domingo, janeiro 08, 2006

Sei que já é batido escrever o passado, mas porque não relembrá-lo sempre? Sinto-me mais calma após acabar com o ultimo ser daquela família que tanto me desgraçou, mas sem ela não existiria. Às vezes penso que sou um monstro, mas ai me lembra o que aconteceu e acho que eles padeceram muito poucos. Já não me lembro quando aconteceu, mas nunca me esquecerei o que aconteceu, era nosso aniversario de 10 anos, e meus pais iriam mandar o primogênito da casa para a igreja, minha mãe estava estranha neste dia, não sabia por que, meu pai quase não olhara na cara de Augusto nem na minha sentíamos a falta dos dois, mas estávamos juntos, isso era o que importava. Augusto era tão lindo, amava meu irmão como se fosse parte minha, era mais velho, mesmo que seja por alguns segundos, isso não tinha importância, nos amávamos como se fossem iguais, nascidos no mesmo instantes. Tinha vezes que chegava ate a ser engraçado, pois nossa mãe quando castigava um sabia que estava castigando os dois devido a nossa ligação. Mas vamos ao que interessa, o dia do aniversario. Era um belo dia ensolarado, nós estávamos correndo pelas escadarias da mansão quando nosso pai no chamou. Achamos que era para falar sobre a nossa festa ou entregar nossos presentes, corremos o mais rápido que conseguimos, Augusto chegou primeiro, abriu a porta e sentou-se no sofá, logo eu cheguei sentando junto com ele, nosso pai estava com uma cara triste, poucos segundos depois nossa mãe abre a porta olhando para o marido e falando. “-Será que devemos fazer isso”. Ele não respondeu, simplesmente maneou a cabeça afirmativamente, olhou para nós e falou: “-Anastásia, prepare suas coisas que você ira partir”. Isso foi um choque tanto para mim quando para Augusto e falando em coro: “-Para onde?”. Ele não respondeu, simplesmente olhou com uma cara seria, sem pestanejar me levantei e corri para meu quarto, lagrimas caiam pelo meu rosto. Chegando no meu quarto, para meu desespero algumas empregadas já estavam arrumando tudo, não entendia porque estavam fazendo isso. Naquele momento pedia para os céus mandarem meu pai subir e falar que era uma brincadeira, mas não fui atendida. Sim ouve batidas na porta, mas era meu irmão que também chorava, entrando me abraçou e disse que me amava e que sempre iria me visitar. Meu destino era certo, meu pai me queria longe, ele me odiava e queria se livrar de mim. Na manha e à tarde eu passei em meu quarto chorando, Augusto tentou me consolar falando que tudo iria passar, mas não passava, meu pai não chegou e falou que era uma brincadeira, alias, se mantinha bem longe de mim e do meu quarto. Na manha seguinte meu pai me acordou, quando olhei em volta não havia mais nada lá, nenhuma roupa nem brinquedos. Levantei-me e coloquei os tarjes que me mandou, era um vestido simples e segui com ele. Não vi Augusto, mas sabia dentro de mim que ele estava triste assim como eu. Segui com ele durante uma semana, neste tempo ele não falava nem me olhava, me sentia a pior pessoa do mundo, meu coração doía por causa da indiferença do meu pai e da falta da minha mãe e principalmente meu irmão. Chegamos em um convento de manha, era bonito por fora mais por dentro era muito sombrio. Não queria ficar ali, desejava meu irmão, minha mãe e a minha casa. Meu pai seguiu para uma porta aonde uma senhora veio falar com ele, não sabia o que estava acontecendo só me mandaram esperar. Minha tristeza crescia a cada segundo que ficara sozinha naquele corredor de paredes brancas e frias. Assustei quando ouvi a porta da sala se abrindo, meu pai saiu logo em seguida a mulher também saiu. Sorri quando meu pai veio na minha direção, em minha mente eu iria para casa com ele, só que ele me abraçou beijou e disse para eu ter cuidado. Entendi na hora que eu iria ficar ali, lagrimas caíram de meus olhos, a senhora se aproximou de mim segurou minha mão e falou. “-Venha criança, vamos para seu quarto”. Ela me levou por um corredor muito longo e assustador. Segui com ela ate uma porta, era de metal e tinha uma janelinha no meio dela, a senhora abriu a porta e falou: “-Este é seu quarto”. Entrei olhando para ele, pude ver uma cama simples de metal, um criado mudo e também um armário, foi quando a porta foi fechada e trancada, comecei a chorar de desespero, bati na porta e só a janelinha foi aberta, era a mulher que me falou seria e brava: “-Fique em silencio, não quero mais um barulho da sua sela, se eu ouvir será punida”. A janela se fechou de imediato e fiquei quieta, não queria ser punida, queria sair dali o mais rápido possível. O tempo foi passando e comecei a me acostumar com aquele lugar, escrevia sempre e nunca recebia resposta de ninguém, minha saudade aumentava a cada dia, ate que no meio da noite fui acordada por choro e barulho de porta sendo batida, não sabia o que era mais fiquei com medo, corri para debaixo da cama. O barulho da porta sendo destrancada era horripilante principalmente por não saber quem estava do outro lado. A porta se abriu e pude ver uma mulher, mas logo que entrou e fechou a porta pude ver que não era uma mulher e sim um homem, ele estava vestindo uma batina. Achei que meus problemas tinham acabados, sai do meu esconderijo. O homem olhou para mim com um olhar estranho e se aproximou da cama, sentando e olhando para mim, um frio percorreu minha espinha enquanto o homem tirava sua roupa, soltei um grito, foi quando ele me deu um tapa e cai no chão, chorava e ele não se importou, acho que gostava disto, pois arrancou minhas roupas e começou a me tocar, implorei para parar, mas me ignorou, quando já tinha me bolinado inteiro ele abriu minhas pernas e começou a me violentar. Nunca tinha sentindo dor tão grande quanto com daquele homem. O ser se lambuzou fez o que quis e o que achou legal. Minhas lagrimas só o deixavam com mais vontade e mais cruel. Depois de umas três horas ele se levantou, beijou meus lábios e falou: “-Continue assim gostosinha, depois volto para você”. Só tinha forças para me encolher na cama, não