sexta-feira, dezembro 01, 2006

Erato, musa da Poesia de Amor - Amável! -

Gálios estava parado olhando para os papeis em branco, respira fundo abaixando os olhos para a direção da caneta, por alguns segundos ficou pensando e imaginando o que poderia escrever. Depois de algum tempo voltou a fechar os olhos e respirar fundo. Estava tão concentrado em seus pensamentos e desejos que acabou não percebendo os passos que se aproximavam.
Os passos eram suaves e delicados, Erato caminhava lentamente passando pela porta e indo a direção de Gálios. Chegando próxima sorria para ele, os cabelos longos e loiros da mulher chegavam até a cintura dela, seus olhos dourados brilhavam como um pequeno sol, Erato vestia um lindo vestido negro com detalhes em dourados, na cintura fios finos e quase transparentes que desciam da cintura ate o meio da coxa dela, onde estava uma linda lira dourada como pingente.
Os olhos dela estavam fixos em Gálios que se mantinha concentrado em um pequeno transe olhando para o papel.
Erato ficou alguns segundos olhando para ele, mas logo começou a abrir os lábios, só que de sua boca perfeita não saia nenhum som, afinal não era para as pessoas que estavam por perto ouvir, era somente para uma única pessoa.
Gálios pareceu sair do transe quando Erato começou a falar, seus olhos brilharam e logo sorrindo se moveu pegando a caneta e levou ao papel, maneou a cabeça e começou a escrever.
Ele escrevia calmamente coisas que Erato falava situações apaixonantes que Gálios tinha vivido com Alba. As palavras eram ouvidas não pelos ouvidos e sim pelo coração dele, que a cada segundo batia mais forte.
Erato continuava a sussurrar palavras e descrições de momentos e sentimentos que Gálios já passou.
As palavras iam se formando e se juntando na mente dele enquanto sorrindo e todo feliz começou a escrever passando todo o sentimento para o papel.
Depois de poucas horas Gálios já estava em seu ápice, o pergaminho já estava escrito por completo, realmente inspirado pelas belas vibrações de Erato, ele acabara de fazer outra bela poesia, seus olhos negros fixos nas letras abriu um belo sorriso feliz.
Erato sorriu do lado dele, apreciando o que tinha acontecido, o coração de Gálios podia ser ouvido por ela, afinal era com ele que falava sempre indicando quais lembranças usar e quais sentimentos deixar para trás.
Gálios estava perdido naquelas vibrações e também em suas próprias memórias, mas foi trazido a tona quando ouviu pesadas batidas em sua porta. Balançou a cabeça se levantando preguiçosamente de sua poltrona e seguiu abrindo lentamente a porta observando quem estava lá.
Ao abrir a porta se deparou com Alba, que o olhava com um olhar assustado.
- Meu amor, quanto tempo?
A mulher ficava olhando para ele, respira fundo e maneia a cabeça.
- Porque não foi ao almoço? Fiquei te esperando!
Gálios parou e balançou a cabeça, seu sorriso sumiu.
- Mil perdões minha doce... Estava tão concentrado nas lembranças de seus olhos de seus lábios que acabei me perdendo no vão tempo, voltei agora neste exato momento com sua bela presença.
Erato ficou ao lado de Gálios ajudando ele, as vibrações ainda seguiam até o coração dele, deixando as palavras apaixonadas saírem pelos seus lábios, logo Alba já tinha esquecido o que ele tinha falado.
Alba abraça Gálios e logo começam a se beijar, estavam totalmente apaixonados e queriam ficar por muito tempo ali. Erato começa a caminhar lentamente e sorri vendo a cena respira fundo e começa a se afastar começando a desaparecer por entre as flores do jardim.
Erato chega ao Olimpo sorrindo abraçando suas irmãs, sua missão estava cumprida, estava exausta e deita no colo de Euterpe e sorri sentindo os carinhos de sua irmã. Enquanto Gálios declama o poema a sua amada.

domingo, novembro 26, 2006

Euterpe, musa da música - A doadora de prazeres! -

Em algum lugar Saymor estava esperando, esperando a sua musa. Seus olhos pretos estavam fixo em uma estrela, a maior e mais brilhante estrela do céu. Seu coração batia apertado, mas batia cheio de desejo e vontade de revê-la.
Os lábios grossos e vermelhos se abriam deixando a voz grossa e melodiosa sair de seus lábios.
- Onde está minha doce Euterpe?
Sem perceber que acabara falando alto Saymor suspira ainda concentrado na estrela. Ao redor muitas pessoas passavam, varias ouviram aquela voz doce e serena, mas ninguém prestou a atenção, afinal era mais um que chorava pela falta de amor.
Os sons dos passos logo foram ocultos por uma voz doce e delicada, uma voz aguda e sedutora que somente Saymor podia ouvir afinal somente para ele que Euterpe falava.
- Estou aqui meu amado!
O coração que antes batia apertado agora acelerava só ao ouvir a doce voz dela, seus olhos se fecharam e ignorando as estrelas começou a se virar o rosto procurando ela. Os olhos brilharam quando pouso os olhos naquela linda mulher, os lábios se entre abriram e logo soltou um suspiro apaixonado.
A mulher se aproximava, estava descalça e com uma toga longa de algodão cru com um cordão trançado vermelho amarrando a cintura. Os cabelos longos e loiros eram perfeitos, cachos caiam pelos ombros e na cabeça uma pequena e fina coroa de ouro cheia de entalhes.
Saymor feliz com a presença de Euterpe falou contente agora.
- Que bom que chegou, não conseguia mais imaginar meus dias sem você por perto... Fiz uma musica para ti, gostaria de ouvir?
- Para mim? Claro meu querido... Toque!
Euterpe caminha lentamente ate chegar ao lado de Saymor e senta o olhando nos olhos, os belos olhos dourados da garota estavam agora prestando toda atenção em seu amado.
Saymor sorrindo pega uma flauta dupla e começa a tocar uma melodia, a principio começa bem devagar, uma melodia triste e cheia de saudades, quando os segundos vão passando começa a ficar mais agitada, o som começa a ficar mais alegre e mais apaixonado, as notas mais rápidas e mais doces tomando conta das pessoas. Quando acabou a musica Saymor podia ver algumas pessoas dançando e também um grande e alegre sorriso na feição de Euterpe.
- Então minha amada, o que achou?
- Perfeito Saymor, esta chegando à perfeição assim, acho que logo chegará o dia em que não precisarei estar contigo!
Os olhos de Saymor perdem o brilho e seu coração dispara de medo.
- Como? Você não vai mais aparecer? Por quê? O que eu fiz errado?
- De errado? Nada meu anjo, mas você já não precisa de mim, alem do mais eu sei o que sentiu quando viu aquela ruivinha!
Saymor parou olhando para ela assustado, como saberia de Camila, engoliu seco enquanto Euterpe continuava a falar.
- Vim a ti, pois sempre soube dos seus dons e que precisava de alguém para lhe mostra-lo!
- Mas eu não quero que vá doce Euterpe. Eu preciso de você, só com você tenho estas inspirações.
Euterpe balança a cabeça olhando para ele.
- Pois então Saymor, esta na hora de trocar de musa, não posso mais servir de musa para ti, este cargo é da ruiva.
Saymor para olhando para ela, respira fundo e maneia a cabeça.
- Se assim deseja minha querida Euterpe! Não posso ir contra a tua vontade.
Euterpe sorri se aproximando, caminha na direção dele e beija a testa dando-lhe a ultima inspiração, assim começa a se mover de leve sumindo entre as sombras. Saymor ainda olha para a direção que ela ia, mas naquele instante Camila se aproximava, sorrindo com olhar doce. Assim que os olhos batem em Camila, Saymor sente uma grande inspiração pegando sua flauta e começando a tocar uma musica apaixonada.
Assim Euterpe subia ao Olimpo com um belo sorriso de serviço bem feito. Chegava ate suas oito irmãs e abraçava-as com carinho, logo a festa recomeçava e as musas estavam juntas comemorando.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Musette Vigée-Lebrun

