezes penso que sou um monstro, mas ai me lembra o que aconteceu e acho que eles padeceram muito poucos. Já não me lembro quando aconteceu, mas nunca me esquecerei o que aconteceu, era nosso aniversario de 10 anos, e meus pais iriam mandar o primogênito da casa para a igreja, minha mãe estava estranha neste dia, não sabia por que, meu pai quase não olhara na cara de Augusto nem na minha sentíamos a falta dos dois, mas estávamos juntos, isso era o que importava. Augusto era tão lindo, amava meu irmão como se fosse parte minha, era mais velho, mesmo que seja por alguns segundos, isso não tinha importância, nos amávamos como se fossem iguais, nascidos no mesmo instantes. Tinha vezes que chegava ate a ser engraçado, pois nossa mãe quando castigava um sabia que estava castigando os dois devido a nossa ligação. Mas vamos ao que interessa, o dia do aniversario. Era um belo dia ensolarado, nós estávamos correndo pelas escadarias da mansão quando nosso pai no chamou. Achamos que era para falar sobre a nossa festa ou entregar nossos presentes, corremos o mais rápido que conseguimos, Augusto chegou primeiro, abriu a porta e sentou-se no sofá, logo eu cheguei sentando junto com ele, nosso pai estava com uma cara triste, poucos segundos depois nossa mãe abre a porta olhando para o marido e falando. “-Será que devemos fazer isso”. Ele não respondeu, simplesmente maneou a cabeça afirmativamente, olhou para nós e falou: “-Anastásia, prepare suas coisas que você ira partir”. Isso foi um choque tanto para mim quando para Augusto e falando em coro: “-Para onde?”. Ele não respondeu, simplesmente olhou com uma cara seria, sem pestanejar me levantei e corri para meu quarto, lagrimas caiam pelo meu rosto. Chegando no meu quarto, para meu desespero algumas empregadas já estavam arrumando tudo, não entendia porque estavam fazendo isso. Naquele momento pedia para os céus mandarem meu pai subir e falar que era uma brincadeira, mas não fui atendida. Sim ouve batidas na porta, mas era meu irmão que também chorava, entrando me abraçou e disse que me amava e que sempre iria me visitar. Meu destino era certo, meu pai me queria longe, ele me odiava e queria se livrar de mim. Na manha e à tarde eu passei em meu quarto chorando, Augusto tentou me consolar falando que tudo iria passar, mas não passava, meu pai não chegou e falou que era uma brincadeira, alias, se mantinha bem longe de mim e do meu quarto. Na manha seguinte meu pai me acordou, quando olhei em volta não havia mais nada lá, nenhuma roupa nem brinquedos. Levantei-me e coloquei os tarjes que me mandou, era um vestido simples e segui com ele. Não vi Augusto, mas sabia dentro de mim que ele estava triste assim como eu. Segui com ele durante uma semana, neste tempo ele não falava nem me olhava, me sentia a pior pessoa do mundo, meu coração doía por causa da indiferença do meu pai e da falta da minha mãe e principalmente meu irmão. Chegamos em um convento de manha, era bonito por fora mais por dentro era muito sombrio. Não queria ficar ali, desejava meu irmão, minha mãe e a minha casa. Meu pai seguiu para uma porta aonde uma senhora veio falar com ele, não sabia o que estava acontecendo só me mandaram esperar. Minha tristeza crescia a cada segundo que ficara sozinha naquele corredor de paredes brancas e frias. Assustei quando ouvi a porta da sala se abrindo, meu pai saiu logo em seguida a mulher também saiu. Sorri quando meu pai veio na minha direção, em minha mente eu iria para casa com ele, só que ele me abraçou beijou e disse para eu ter cuidado. Entendi na hora que eu iria ficar ali, lagrimas caíram de meus olhos, a senhora se aproximou de mim segurou minha mão e falou. “-Venha criança, vamos para seu quarto”. Ela me levou por um corredor muito longo e assustador. Segui com ela ate uma porta, era de metal e tinha uma janelinha no meio dela, a senhora abriu a porta e falou: “-Este é seu quarto”. Entrei olhando para ele, pude ver uma