conseguia mais chorar só sentia meu corpo todo destruído por dentro, queria ter morrido naquele dia. Não demorei a dormir, meu corpo e minha mente queriam esquecer isso, mas nenhum dos dois deixava, sangrei durante uma semana. Somente Diana cuidou de mim. Ah, que saudade tenho da doce e meiga Diana, era uma puta, mas me ensinou tudo o que sei agora e também me viciou no prazer. Tudo começou quando estava cuidando de mim. Dizia que fui muito judiada e que se eu quisesse melhorar deveria fazer o que ela falava. Acreditei afinal tinha 10 anos e ela 40. Acariciava-me todo o dia, mostrando que em uma relação não havia só dor e sim prazer também. Falou também que quando o homem chegar não se deve negar e sim facilitar para ele, pois só assim ele vai embora rápido. Passou cinco anos, vivia grudada com Diana, ela me ensinou as tarefas no convento e como ela era mais velha ela tinha a chave que abria as selas então às vezes à noite ela ia para o meu quarto me dar outra lição. Mostrou-me como sentir prazer sozinha, com outra mulher e também me ensinou outras coisas, agora entendo Diana estava me ensinando a ser o que sou agora. Poucas noites antes dos padres aparecerem ela falou que a próxima vez que o padre estivesse comigo eu teria que sentir prazer também senão ela não ficaria mais comigo. O medo me consumiu àquela hora, faltavam três dias para os padres virem-nos visitar como sempre faziam. Chegou à noite, minha cabeça doía assim como meu corpo lembrando das ultimas vezes, tremia toda, pois sabia que iria perder Diana se não fizesse o que ela falou. Tentei ficar calma não me levantei desta vez, iria ficar quieta deitada na cama esperando ele acabar, mas ela saberia que não cumpri nosso acordo e iria me deixar, não podia permitir que isso ocorresse então decidi que iria receber prazer hoje, fechei os olhos e comecei a tirar minha roupa lagrimas caíram, mas estava sozinha então não tinha importância. Fiquei nuca esperando o padre chegar, deu o horário, a porta se abriu e logo foi fechado, ele se aproximou, ficou surpreso em me ver nua, não era muito bonita, pois ainda tinha 12anos, meus seios eram pequenos ainda em formação, não era nem gorda nem magra, ele falava que eu era perfeita. Chegou me tocando, passando aquela mão áspera no meu corpo, fechei os olhos e tentei pensar em algo que aprendi com Diana, foi quando ele se assustou, pois ouviu meu primeiro gemido, isso não fez ele parar, continuou a acariciar. Logo não resistiu e veio para cima de mim, meu corpo já estava acostumado com ele, então não foi difícil e logo após alguns minutos comecei a sentir o prazer era estranho, pois sentia prazer com um homem que me machucava muito, mas agora era deliciosamente prazeroso, aquele homem me completando, acariciando meu corpo assim domo Diana fazia me dando um prazer diferente do de Diana, mas era muito bom. O padre assim que termina beijou minha boca e saiu satisfeito, ainda sentia o gozo do padre dentro de mim, queria me limpar, mas só amanha cedo. Tive que dormir, mas desta vez foi diferente, estava feliz e realizada, tive meu primeiro prazer com um homem e Diana não iria me deixar. Quando amanheceu Diana não estava no convento sumiu, não me falaram e não sabiam onde ela tinha ido ou porque tinha ido. Fiquei com uma raiva tremenda pensei em nunca mais deixar ninguém me tocar, mas depois de uma semana eu já estava esperando novamente a visita do padre. Sabia que iriam demorar, pois eles vêm de mês em mês uma vez só, estava louca, queria novamente sentir aquele prazer, não sabia que era assim que se engravidava só sabia que era assim que eu tinha um prazer que só conseguia às vezes sozinha. Algumas freiras que sabiam do relacionamento dela com Diana queriam se aproximar, mas Anastásia deixou bem clara que não queria uma mulher e sim um homem. Passado o mês, novamente já estava na época das visitas. Desta vez demorou mais do que o comum, o padre não entrou no horário e sim depois que as outras portas já tinham sido abertas. Para minha surpresa quem abriu a porta foi Diana, fiquei com raiva dela, virei o rosto quando ouvi a voz dela: “-Meu amo lhe quer”. Logo levantei o rosto olhando sem entender, entrou um homem alto, cabelos longos e negros, pele muito mais muito branca com roupas antigas as mãos pareciam ter garras invés de unhas, me encolhi na cama apertando meu corpo contra a parede fria. Ele se aproximou olhando para mim, agora eu sei como ele estava bonito naquela noite, devia ter se arrumado só para ir me ver, bem continuando... Ele me puxou pelo braço e juntou sobre o corpo dele, era frio e me dava muito medo, Diana fechou a porta e ficou assistindo, Rômulo me deu muito prazer naquela noite e por final suas presas apareceram e mordeu forte, quis soltar um grito, mas Diana tampou minha boa, Rômulo sugou meu sangue ate-me desmaiar não lembro de nada que aconteceu. Acordei em um quarto estranho, não era meu cubículo, tinha lençóis de seda e uma decoração muito aterrorizante me encontrava nua e com uma fome estranha, foi quando ouvi alguns gemidos e gritos de prazer. Levantei-me enrolei em um lençol e comecei a andar devagar ate a porta de onde estava vindo o barulho, vi Diana com aquele homem, eles estavam fazendo sexo, mordi meu lábio e aquela fome me consumia. Fiquei olhando atenta, estava me dando uma enorme vontade de ir para lá participar, mas não tinha coragem então fiquei olhando, foi quando Rômulo olhou para mim e sorrindo fez um corte sobre o seio direito de Diana, aquele sangue, aquela sena tudo me enlouqueceu, não resisti e corri ate os dois, e por instinto abocanhei o seio que sangrava, foi a melhor coisa que senti, aquele sangue... Aquele gemido de prazer de Diana. Rômulo sorria acariciando meu rosto e ficamos nós três aquela noite, alimentando-nos de Diana e fazendo sexo. Já fazia umas cinco décadas que estava com Rômulo que em um acesso de raiva e prazer acabou sugando-a toda. Fiquei muito brava com ele e resolvi que já era hora de sair dos braços dele e começar a viver minha vida.