A história começa há alguns anos atrás, quando Musette ainda nem era nascida, na região norte de The North.
Lorde Sancius Lonsat tinha acabado de se estabelecer em uma vila quase na fronteira com Silver Marches. Precisava de muitas coisas, ganancioso e sábio, Sancius não pensou duas vezes em fazer um pacto com forças malignas, um pacto para poder prosperar e ter tudo o que desejasse.
O pacto foi bem aceito, logo Sancius estava se casando com Lady Rossa de Aure, uma nobre um pouco conceituada na região. O casamento foi benéfico para Sancius e a principio para Rossa também. Nos primeiros anos foi um mar de rosas, tudo era perfeito, o vilarejo estava prosperando assim como a família Lonsat.
Num verão Sancius recebeu um grande presente de sua esposa, afinal ela lhe daria um herdeiro. Ficou bem feliz afinal iria poder pagar finalmente sua divida com o demônio. Em uma noite no outono, quando sua esposa estava com seus cinco meses, Sancius deixa escapar o que ira acontecer com a criança assim que nascesse... Assustada Rossa implorou para que ele não fizesse isso, mas de nada adiantou, já estava decidido.
Rossa ficou assustada com ele, não queria perder o bebe, ainda mais para pagar uma divida com um demônio. Ela tinha somente quatro meses para proteger a criança.
Não tinha pensado muito quanto viu a solução chegar, um grupo de ciganos tinha acabado de chegar à cidade, muita musica e dança, mesmo no inverno. Rossa viu um povo perfeito para cuidar de seu pequeno e desprotegido bebe.
As dores começavam, Sancius estava radiante, afinal logo estaria livre de tudo e poderia curtir sem se preocupar. As parteiras entravam no quarto da senhora com lençóis brancos e vasilhas de água quente, muita movimentação, o lorde começava a ficar preocupado com a situação. Margoh a criada de Rossa já sabia do plano de sua senhora e quando a viu sentindo as dores ela correu para a direção do acampamento, estava tudo perfeito, tinha uma mulher que também estava para ter um filho. A sorte estava a favor de Lady Rossa, o filho da cigana tinha nascido morto, no acampamento não saia uma música, todos estavam tristes com a noticia. Quando Margoh chegou, foi recebida com olhares bravos pela intrusão, mas a proposta para a mãe da criança a princípio foi tomada por uma brincadeira de mau gosto, mas quando notaram que ela estava falando a verdade não demoraram muito para aceitar.
Margoh chegou com a criança enrolada em panos, não queria demonstrar ao lorde da casa o que carregava, logo que entrou no quarto Rossa suspirou aliviada, estava segurando um pouco o nascimento, mas já não iria conseguir mais, a criança queria nascer.
As parteiras fizeram um bom trabalho, mas não conseguiram impedir a criança de chorar, Sancius sorriu quando ouviu o choro, estava tudo perfeito. Rossa ainda fraca abraçou a criança e entregou para Margoh que já tinha feito a troca com a parteira. Logo enrolou a criança em panos sujos de sangue e começou a sair, limpando o quarto, Sancius ansioso invadiu o quarto sorrindo procurando sua oferta parou e branco quando viu o a criança morta ao lado da esposa. Seus olhos se encheram de lágrimas e sua expressão mudou de felicidade para raiva.
Os ciganos esperavam ansiosa a criança nova, quando esta chegou já partiram, como tinham combinado. A mulher abraçou a menina ainda um pouco suja, começou a prepara ela para começar sua vida.
Sancius e Rossa ficaram arrasados com a perda da criança, Sancius por não poder pagar sua divida e Rossa por não poder ver sua filha crescer. Os anos foram passando, Rossa se tornara uma mulher amarga, solitária, enquanto Sancius começou a decair, afinal o demônio não estava feliz, pois sabia o que tinha acontecido.
Passado três anos o demônio apareceu para Sancius em um sonho, informando o que aconteceu, o ódio aflorou no coração do homem que prometera caçar a criança e entregar sua alma assim como a de sua infiel esposa. O demônio também lhe falou como achá-la, afinal queria aquela alma prometida a ele, a criança tinha uma marca nas costas, a marca de um floco de neve.
Enquanto isso a criança crescia junto com os ciganos, seu nome era Musette Vigée-Lebrun. Seguia a vida alegre e festiva como a de seus companheiros, nem sonhava com o que tinha acontecido ao nascer. Quando completou 5 anos, os meninos e meninas mais velhos começaram a falar, desafiando-a e dizendo que não tinha sangue cigano em suas veias, que era mais uma bastarda no mundo. Musette não entendia o que acontecia e foi falar com sua ‘mãe’.
Gariani sabia que estava na hora de revelar o que tinha acontecido quando nasceu. Musette ficou triste, não sabia o que fazer agora com a revelação que sua mãe a tinha dado para Gariani, seu carinho não sumira, mas ficara por alguns meses tristes.
Quando chegou a Whaterdeep conversou com Gariani que aceitou o pedido de Musette, a garota ficou na escola New Olamn, escola para bardos e magos.
Os primeiros meses foram complicados, afinal Musette era livre antes, não tinha um horário fixo nem obrigações, agora se via em meio a horários e aprendizado e tudo mais. A garota parecia perder um pouco o animo, mas logo voltou ao normal quando começou a fazer amigos e amigas no lugar.
Dez anos se passaram Musette neste tempo não teve contato com os ciganos ou com sua ‘mãe’ Gariani. Sentia muita falta dela e dos conselhos, mas aprendera a viver ‘sozinha’.
Um ano se passou e Musette já estava com seus 16 anos, estava na hora de começar a fazer coisas fora da escola. Por um pedido de Lurien, o paladino de Lliira, ela foi designada para acompanhá-los para uma grande viagem, assim começava o período de aventura dela.
A viagem começou sem muita confusão, eram: um paladino humano, um ranger meio elfo, um clérigo humano e dois guerreiros, um humano e o outro anão. Sem contar ela de barda, afinal alguém tinha que escrever os feitos deles.
Musette escrevia algumas coisas sobre o cotidiano deles, como eram amigos e como se impressionava disto, depois de uma semana viajando começou realmente a vida de aventureira. Encontraram um grupo de mercenários que estavam a procura de uma garota, não tinham a descrição da pessoa, mas sabiam de uma marca nas costas, a briga foi violenta, o ranger caiu depois de um tempo de briga, sendo seguido pelo clérigo que levou uma espadada pelas costas, Musette nunca tinha visto tanta desonra junto. O paladino conseguiu derrubar uns quatros, mas foi pego pelas costas, os guerreiros quando se viram bem machucados se renderam.
Os mercenários viram a única mulher no grupo e a prendeu, quando estava à mercê deles o mais experiente se aproxima arrancando a blusa dela olhando as costas, vendo a marca ele sorri e começa a comemorar. Musette estava presa e sendo levada sem saber o por que!
O maior erro dos mercenários foi não matar o grupo, os guerreiros se soltaram e logo soltaram todos, curando os feridos e seguindo atrás dos bandidos. Depois de dois dias viajando o grupo encontrou os responsáveis e musette que estava presa em uma arvore.
A missão de resgate foi mais fácil, pegaram os mercenários dormindo, ninguém matou ninguém, afinal queriam respostas. Somente o mais experiente saiu livre e fugido, o paladino tentou correr atrás dele com o ranger, mas resolveram voltar.
Musette estava sendo solta quando os dois voltaram. Eles conversaram com ela e também fizeram perguntas e mais perguntas para os mercenários. Não conseguindo uma resposta real levaram eles para a próxima cidade sobre custodia e prenderam.
A viagem deles continuou por alguns meses, criaturas estranhas que Musette só tinha visto em livros e ouvido em historias eram costumes para os guerreiros.
Depois de muito tempo viajando o grupo parou em Everlund, Musette terminou de escrever o que eles queriam e estava livre para poder seguir por onde desejasse. Sua vontade era ir atrás daquele mercenário para ele esclarecer suas duvidas do porque estavam perseguindo-a e para onde iriam levá-la.
Tinha algum dinheiro e seu equipamento, a vontade de aventura que já era grande agora estava o dobro, a curiosidade para conhecer o resto do mundo maior ainda. Musette estava seguindo para onde Lliira a guiar.

