segunda-feira, janeiro 30, 2006

Rosa Vermelha!

Fazia muito frio aquela noite. Ainda não sei porque sai de casa... Não pude resistir... Era um chamado, algo dentro da minha mente me obrigava a levantar e sair... Não pude nem ao menos colocar uma roupa. Desci as escadas em um passo apresado, realmente acho que ficaria louca se não chegasse onde deveria... Meu coração batia forte... Minha mente só me levava aquele ser de cabelos loiros olhos verdes... Meu desejo crescia e meu corpo fazia coisas que eu nunca pensei em fazer. A neve caia sobre meus cabelos negros... Minha camisola já estava quase toda ensopada... Meu corpo estava se congelando aos poucos, mas não ligava nem um pouco para isso, cada passo dado era menos um passo de agonia que meu corpo sentia por estar longe dele. A neve deixava meus pés bem gelados... Meu corpo doía... Quando cheguei à mansão, era linda... Enorme. A fachada era brando gelo... Muitas janelas duplas com vidro fosco... Na frente um lindo jardim agora coberto por neve, algumas estatua, umas bonitas e outras aterrorizantes... Mas eu não ligo para isso tinha que ver ele. Os portões e as portas estavam abertos como se ele já estivesse me esperando. Cada passos que dava fazia meu coração ir a mil... Minha mente só conseguia ouvir a doce voz me chamando... A cada instante eu o desejava mais e mais... Abrindo a porta pude sentir o calor de dentro da casa aquecer um pouco meu corpo, não me importei... Não era isso que eu queria. Cada cômodo que passava e não o achava me deixava mais aflita... Como estar tão perto e tão longe ao mesmo tempo... Já estava correndo... Minha pele toda arrepiada por causa da camisola molhada que estava colada em meu corpo... Ultima porta... Ele deveria estar ali... Paro, queria chegar devagar... Fico olhando a porta... Meu coração batendo mais forte. Ao abrir a porta era como se estivesse no céu... Caminhei ate a poltrona onde ele estava sentado, lindo como sempre... Usava uma blusa de gola alta verde escura, uma calça preta e um blazer preto por cima... Os cabelos soltos caídos sobre o ombro... Deixava-me mais fascinada por ele. Por instantes senti a mão dele tocar em meu rosto... A mão estava quente... Seu calor aquecia um pouco meu rosto... Mordendo o lábio ouvi a doce voz dele falando... Não entendi, alias não queria entender... Somente me aproximei. As mãos dele desceram para a minha cintura, de leve ele me puxou e sentei em seu colo, meu coração batia muito forte... Meus olhos se fecharam devagar quando comecei a sentir os beijos dele em meu pescoço... Uma leve dor logo seguida de um êxtase inimaginável... Não conseguiria descreve-lo nunca. Ao abrir os olhos... Vejo-me sozinha em uma casa abandonada... Deitada no chão frio somente com uma rosa vermelha ao meu lado... Meu desespero passa, mas a incerteza do que acontece comigo fica.

5 comentários:

Buruno disse...

isso é sprítu!!!
=p

ou algo q senti a tempos passados...

Anônimo disse...

nha.. eu sei o que é!!!! ou pelo menos acho que sei.. hehehehe.. a rosa vermelha revela muita coisa.. bem legal o conto.. ai ai.. mordidas no pescoço, anh? rs. são boas!!!! =p

beijos, moça!!!!! ^^

Anônimo disse...

Infelizmente encontro-me limitado em casa para conseguir ler seus contos. Coisas da Matrix, coisas de um PC à manivela.. mas é uma leitura que me permite algo como entrar em um livro. Já tive esta sensação..na verdade tenho sempre que leio o Tyr Quentalë, de uma grande amiga.. a sensação é a de que figuras possam sair das letras que surgem.. E sim.. é enebriante a urgência do corpo que prova o beijo da morte.. o vicio que toma conta do vitae que passa a clamar dia após dia para que novamente seja brindado por aquele beijo frio e excitante...
Belo conto..

Anônimo disse...

=) Gostei viu ! =*** Bjão e um grande abraço !

Tyr Quentalë disse...

Mais um belo conto de vampiros maninha, realmente fico feliz a cada vez que leio seus contos. Como o Biel, ali em cima.. que fez alusão ao meu amado canto.. eu devo dizer que seus contos realmente alcançam aquilo que ele diz... Está de parabéns mais uma vez.. e espero sempre que puder ler seus contos.. já pensou em lançar um livro também?