cama simples de metal, um criado mudo e também um armário, foi quando a porta foi fechada e trancada, comecei a chorar de desespero, bati na porta e só a janelinha foi aberta, era a mulher que me falou seria e brava: “-Fique em silencio, não quero mais um barulho da sua sela, se eu ouvir será punida”. A janela se fechou de imediato e fiquei quieta, não queria ser punida, queria sair dali o mais rápido possível. O tempo foi passando e comecei a me acostumar com aquele lugar, escrevia sempre e nunca recebia resposta de ninguém, minha saudade aumentava a cada dia, ate que no meio da noite fui acordada por choro e barulho de porta sendo batida, não sabia o que era mais fiquei com medo, corri para debaixo da cama. O barulho da porta sendo destrancada era horripilante principalmente por não saber quem estava do outro lado. A porta se abriu e pude ver uma mulher, mas logo que entrou e fechou a porta pude ver que não era uma mulher e sim um homem, ele estava vestindo uma batina. Achei que meus problemas tinham acabados, sai do meu esconderijo. O homem olhou para mim com um olhar estranho e se aproximou da cama, sentando e olhando para mim, um frio percorreu minha espinha enquanto o homem tirava sua roupa, soltei um grito, foi quando ele me deu um tapa e cai no chão, chorava e ele não se importou, acho que gostava disto, pois arrancou minhas roupas e começou a me tocar, implorei para parar, mas me ignorou, quando já tinha me bolinado inteiro ele abriu minhas pernas e começou a me violentar. Nunca tinha sentindo dor tão grande quanto com daquele homem. O ser se lambuzou fez o que quis e o que achou legal. Minhas lagrimas só o deixavam com mais vontade e mais cruel. Depois de umas três horas ele se levantou, beijou meus lábios e falou: “-Continue assim gostosinha, depois volto para você”. Só tinha forças para me encolher na cama, não conseguia mais chorar só sentia meu corpo todo destruído por dentro, queria ter morrido naquele dia. Não demorei a dormir, meu corpo e minha mente queriam esquecer isso, mas nenhum dos dois deixava, sangrei durante uma semana. Somente Diana cuidou de mim. Ah, que saudade tenho da doce e meiga Diana, era uma puta, mas me ensinou tudo o que sei agora e também me viciou no prazer. Tudo começou quando estava cuidando de mim. Dizia que fui muito judiada e que se eu quisesse melhorar deveria fazer o que ela falava. Acreditei afinal tinha 10 anos e ela 40. Acariciava-me todo o dia, mostrando que em uma relação não havia só dor e sim prazer também. Falou também que quando o homem chegar não se deve negar e sim facilitar para ele, pois só assim ele vai embora rápido. Passou cinco anos, vivia grudada com Diana, ela me ensinou as tarefas no convento e como ela era mais velha ela tinha a chave que abria as selas então às vezes à noite ela ia para o meu quarto me dar outra lição. Mostrou-me como sentir prazer sozinha, com outra mulher e também me ensinou outras coisas, agora entendo Diana estava me ensinando a ser o que sou agora. Poucas noites antes dos padres aparecerem ela falou que a próxima vez que o padre estivesse comigo eu teria que sentir prazer também senão ela não ficaria mais comigo. O medo me consumiu àquela hora, faltavam três dias para os padres virem-nos visitar como sempre faziam. Chegou à noite, minha cabeça doía assim como meu corpo lembrando das ultimas vezes, tremia toda, pois sabia que iria perder Diana se não fizesse o que ela falou. Tentei ficar calma não me levantei desta vez, iria ficar quieta deitada na cama esperando ele acabar, mas ela saberia que não cumpri nosso acordo e iria me deixar, não podia permitir que isso ocorresse então decidi que iria receber prazer hoje, fechei os olhos e comecei a tirar minha roupa lagrimas caíram, mas estava sozinha então não tinha importância. Fiquei nuca esperando o padre chegar, deu o horário, a porta se abriu e logo foi fechado, ele se aproximou, ficou surpreso em me ver nua, não era