sexta-feira, outubro 06, 2006

cont. Maia e Zefir

Seguia indo para perto de alguns sacertotes que começavam a olhar feio para ele.
- Sou Maia... -Falava mais calma, não sabia o que ele tinha feito para virar um cavaleiro negro, mas também não sabia que deus era o do templo, ela seguia quieta observando o templo e os sacerdotes.
Zefir se aproxima de um dos sacerdotes que ao perceber quem era saiu correndo e indo chamar o sumo sacerdote, um home alto de cabelos grisalhos e aparencia cansada, vestia uma tunica branca com detalhes em dourado.
-O que faz aqui Zefir, não pode profanar tal santuario!
- Vim pedir ajuda para uma mulher que esta perdida e precisa de ajuda.
- Sua acompanhante, esta brincando... Suma Zefir, você não é bem vindo! –O sacerdote falava serio, mas mantinha o tom de voz baixo.
- Esta bem, tudo bem... eu nao piso mais nessa porcaria...mas cura a senhorita...você podem negar ajuda para mim...mas não para um "ser humano" que nem ela –Começou a falar em voz alta, olhando bravo para o Sacerdote que agora movia a cabeça.
Maia ouvia a disculsão, balança a cabeça e começa a caminhar na direção dos dois. Olhando para os lados, logo toca o ombro de Zafir e murmura.
- Não preciso de ajuda de quem não deseja dar... -Olhava para ele- Venha... vamos sair daqui!
Zefir olha para ela serio e logo dois clerigos se aproximam dela e tocando seu braço, com as mãos brilhando os ferimentos começando a fechar, ele para olhando para ela e logo murmura, já um pouco longe dela.
-Vamos senhorita.
Maia ficou um pouco sem graça do jeito que ele a olhou, mas não mudou sua posição, estava muito machucada, ela olha para os clerigos e afirma a cabeça
- Que os deuses ajudem e guiem vocês... -Logo seguiu com Zefir ficando ao lado dele -Vamos sim milord.
Ele chega na porta do templo e fala baixo
- Bom....na taverna ali na frente alguem poderá te ajudar....alguem melhor nisso que eu..... agora vou embora Maia! – Seguia para montar no cavalo ele olha para ela por alguns instante. Maia olha para ele, volta a cabeça para o templo e se move segurando a mão dele
- Não... É... – Cora, pois sabia que estava sendo abusada de mais, mas mantinha-se segurando a mão dele- Me ajude!
- Não posso! –Falava olhando para ela fixamente.
-Porque não? - Olhando-o nos olhos, parecia não ter entendido a situação, afinal clerigos brigando com pessoas que pediam ajudas... cavaleiros negros sendo 'gentis', estava confuso de mais para ela.
- Por que eu não sou bonzinho -Solta a mão dela e subindo no cavalo começa a cavalgar indo para a floresta, bem ao longe ele olha de leve para traz tentando ve-la de novo.
- Mas... -Sentindo ele soltar a mão respira fundo e olha para ele, abaixa a cabeça um pouco respirando fundo. Maia fechou o punho segurando sua saia, queria correr e se esconder em qualquer lugar. Virou o rosto para poder ve-lo partir, uma lagrima caia, afinal ele foi a unica pessoa que parou para ajuda-la, respirando fundo ela ficou parada, quando um clerigo foi ate ela, a puxando para dentro do templo.
Cavalgando ele começa a pensar, relembrando o que aconteceu a pouco e sentindo uma grande vontade de reve-la, fechou os olhos e pode ver o rosto dela, respirou fundo, sabia que não podia voltar novamente naquela cidade, era muito arriscado. Zefir chegando no meio do caminho parava olhando para a cidade.
Maia sendo levada para dentro do templo começou a ser interrogada sobre Zefir... Mesmo falando e jurando que não sabia nada sobre ele os clerigos começavam a acusa-la de cumplice, acuada resolveu ficar quieta, não sabia o que falar para eles.
Parado no meio do caminhou observou a cidade de novo, sentindo que alguma coisa estava errada, fechou os olhos para poder refletir sobre o que estava sentindo, olhou mais uma vez para o caminho que estava seguindo e se virou para a cidade, colocou a armadura novamente e começou a cavalgar rapido para a direção de Melkor.
Os clerigos revesavam, alguns mais doces outros mais irritados, logo começaram a fazer varias perguntas para Maia que não sabia o que fazer, ficando cada vez mais perdida com as perguntas e as acusações... Um clerigo novo entrou no quarto onde ela estava, olhando para ela sorrindo, começou a falar serio e irritado, balançou a cabeça. Maia percebeu que ele não tinha muita ideia do que ele falava e logo começou a retrucar e a contestar ele. O rapaz começou a ficar constrangido por ser acuado por uma mulher, respirou fundo e sedeu ao costumes barbaros, levantou a mão e desceu de uma vez dando um tapa no rosto dela, Maia caiu no chão com a mão no rosto, não estava esperando tal reação. Ficou olhando incredula para o rapaz sentindo o odio crescer em seu interior.
Com galope rapido logo Zefir chega na porta do templo, começou a olhar para os lados a procura de Maia, começa a perguntar para algumas pessoas sobre a moça loira. Varias pessoas acabam não respondendo Zefir, por medo de represaria. Sem demorar muito ele pode ouvir uma bagunça na porta do templo, logo que virou olhando para a porta pode ver Maia com uma adaga no pescoço de um clerigo, os olhos dela estavam vermelhos de choro e a face avermelhada com a marca de uma mão, nos braços dela o clerigo que a bateu em sua face estava com uma adaga quase perfurando o pescoço dele, muitos clerigos tentavam fazer ela desistir e soltar o rapaz, mas Maia estava com odio, queria a morte do rapaz.
-Não Maia! -Entra no templo correndo. – Não faça isso!
Virando o rosto olhando para ele, mas sem soltar o clerigo... Maia o segurava firme, parecia não ter medo nenhum de matar o rapaz.