9 comentários:

Anônimo disse...

o_o
Dá pra ver que é bem...macabro o_o
Eu tô quase sozinho aqui em casa...hehehe...e já basta começar a ver vultos andando do outro lado da porta, rabiscos que aparecem do nada no sofá, riscos (três 'x') na camisa da minha mãe (e que sumiram, segundos depois que ela e minha irmã viram)...eu tenho medo u_u.

Tá tá...eu sou medroso, e daí? u_u O bom de ter medo é não ter medo sozinho...fazer com que os outros tenham medo com você hehehe :P


Eu queria ter essa capacidade de começar a escrever um conto (isso eu consigo) e terminar ele... (já isso...nunca consigo ¬¬ tenho ódio disso u_u).


:**

Tyr Quentalë disse...

Seus contos como sempre costumam ser bastante instigantes minha querida irmã.. mantendo-nos com a respiração suspensa por um tempo e soltando a respiração no findar do conto. Fico a pensar como seria um conto de Deleite com Dream ou um conto de Delírio com Destruição neste local que você descreve tão bem seus contos baseados em RPG.
Bem vinda novamente ao mundo dos Bloggers e espero que nunca mais nos abandone!

Aurélio Araújo disse...

wow, que texto forte, hein?! gostei muito desse tom um tanto macabro que remonta a tradição gótica da escrita.

diana foi um personagem deveras marcante.

abraço do lélio pra você, primuska.

Anônimo disse...

nossa que ~conto heim...
muito legal teu blog, passei aki para te deixar um abraço.
beijuxxx JAQUE

Anônimo disse...

nossa que ~conto heim...
muito legal teu blog, passei aki para te deixar um abraço.
beijuxxx JAQUE

Anônimo disse...

nossa que ~conto heim...
muito legal teu blog, passei aki para te deixar um abraço.
beijuxxx JAQUE

Anônimo disse...

Nooosssa Grande Anastacia... adorei o conto muito bem escrito e tem akele toque de crueldade muito bom, parabens

Anônimo disse...

Gostei mesmo!misturou todos os ingredientes q um bom conto de horror tem q ter^^.O sofrimento,o pecado...a culpa.
beijos!e continua escrevendo...me considere teu leitor

Anônimo disse...

Surpreendente! A transformação de uma garota por força do meio social.. ótima demonstração, gostei ainda mais por revelar os podres da igreja ^^