muito bonita, pois ainda tinha 12anos, meus seios eram pequenos ainda em formação, não era nem gorda nem magra, ele falava que eu era perfeita. Chegou me tocando, passando aquela mão áspera no meu corpo, fechei os olhos e tentei pensar em algo que aprendi com Diana, foi quando ele se assustou, pois ouviu meu primeiro gemido, isso não fez ele parar, continuou a acariciar. Logo não resistiu e veio para cima de mim, meu corpo já estava acostumado com ele, então não foi difícil e logo após alguns minutos comecei a sentir o prazer era estranho, pois sentia prazer com um homem que me machucava muito, mas agora era deliciosamente prazeroso, aquele homem me completando, acariciando meu corpo assim domo Diana fazia me dando um prazer diferente do de Diana, mas era muito bom. O padre assim que termina beijou minha boca e saiu satisfeito, ainda sentia o gozo do padre dentro de mim, queria me limpar, mas só amanha cedo. Tive que dormir, mas desta vez foi diferente, estava feliz e realizada, tive meu primeiro prazer com um homem e Diana não iria me deixar. Quando amanheceu Diana não estava no convento sumiu, não me falaram e não sabiam onde ela tinha ido ou porque tinha ido. Fiquei com uma raiva tremenda pensei em nunca mais deixar ninguém me tocar, mas depois de uma semana eu já estava esperando novamente a visita do padre. Sabia que iriam demorar, pois eles vêm de mês em mês uma vez só, estava louca, queria novamente sentir aquele prazer, não sabia que era assim que se engravidava só sabia que era assim que eu tinha um prazer que só conseguia às vezes sozinha. Algumas freiras que sabiam do relacionamento dela com Diana queriam se aproximar, mas Anastásia deixou bem clara que não queria uma mulher e sim um homem. Passado o mês, novamente já estava na época das visitas. Desta vez demorou mais do que o comum, o padre não entrou no horário e sim depois que as outras portas já tinham sido abertas. Para minha surpresa quem abriu a porta foi Diana, fiquei com raiva dela, virei o rosto quando ouvi a voz dela: “-Meu amo lhe quer”. Logo levantei o rosto olhando sem entender, entrou um homem alto, cabelos longos e negros, pele muito mais muito branca com roupas antigas as mãos pareciam ter garras invés de unhas, me encolhi na cama apertando meu corpo contra a parede fria. Ele se aproximou olhando para mim, agora eu sei como ele estava bonito naquela noite, devia ter se arrumado só para ir me ver, bem continuando... Ele me puxou pelo braço e juntou sobre o corpo dele, era frio e me dava muito medo, Diana fechou a porta e ficou assistindo, Rômulo me deu muito prazer naquela noite e por final suas presas apareceram e mordeu forte, quis soltar um grito, mas Diana tampou minha boa, Rômulo sugou meu sangue ate-me desmaiar não lembro de nada que aconteceu. Acordei em um quarto estranho, não era meu cubículo, tinha lençóis de seda e uma decoração muito aterrorizante me encontrava nua e com uma fome estranha, foi quando ouvi alguns gemidos e gritos de prazer. Levantei-me enrolei em um lençol e comecei a andar devagar ate a porta de onde estava vindo o barulho, vi Diana com aquele homem, eles estavam fazendo sexo, mordi meu lábio e aquela fome me consumia. Fiquei olhando atenta, estava me dando uma enorme vontade de ir para lá participar, mas não tinha coragem então fiquei olhando, foi quando Rômulo olhou para mim e sorrindo fez um corte sobre o seio direito de Diana, aquele sangue, aquela sena tudo me enlouqueceu, não resisti e corri ate os dois, e por instinto abocanhei o seio que sangrava, foi a melhor coisa que senti, aquele sangue... Aquele gemido de prazer de Diana. Rômulo sorria acariciando meu rosto e ficamos nós três aquela noite, alimentando-nos de Diana e fazendo sexo. Já fazia umas cinco décadas que estava com Rômulo que em um acesso de raiva e prazer acabou sugando-a toda. Fiquei muito brava com ele e resolvi que já era hora de sair dos braços dele e começar a viver minha vida.