- N...ninguem toca em mim... -Fala com raiva e com a voz tremula.- Nunca...
Um dos sacerdotes tentando se aproximar dela falando -Se acalme... Deixe o Miro ir embora, ele é novo ainda esta no começo da vida...
Maia grita balançando a cabeça e começando a forçar a adaga no pescoço de Miro que tremia de medo.
- Me deixem em paz... eu só quero ir embora!
Zefir se aproximava devagar olhando para ela.
- Venha comigo. -Estende a mão esperando ela pegar.
Virando o rosto e olhando para os olhos dele, respira fundo e começa a soltar o rapaz, Miro com medo se move tentando sair, Maia o segura aproximando mais o corpo dele. Ela tremia um pouco, estava muito nervosa, lentamente volta a caminhar para perto de Zefir, pensando na situação ela empurra Miro para a direção do clerigo que tentava fazer ela soltar o rapaz e corre segurando a mão do cavaleiro, indo para tras dele se escondendo, se sentia segura perto de tal homem. Zefir serio olha para Maia e murmura baixo.
- O que ele fez?
- Vamos embora... - A marca do tapa ainda era bem visivel no rosto dela. - Vamos embora, por favor.
Zefir começa a se solta devagar de Maia por um instante e num passe radipo vira um murro muito forte com uma energia negra no punho na cara do rapaz.
- JAMAIS FAÇA ISSO DE NOVO... EU VOU POUPAR VOCÊ DESTA VEZ. –Respira fundo olhando serio.- Só desta fez!
Alguns clerigos olham, mas não fazem muita coisa... Maia olha para ele o segurando no ombro.
- Por favor... vamos embora!
Zefir maneia a cabeça afirmativamente e começa a se retira com Maia, esta seguia ele quieta, sem falar nada, o rosto ardendo ainda pelo tapa, mas estava mais calma agora. Olhou para ele de rabo de olho, era a segunda fez que ajudava ela e não tinha nada pra oferecer a ele. Os dois seguiam para a primeira Taverna da cidade.
- Quer ficar aqui Maia?
-Não, eu quero ir com você!
- Mas, por que você quer ver comigo?
- Você foi o único que me ajudou... eu... -Olhando-o agora nos olhos- Eu sei lutas... não vou te atrapalhar... -Olhando em volta.- Não quero ficar aqui... Por favor...
-Esta certo! -Olhando serio para Maia- Vamos maia.....- Ele sobe no cavalo e fica a olhar serio, observando o rosto dela- Venha, pode subir!
Não sabia se estava fazendo o certo ou o errado, se moveu subindo no cavalo e segurando-se. Zefir começou a cavalgar novamente ate a floresta. Seguiu ate o cair da noite, Zefir ia parando devagar olhando para ela.
- Vamos ficar aqui essa noite! –Descendo do cavalo e começando a preparar uma fogueira, Maia olha para ele, suspira vendo preparar as coisas, lentamente ela começa a ajeitar um pequeno acampamento, arrumando as coisas para poder preparar uma comida para os dois, assim que termina e ele ascende a fogueira Maia murmura baixo.
- Desculpa ter metido você em mais uma confusão...
Olhando para ela serio.
- Não...você não fez mau pra mim
Olhando para ele balança a cabeça, soltando os cabelos loiros e arrumando-os em uma trança
-Porque você se tornou um cavaleiro negro? -Fala olhando em seus olhos.
- Por que eu matei um clerigo de lá e me expulsaram, perdi minha familia e perdi meu emprego ai resolvi seguir as trevas - Olhando serio para ela.
- Sua mulher não quis seguiu com você?
- Não tinha mulher...era meu irmão e minha irmanzinha.
- Você não fala com eles? – Se mostrava bem curiosa olhando para ele e começando a fazer algo para comer.
- Meu irmão morreu e minha irmã esta perdida no mundo – Falava olhando para o fogo serio.
- Posso ajudar a achar sua irma... - Olhando para ele e se aproximando agora do fogo e dele.
- Mas eu já procurei por toda parte –Falava um pouco desanimado olhando o fogo.
Maia ia falar mais alguma coisa, mas acaba ficando quieta... se ajeitando abraçando o corpo.
-Sabe, eu queria... – Fica quieta por alguns instantes olhando para ele.- Zefir... obrigada mais uma vez... não sei o que teria acontecido se você não tivesse la para me ajudar.
Olha para Maia serio e não diz nada...apenas pega sua propria manta e cobre maia olhando para ela sem falar nada. Sentindo a manta ela vira o rosto olhando para ele, da um sorriso de leve.
Vendo que ele estava sem manta, afinal tinha entregado para ela Maia se move devagar segue ate o lado dele, move os braços envolvendo ele com a manta e sentando ao lado dele, um pouco colados arrumando um jeito para a manta cobrir os dois. Zefir olha para Maia curioso e também estranhando a atitude.
- Por que isso?
Não olha para ele, talvez por vergonha ou por não saber o que falar Maia fica olhando para o fogo.
- O senhor me fez uma gentileza oferecendo toda a manta, mas esta uma noite fria... muitos ficariam
com a manta então acho que devo dividir com você. - Vira o rosto para ele. - Não achei certo ficar com ela sozinha então vamos dividir!
Olha para ela e da um leve, quase inexistente sorriso.
- Obr......obrigado
Maia da um sorriso para ele e move o corpo encostando a cabeça no braço dele, já este a envolve com um dos braços, a tempos não se sentia protegida, para ela, Zefir não era um cavaleiro negro... Ela se move de leve envolvendo ele num abraço se aconchegando no braço dele, estava cansada e começa a fechar os olhos. Já Zefir olha a moça meio sem graça, pois nunca tinha sentido tal carinho da mais um sorriso a envolvendo nos braços. Maia não consegue se manter acordada, o cansaço vai ganhando espaço e logo ela adormece, não vendo o novo sorriso, vendo-a dormir, fica por alguns instantes abraçado sentindo o calor dela, mas logo acaba adormecendo junto.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Maia e Zefir

