sábado, janeiro 14, 2006

Contos de uma Galliard!

Enquanto o rio segue seu curso, ele segue seus instintos e dessa vez seu coração bate tão forte como os trovões que castigam as árvores. Um passo apos o outro sobre a terra molhada, passos que ecoam para seus inimigos como o ranger de milhares de tambores numa guerra insana. Todos sabem que não terão chance, mas quem poderá parar a fúria dele, não ha esperanças para ninguém.
O sangue ferve como um vulcão em erupção e na sua mente só existe uma coisa, sangue, ele tem que ter sangue nas mãos, na boca no corpo... Ele tem que matar antes que matem-no... Porque caçá-lo como um animal, porque dentro lá no fundo era o que ele era e o que demonstrava.
Os passos dele são rápidos e fortes, deixando marcas na terra, mas isso não importa, deixe que sigam-no, será o fim deles assim que ele encontrar o que deseja... Sua mente voa, queria sentir o gosto do sangue dos bandidos em sua boca, mas quem seriam os bandidos, eles ou ele.
A cada instante ele se aproxima mais do que procura, a cada instante seus perseguidores se aproximam do final de suas vidas, que deviam ser patéticas e sem propósitos algum.
Ele para olhando a clareira, a lua cheia sobre sua cabeça, um uivo sai de seus lábios com toda a sua fúria e desejo de sangue, todos os animais noturnos do lugar antes reis soberanos agora não passavam de medíocres e insignificantes plebeus.
Mais uma vez ele espera, a respiração acelerada e os olhos vermelhos, as garras assim como os pés cravados na terra molhada esperando seus inimigos chegarem e eles não desapontam-no, chegam rápido com suas armas apontadas para ele que continua imponente esperando o primeiro ataque.
Agora os dois, caçador e caças ficam esperando o primeiro ataque, a respiração de ambos são idênticas, os olhos dos caçadores fixos nos da presa, ou será o contrario... O vento faz com que o pelo antes cinza agora avermelhado se mova, o mesmo vento move o cabelo dos caçadores, que por dentro tremem sós de pensar na criatura que estão vendo enquanto ele fica parando esperando pacientemente a hora de atacar. Os olhos vermelhos agora assumem um tom amarelado, algumas lagrimas caem em um grito de fúria.
POR GAIA, POR LUNA, PELA HONRA E PELOS PRESAS... MORRAM!
O animal feroz ataca seus oponentes de uma só vez, manchando de novo seu lindo pelo cinza com uma cor rubra. Suas garras cortam a carne como uma faca quente corta uma simples manteiga, em poucos segundos seus oponentes estavam no chão... Destroçados, agora ele estava em paz. Mas uma vez olha para a lua no céu imponente mesmo com a chuva ele podia vê-la olhando por ele, sorrindo e agradecendo o que ele fez, com o resto de suas forças ele uiva como se estivesse agradecendo ou pedindo perdão a sua única e razão de viver.
Neste momento a chuva para, as nuvens some e um facho de luz prateada banha o corpo dele que aos poucos vai tomando a forma de um belo homem. Os pelos somem o corpo diminui deixando somente um homem no lugar da besta.

3 comentários:

Anônimo disse...

uiaaaaa. conto muito louco!!! hehe.. como eu disse. parece o preludio de um personagem meu.. u.u
muito 10

beijos!

Anônimo disse...

*Analizando as noticias que aparecem no jornal do dia seguinte.. homens destroçados por um lobo...* Nessas horas eu penso se vale mesmo a pena tentar transforma-los.. *eram os pensamentos de Dimmitry enquanto lia as noticias frescas* Talvez sejam mesmo como diz Willian..são aberrações.. não bichinhos.. *fechava o jornal. Ainda tinha que alimentar a garou filhote*
N.T: Excelente conto.. parabens.

Tyr Quentalë disse...

Querida Irmã,
fico muito feliz em ler este conto que você escreveu aqui. A forma como você demonstrou a luta por aquilo que se acredita, custando o que custasse, foi glorificado com o toque gracioso dos raios prateados, daquela que sempre zelou por seus filhos. Adorei o conto e sempre que eu puder estarei aqui para deleitar-me com tais contos. Parabéns!