Mais uma vez Maia foi jogada em um turbilhão, via muitas realidades e mundos passando tão rapidos que não conseguia distinguir nenhum deles. Não percebeu que uma das milhares de realidades se aproximava rapidamente, quando deu por si estava passando pelo portal, sentia o calor do sol e a luminosidade batendo em seu corpo e atrapalhando sua visão.
Maia estava perdida, não sabia em que lugar estava, mas uma vez tinha caido nas habeis palavras de Hafull, odiava ser jogada pelos mundos, mas sempre era quando estava conseguindo alguma coisa.
O sol estava no meio do céu mostrando ser meio dia, raios e trovões apareciam do nada e nenhuma nuvem para dizer que uma chuva iria cair tão cedo... De um circulo prateado caia uma mulher de mais ou menos 17 anos, cabelos longos e loiros, usava uma blusa de algodão branca, saia avermelhada, cinto e botas de couro marrom escuro e um manto escuro por cima.
Sua queda como sempre nunca era programada e desta vez caira sobre uma tenda de vasos no meio de uma feira, muitas pessoas a observavam, com a queda um corte na testa foi feito e o sangue já podia ser visto. A garota loira parecia não ter nada, mas em suas mãos tinha varios aneis e dois braceletes dourados, que mais pareciam com duas algemas feitas de ouro.
De longe Zefir observa a bagunça, uma sombra chamava a atenção de Maia, era a sombra de um cavaleiro com sua armadura imponente, ele ainda estava longe mais paracia estar observando-a. Por algum motivo se mantinha em uma distancia segura de todos.. Não tinha como ver a armadura nem distinguir nada a respeito do guerreiro, apenas podia sentia que ele a observava.
Se levantando devagar, olhando para os lados e pensando onde estaria, abaixou a cabeça por alguns instante quando sentiu o sangue escorrendo, passou a mão na testa e suspirou, o olhar triste começou a olhar em volta, sentia-se observada... Mordeu o labio inferior com um pouco de medo, se levantando e olhando para uma mulher que começou a brigar,
- Minha tenda, sua maluca... Você destruiu tudo... e agora como eu vou sobreviver, como vou dar comida para meus filhos... Sua maluca.
A mulher se pos a chorar desesperada, Maia por segundos não conseguia entender o que ela falava, mas viu que apontava para a tenda caida e os vasos quebrados, foi quando parou por alguns segundos e tirou um anel e entregou para a mulher, um anel aparentemente bonito de mais para uma simples andarilha, era um anel de ouro e rubi. Assim que pegou o anel e levou a boca, comprovando que era ouro mesmo abriu um sorriso, reverenciou Maia e começou a se afastar, não se importando mais com a tenda.
Maia sentindo o olhar do cavaleiro se levantou e resolveu começar a caminhar, ainda estava perdida e sem saber o caminho começou a andar para o meio da feira tentando sair dela o mais rapido possivel.
Zefir vendo que a mulher começava a andar começou a segui-la lentamente, observando ela e tudo ao seu redor, após sair da feira ainda não desistiu de segui-la e continuou, o cavaleiro mantinha-se sempre atento ao lugar esperando o possivel e o impossivel.
Parando bem afastada da feira agora, se vira para a direção do cavaleiro, os olhos azuis da garota procuravam o do homem que estava no cavalo, a voz era suave, mas tinha um tom serio.
- O que deseja?
Quando Maia se aproxima logo percebe que é um cavaleiro negro. Ele estava com um helmo negro igual ao resto da armadura e seu cavalo também era negro, manteve-se calado. Todos podiam ver que ele mantinha a espada ao lado assim como o escudo. Ouvindo o que ela falava achou curioso e mesmo sem ela poder perceber abriu um sorriso e se aproximou devagar, olhando a moça curioso.
Maia para olhando para ele, engole seco e da um passo para tras, não sabia agora o que fazer, respira fundo levando a mão ate a cintura, parecia procurar alguma coisa, sem pensar muito murmura.
- Maldito! -Voltando a olhar agora para o cavaleiro, agora não sabia muito o que fazer, mas criando coragem. -Diga-me o que desejas!
Lentamente Zefir retira o helmo
- Calma jovem donzela, nem mesmo um cavaleiro negro mataria ou faria mal a uma bela donzela. A não ser que o nosso "senhor" mande. –Falou descendo do cavalo observando ela.
As palavras foram mais ou menos reconfortante. Olhando para ele, procurando os olhos, respira fundo encostando-se numa arvore.
- Obrigada meu senhor... estou um pouco perdida... -Levando uma mão ate a testa e limando o sangue que insistia em escorrer.
-O que é esse sangue minha donzela? -Olhando curioso, ele também procurava os olhos de Maia. Seus olhos eram negros como todo o seu pertence. -De onde a senhorita vem?
Olhando para ele, moveu a cabeça um pouco para baixo, ouvindo a pergunta sabia que ele não ia acreditar de primeira, nunca ninguem acreditava.
- Venho de Kalimar... provavelmente outro mundo... não sei onde estou... - Limpando o sangue da testa e falando meio triste. - Acho que bati a cabeça quando cai!
Zefir mantem o olhar frio sobre a mulher com quem falava, devagar coloca o helmo e montando em seu cavalo fala com um tom seco, mas dava para perceber que queria ajudar, mas não sabia como agir.
- Sobe!
Maia não discutiu, afirmou com a cabeça e caminhou na direção do cavalo, relembrou algumas lendas sobre os cavaleiros negros, não tinha poder nem conhecimento para fugir dele... Respirou fundo e subiu no cavalo, esticando-se um pouco aproximou o rosto do ombro dele e falou docemente.
- Obrigada...
Ele olha para traz levemente, logo começa a cavalgar pela a cidade de Melkor aonde existia um templo de cura, Zefir cavalgava com cautela para não machucar a dama mais não queria demostra isso seguia calado o caminho todo.
Maia não sabia qual a reação tinha que ter, colocou a mão na cintura do cavaleiro para se segurar, mas logo soltou, não queria irrita-lo, afinal já estava dando trabalho, também não sabia o que ele cobraria por esta 'gentileza' fechou os olhos e deitou a cabeça cair de leve encostando na armadura dele, mas logo se pos sentada direito.
- Perdoe-me
Ao sentir a cabeça dela encontar em sua armadura para o cavalo e olha para traz com o helmo tampando o rosto, Zefir apenas a encarava.
Abaixava a cabeça, não sabia o que tinha feito de errado, olhando para os lados. Estava perdida, mas começou a descer do cavalo.
- Perdoe-me...
Maia sabia se defender, mas depois de algumas viagens por mundos, aprendeu a primeiro conhecer o lugar depois procurar encrenca. Zefir descendo do cavalo começa a tirar o elmo ajeitando na sela, logo começa a retira a parte de cima da armadura, pegando um pedaço da lona que estava no cavalo faz um embrulho com a armadura dentro, sobe denovo no cavalo e poe o embrulho na frente.
- Suba e você não fez nada de errado.
Fala com uma voz fria e firme. Maia ficava agora realmente sem entender, olhando para os lados, pensando que tinha algo errado naquele mundo, subindo de novo no cavalo agora podendo tocar o corpo dele, respira fundo e fala baixo.
- Que lugar é este?
Ele tinha feito isso justamente para Maia se apoiar sem se machucar, mas não procurava explicar.
-Essa e a cidade de Melkor....não gosto daqui
Se aproximou um pouco e encostou a cabeça... Estava um pouco cansada.
- Melkor... -Fechando os olhos e respirando fundo e falando baixo. - Porque não gosta daqui milord?
- Por que fui expulso daqui.
Falava serio cavalgando em direção ao templo.
- Expulso? – Repitiu, mas ficou quieta, pois agora sem saber se estava bem ali com ele ou se estava se metendo em mais uma enrascada.
- E uma longa historia...mas você querendo acreditar ou não...eu era paladino desse templo. – Falava se aproximando de um templo.
Maia olhava para o tempo e para o caminho, respirava fundo.
- Porque não acreditaria?
- Por que eu sou um cavaleiro negro agora! -Desce do cavalo e entra no templo, olha para ela. -Me acompanhe!
- Qual o seu nome senhor? – Maia seguia com ele falando, estava curiosa para saber quem era o cavaleiro que a ajudava.
- Zefir.

Fim da primeira parte...

domingo, setembro 24, 2006

Presente para Mii -Animal Instinct-

Minha vida era normal até aquele dia fatidico, começou assim:
Quinze de maio de dois mil e seis, estava um dia quente e abafado, muitos dos meus colegas de aulas esta se abanando com os cadernos, já era mais ou menos uma e meia da tarde, todos querendo ir embora, Michel ficou olhando serio para mim como se eu estivesse fazendo algo errado. Começei a ficar irritado com isso, fechei a cara e perguntei para ele o que estava havendo. “- Você esta arfando como um cachorro, com a lingua de fora. Está muito calor ai?” Michel riu. Eu lembro de ter fechado os olhos e reclamando, mas todos meus colegas falaram que eu estava a rosnar para ele.
Isso não foi o ponto final das coisas, acabou a aula com todos me chamando de dog, agora, hoje eu entendo o porque, mas antes... fiquei muito brava... com a mochila nas costas segui para casa no meio do caminho pude sentir um cheiro ruim, era um cheiro de podre e isso me irritou bastante, pois parecia que estava bem embaixo do meu nariz, por mais que eu seguisse o cheiro continuava, sem opção tive que procurar o que estava cheirando isso, foi particularmente engraçado, uma moça de 27 anos, de 1,83 80kilos com a cabeça levantanda cheirando o ar.
Segui a direção do cheiro, quando ficou muito forte senti uma grande náusea, quando senti o gosto amargo, sabia que se continuasse a cheirar aquilo iria acabar vomitando. Apertei a mão direita no cinto e a esquerda na boca, tampando ela e o nariz, fiquei procurando com os olhos daonde vinha o mal cheiro quando pude ver um pé, sim... um pé mesmo, ele estava necrosado já... Não consegui segurar, o gosto do bili chegou na garganta e logo pude sentir algo um pouco ácido e azedo, só tive chance de virar o rosto para o lado e soltar tudo o que tinha no estomago.
Depois daquele vexame pude controlar, minha boca ainda estava amarga, mas consegui me controlar... me afastei lentamente indo em direção do pé, a principio pensei em sair correndo e procurar o meu parceiro, mas estava na hora de me virar, ainda sentia o cheiro marcante só que também estava ouvindo muito bem... Fiquei assustada, mas deduzi que era uma ‘alucinação’.
Chegando no pé peguei um saco plastico na minha mochila e puxei procurando o resto dele, para suspresa o pé saiu e tinha só uma parte roida, assustada soltei o pé no chão. Meu coração disparou quando ouvi atras de mim um rosnado, no momento pensei que o animal que tinha feito isso estava atras, tremendo começei a me virar olhando para a direção do som. Dei dois passos para tras e acabei pisando no pé e caindo, também o que vi era assustador, era um lobo acinzentado com o pelo umido e avermelhado. Tremi muito pois o lobo olhava para mim mostrando aqueles dentes, mas o pior estava por vir.
O ‘lobo’ começou a se aproximar e do nada começou a virar uma pessoa, seus olhos eram negros como a noite e tinha um sorriso psicotico, o homem se aproximou de mim, começou a falar alguma coisa sobre irmãos... sobre sermos iguais e que deveriamos nos juntar. Eu senti muito odio naquele momento, fechando as mãos no chão arranhando, sentia as unhas se encherem de sujeita e meu sangue fervendo... Quando dei por mim estava sobre um cachorro, mas estava de quatro, sim eu estava de quatro.
Nas minhas patas o cachorro que começou a se transformar voltando ao homem de olhar psicotico... Meu coração disparou e sentindo um pouco de dor voltei a minha forma real... hehehe doeu sim, a primeira transformação não doeu, se dou não senti.
Lá estava eu nua, com um cadaver morto por um cachorro e um pé necrosado comido provavelmente por um cachorro, alias, lobo! Pensei no que fazer, porcurei minhas roupas e coloquei os trapos, estava rasgada, suja e mordida... Olhei para meu corpo e também tinha algumas marcas de mordidas, foi ai que tive a ideia. Tirei a arma da mochila e disparei quatro vezes, sentei num canto e liguei para meu parceiro... Fiquei esperando, quando ele chegou expliquei o que aconteceu: “O homem estava lutando com um lobo, tentei salvar o homem, mas não consegui. Provavelmente o lobo estava comendo o pé e o rapaz chegou e ele o atacou.” A principio meu parceiro não acreditou, mas não ficou perguntando.
Depois de tres horas na delegacia eu fui liberada, chegando em casa tomei um banho e deitei na cama... Tive um sonho estranho, um lobo falava comigo, foi ai que eu descobri o que realmente aconteceu. O psicotico tinha também este lobo, ele provavelmente queria unir um grupo de lobos para montar uma matilha e aterrorisar as pessoas ‘normais’. Bem isso não deu certo comigo. Agora estou eu a procura da minha matilha. Aprendi como controlar meu lobo, em muitos casos ele me ajuda, em outros me atrapalha, mas eu vou convivendo. Agradeço a quem me deu este dom ou esta maldição, pois agora compreendo muitas coisas.

quinta-feira, setembro 14, 2006

As Aventuras de Maia Kandiz.

O dia estava tranquilo em Hamaski, as mulheres levando legumes acabado de comprar na feira, os homens ainda terminando alguns trabalhos, nada parecia ser capaz de acabar com a calma daquele dia, ate o vento estava calmo, balançando algumas folhas nos topos das arvores, os passarinhos cantando tranquilamente, era um tipico dia de primavera na cidade, os guardas estavam até entediado, encostados numa casa observando o único evento mais emocionante, a briga de um gato e um cachorro que estava acontecendo na rua princial.
Sem aviso, um trovão pode ser ouvido, algumas pessoas se assustaram, crianças começaram a chorar e a procurar suas mães, os guardas quase cairam, olhando para os lados. Algumas mulheres deixaram seus cestos cairem no chão olhando para o céu procurando a nuvem, mas não havia nenhuma por perto, alias, por kilometros não havia nenhuma chuva, a cidade estranhou, mas não demorou e voltaram a sua paz costumeira. Mas não demorou para outro trovão acontecer, a paz já estava indo embora, agora os guardas já estavam preparados para alguma coisa, afinal um trovão sem nuvem só podia dizer que tinha algum mago brincando pelo lugar.
Na praça central de onde os trovões estavam vindo podia ser visto a mais ou menos dois metros do chão uma bola de luz prateada ser formada, um dos guardas sai correndo para chamar o mago da cidade, afinal para eles poderia sair qualquer coisa daquela bola... Os que ficaram podiam ver a bola se aumentar ate alcançar mais ou menos 86cm de raio, um barulho mais alto como se um trovão tivesse caido sobre a bola de luz e logo um corpo cai... Um ser loiro de cabelos longos, aparentemente uma mulher, pois usava uma saia marrom escura e uma blusa branca, um cinto de couro e botas de couro também, nos pulsos dois braceletes dourados com pedras preciosas e nas mãos aneis de ouro e prata.
Maia caia mais uma vez na armadilha de Hafull, mais uma vez foi jogada em um vórtice prateado e raios, sendo jogada novamente em um mundo aleatorio... Até agora Maia não entendia o porque dele fazer isso, já estava cansada, quase não se lembrava de seu lar.
Nunca era no mesmo lugar, isso ela tinha certeza, seu corpo caia com uma grande velocidade, nem pode fazer muita coisa, somente fechou os olhos e se encolheu toda tentando proteger a cabeça, mas os obstaculos estavam proximos de mais, Maia acabou acertando a cabeça num paralelepipedo que circulava uma arvore. Em sua testa um corte foi feito, o sangue escorria enquanto Maia ainda sem condições estava totalmente desacordada.
Um guarda após pensar em algumas coisas caminhou ate a mulher, vendo que ela estava desmaiada a pegou nos braços e caminhou para a direção do templo de Obehill, a medida que o guarda andava, ou melhor corria... o sangue escorria mais abundantemente. Ao chegar no templo o acolito quase desamaia por ver a face da garota, estava toda ensanguentada, o menino de seus doze anos sai correndo para dentro gritando um nome, não demora muito sai uma mulher com uma armadura completa, os olhos verdes escuros procura o motivo de tal panico do rapaz, ela acaba se assustando e corre ate a direção do guarda e da mulher misteriosa que agora estava no chão.
- Pelos raios de Obehill que esta mulher possa novamente abrir seus olhos sem nenhum escoriado e assim possa caminhar novamente pelas terras tendo recebido a graça e a ajuda de nosso maior protetor! Oh Obehill ajudai esta criança curando-a e mostrando para ela a iluminação!
Uma luz amarelada saiu das mãos da mulher e envolveu Maia, seu machucado foi fechando aos poucos e em instantes conseguiu abrir os olhos sentindo-se um pouco mais revigorada. A cleriga olhou para ela segurando a mão direita e sorriu.
- Tudo bem com você senhorita?
Maia respirou fundo olhando para os lados observando o lugar, via um símbolo conhecido, mas logo olhou para a mulher, era uma mulher alta cabelos claros como os raios do sol, a pele branca como neve e os olhos tão dourados iguais um pequeno sol.
- Quem sois?
- Sou Magnolia Haiah... Cleriga de Obehill!
- És uma elfa? –Maia tinha uma leve lembrança de em um mundo ter visto um elfo como aquela mulher. – És uma elfa do sol?
- Elfa? –Magnolia olhava como se não entender. – O que é uma elfa?
Maia fechou os olhos e voltou a deitar.
- Você esta bem senhorita?
- Sim, mil perdões, eu estou bem sim, mas preciso saber em que lugar estou!
- Estais em Hamaski o maior reino de Bariloh.
- Maldições!
A cleriga olha feio para Maia e balança a cabeça.
- Tenha respeito, esta na casa de Obehill e não se pode profanar aqui.
- Perdoe-me, a tempos procuro o caminho de casa, mas nunca encontro. Sempre que estou conseguindo o...
Quando Maia ia começar a falar o mago abre a porta do tempo e fala serio.
- Guardas prendam-na.
Os guardas olham para ele e para a cleriga, mas não desobedecem, pegando os braços de Maia e levando-a para fora.
- O que é isso, Tihor deixa-a em paz, ela não fez nada!
- Fez sim Magnolia e é assunto meu, não tem nada o que fazer. Agora se me da lincença senhora!
Tihor caminha saindo do templo e indo para a direção da guarda. Os guardas já estavam na frente com Maia, que ia seguindo sem saber o porque e muito menos para onde. O mago ia atras, imaginando como uma criatura de aparencia tão delicada podia fazer aquele mal todo, mas sabia que as aparencias enganavam, tinha sido avisado por um amigo que um ser caotico iria aparecer.
Os guardas levam Maia para uma cela a tacando la dentro, Tihor caminha atras parando do lado da cela, ele abre um sorriso e balança a cabeça.
- Bem, qual é o seu nome?
- Me chamo Maia Kandiz sou do reino de Saliz!
Tihor balança a cabeça olhando para ela serio.
- Este reino não existe. Agora fale a verdade.
- Estou falando a verdade senhor, meu reino é Saliz... Estou perdida a alguns anos já, um mago chamado Hafull me mantem presa nestas viagens, estou procurando minha casa!
O mago ri balançando a cabeça e olhando serio para ela.
- Esta bem, tudo bem. Agora chega.
Ele vira as costas e caminha indo para a direção da porta. Maia podia ouvir Tihor falar para os guardas.
- Deixem ela sozinha, ninguem se aproxima dela.
Os guardas afirmam e começam a fazer suas coisas normais. Maia estava presa, mal via uma alma viva... Os guardas só colocavam a comida e a água e saiam, deixando-a sozinha.
Depois de mais ou menos uns cinco mês Tihor volta olhando para ela com um ar arrogante.
- Esta pronto para falar serio agora?
Maia estava deitada, já estava tendo alucinação, então não sabia se Tihor estava la ou não, balançou a cabeça e murmurou baixo.
- Va para o inferno que é o seu lugar demonio maldito!
- Isso é jeito de falar com a única pessoa que pode te ajudar sua insolente.
Ela para agora abrindo os olhos e olhando para Tihor, balança a cabeça.
- Desculpe senhor, achei que era mais uma alucinação... não se vá!
Tihor para olhando para ela e sorrindo.
- Otimo, é assim mesmo... Esta pronta para falar de onde é e o que deseja aqui?
- Senhor, pelos Deuses... eu já expliquei, sou de um mundo diferente... um ser demoniaco me amaldiçoou!
Enquanto estava falando, ela pode ouvir passos novos chegando, virou o rosto e pode ver alguem que conhecia a tempos. Era um homem de seus 1,80, cabelos ate o ombro pretos como a noite, olhos cor de mel e pele branca como se nunca tivesse visto o brilho do sol. Estava vestido com uma roupa seria, calça preta, um cinto marrom escuro com um feicho de prata, a blusa branca com um palito preto por cima, na gola uma joia em forma de losangolo prateado com uma esmeralda no meio. O homem abre um sorriso olhando para ela.
- Obrigado Tihor por acha-la, as vezes não sei o que acontece com estas criaturas, você da tudo para elas e no final somos pagos com traição e abandono.
O mago ri e balança a cabeça.
- Estas criaturas mecerem só uma coisa Hafull... Chicotadas, para aprender a quem devem servir.
Hafull ri e balança a cabeça.
- Pode abrir, ela ira comigo agora, não é mesmo Maia.
Maia escolhida num canto olhando para os dois com medo, ela treme e sussurra.
- Por favor, me deixe aqui...
Os dois homens riem e balança a cabeça, Tihor abre a cela e indica para que o Hafull pudesse entrar, sorrindo o homem entra abaixando-se e pegando Maia pelo pulso a puxando.
- Vamos, é uma viagem longa até nossa casa.
Maia se debate um pouco assustada, tentando soltar-se.
- ME SOLTA MONSTRO, ME SOLTA!
Hafull tinha uma espressão seria na face e seguia puxando-a para a direção de uma carruagem imponente, cheia de requintes, puxando elas dois cavalos negros sem nenhuma outra cor. Maia tentava com todas as forças se soltar, mas não estava muito bem, a alimentação não era suficiente para se manter em pé.
O homem a jogou dentro da carruagem e sorriu entrando, chegando perto dela acariciando o rosto.
- Minha querida, porque reluta tanto? Porque foge de mim, sabe que te amo!
- Seu monstro maldito. Você me amaldiçoou, eu te odeio!
Hafull riu e puxando-a pelo cabelo e beijou os lábios dela a força, Maia ainda tentava se afastar, o homem parou o beijo e sorriu, a carruagem começou a se mover e seguia para uma direção.
- Não esta pronta para mim?
Cuspindo e limpando o rosto olhando para ele.
- Tenho nojo de você.
- Que tal ir de novo para outro mundo... Agora um mais barbaro. –Ele sorri passando a mão no rosto dela e continuando ainda com a voz calma e tranquila.- Prometo que ninguem ira toca-lá, afinal.. És minha noiva e só pode ser minha, será eternamente minha.
Hafull fala sorrindo, segurando a joia no pescoço e começando a falar algumas palavras em uma lingua que nem mesmo o pior dos humanos gostariam de ouvir... Ao terminar ele só toca na testa de Maia, uma luz prateada começa a encobrir-la. Desesperada Maia tenta se segurar em alguma coisa, mas é sugada para dentro da luz sumindo mais uma vez.

terça-feira, setembro 12, 2006

Saudades!!!

A noite estava fria, mas a lua cheia iluminava todo o jardim. Uma mulher loira de cabelos longos e pele branca como a neve... com os labios num tom de rosa bem claro. No pescoço uma pequena gargantilha com um pingente em forma de coração, quem ficasse olhando e fosse muito atento poderia notar um H estilizado no pingente.
Usava um vestido preto longo com sapato de salto alto. Ela andou na trilha do jardim observando a beleza das rosas e outras flores, sua mente voava para bem longe, por mais que tentasse pensar somente nas flores.
Ficou pensando na face de uma pessoa, que a algum tempo não saia de sua mente, a mão direita se movia de leve indo para cima do coração de prata que estava pendurado em seu pescoço, se estivesse viva estaria suspirando, mas poderiam ver em seus olhos, agora umidos, que sentiam uma grande saudade! Os passos pararam em frente a uma estatua.
Ficou um bom tempo olhando para tal obra, morde o labio inferior por alguns segundos segurando o coração forte de tal maneira que chegou a marcar sua mão.
Logo um forte vento umido bate em seu corpo anunciando a tempestade se aproximando. Os cabelos se balançam, mas logo voltam novamente ao mesmo lugar. Olhando para cima pode ver a lua sendo coberta pelas nuvens, os labios se entre abrem e uma palavra começa a ser formada, mas mesmo querendo pronunciar, a voz não sai, somente os labios se moviam, uma pequena e sorrateira lagrima rubra começava a rolar pelo rosto, mas logo a chuva gelada começa a cair molhando tudo, os cabelos sendo colados no rosto e a lagrima sendo lavada, logo não tinha mais nenhum rastro de lagrima.
Sentindo as gotas geladas baterem em seu corpo, como se fossem pequenas laminas. A chuva caia grossa chegando a quase machucar as plantas, animais e ate mesmos as pessoas que se aventuravam ficar nela.
A pele logo mostrava sinais de fragilidade, mas mesmo sentindo as dores dos pingos de água ela não se moveu, queria ficar ali, estava se punindo por algo que julgava ser proibido.
Estava tão longe que não ouviu o barulho dos passos do homem que aproximava-se, logo as gotas da chuva pararam, sentindo isso ela virou o rosto olhando para o lado esquerdo, deu um minimo sorriso e balançou a cabeça, soltou o pingente do colar e começou a andar sem falar nada, sempre atras e segurando o guarda-chuva o homem andava, ele tinha um certo carinho pela mulher, algo platonico.
Com passos lentos seguia para dentro, um grande rastro de água era formado, mas ela parecia não se importar. Os passos seguiam para a direção da escadaria principal, os olhos azuis procuravam alguma coisa, o vento uivava de agonia do lado de fora, ela só levou novamente a mão no pingente seguindo para o quarto principal.
A trilha de água logo era secada por algumas empregadas, mas isso não era importante para ela... Quando chegou no quarto abriu a porta e entrou, tinha algumas imagens, achava engraçado, mas preferia os quatros, as novas ‘fotos’ eram diferentes. Caminhou ate o armario e tirou um vestido vermelho.
Devagar começou a tirar o vestido, o corpo foi ficando a mostra, primeiro os ombros, seguido do colo, os seios... a barriga, o sexo protegido por uma delicada calcinha de renda preta. Passando a mão pelo corpo para tirar um pouco da água deu uma pequena risada ao sentir a renda da calcinha. Fechou os olhos e foi tirando tudo, ficando nua, como tinha vindo ao mundo.
Seguiu para a cama olhando o vestido, passou perto dele observando, imaginando algumas coisas... ao chegar no banheiro pode pegar uma toalha e se secar. Quando terminou arrumou a toalha e seguiu para a cama, lentamente colocou o vestido ajeitando, arrumando o vestido completo, sem nenhum decote, em compensação podia ser visto um belo corte no meio da perna.
Pensou em ligar para a pessoa, deu os passos para o criado mudo e parou ao tocar no telefone. Ficou alguns segundos falando com alguem quando a noticia esperada tinha chego. Abrindo um belo sorriso ela deitou na cama olhando para o teto. Somente uma fraze pode ser ouvida.
- Em breve...
Falava docemente enquanto ficou imaginando as cenas

segunda-feira, setembro 04, 2006

A morte???

A muito estava andando, tinha conhecido pessoas interessantes e outras assustadoras. Pessoas e seres... o que a deixava mais assustada. Seus olhos azuis procuravam um lugar para descansar, como sempre estava usando um vestido longo com uma fenda no lado esquerdo que deixava a perna a mostra, os cabelos loiros longos e cacheados estavam soltos e voando pelo vento que soprava. Stephany só pensava na sua ultima aventura... Um padre... “era por isso então que doia quando ficava muito tempo perto dele”, este era seu pensamento. Seus labios perfeitos rosados eram precionados como se estivesse nervosa com alguma coisa.
Os passos iam se tornando mais rapidos, estava aparentemente tranquila, passava por entre uma multidão que parecia não nota-la... Seus olhos se fecharam e logo se contorceu um pouco. “Um arrepio!” parou do nada, com a face de medo agora encheu seus pulmões de ar e virou o rosto, seus olhos azuis procuravam alguma coisa, procurava esperando não encontrar, mas estava lá... a única coisa que lhe dava medo. Engolindo seco começou a caminhar de costas mesmo, chegou a esbarrar em um homem, seu corpo tremia agora.
- A senhorita precisa de ajuda?
O rapaz olha vendo-a atordoada, tremendo Stefany só conseguiu balançar a cabeça e tentando se recompor rapido, logo saindo correndo. O rapaz olhava para o lado e para tras, para onde ela estava olhando, os olhos mortais não viam nada, mas certamente ela pode ver e o que mais temia.
Correndo mesmo tremendo de medo os olhos já cheios de água e uma pergunta em sua mente... “porque eles perseguiam-na”. Sem pensar muito virou a esquina perdendo o equilibrio, escorregando e caindo no chão, seu corpo bateu em um carro estacionado, um gemido de dor saiu de seus labios enquanto fechava os olhos, suas costas doiam, mas não podia parar, tinha que correr e se esconder o mais rapido possivel.
O coração batia forte e sabia que não podia ficar por aqui muito tempo... lagrimas cairam enquanto Stephany corria para um beco, vendo que não tinha ninguem por perto começou a se concentrar... o resto das suas energias foram neste esforço, logo já não estava tão indefesa como parecia... da garota loira e delicada podia-se ver agora uma mulher alta, corpo atletico chifres e pele aparentemente mais grossa. Os olhos azuis agora totalmente vermelhos e pretos.
Quando Stephany olha para os lados é pega de surpresa com uma flecha que lhe atinge no ombro direito, soltando um rosnado de dor e agonia que pode ser ouvindo por todos os seres sobrenaturais que estavam perto... Já os mortais continuaram em seu sagrado desconhecimento.
Os olhos vermelhos da demónio começaram a procurar quem a atingiu com tal arma, depois de uma curta procura Stephany parou olhando para um ser alto de cabelos longos e dourados, olhos azuis quase branco e pele alva, seu porte era grande e segurava agora na mão direita uma grande espada dourada que chegava a machucar os olhos sensiveis da criatura.
- Já ficaste por muito tempo aqui ser... Lhe dou duas opções: “va embora e não volte nunca mais... ou seja obliterado por mim”.
Uma risada pode ser ouvida, a criatura balançou a cabeça e fechou os olhos.
- Obliterada por ti... Sois tão patético como todos os outros que tentaram. Creio que não tens medo nem sabes com quem estar a falar!
- Sei sim criatura infernal, já cansei de suas atrocidades... você tera que pagar por tudo que fez aqui!
O homem nem terminou de falar e avançou sobre Stephany com a espada apontada para o chão, logo que se aproximou levantou a espada visando corta-la de baixo para cima, por reflexo a vil criatura foi para tras, mas a ponta da espada ainda pegou seu rosto superficialmente fazendo um corte de leve. Stephany gritou novamente, a dor e o odio agora se misturavam... sem pensar muito criou em uma das mãos uma espada de lamina negra e que mantinha uma aura avermelhada.
Enquanto o homem novamente tomava possição para ataca-la, a garota com movimentos rapidos começou a mover a espada de um lado para o outro indo rapido na direção do celeste. Incredulo com tal ataque o celeste se pos na defenciva, colocando a espada em frente na diagonal com a ponta para baixo, os olhos azuis fixos naquele ser infernal que se aproximava com grande velocidade. O que o celeste não sabia era que Stephany iria jogar sujo, com a ilusão de estar girando a espada correu com ela apontada para frente acertando bem em cheio a barriga do anjo.
O sangue do anjo começou a escorrer quando a espada de lamina negra saiu de seu corpo, os olhos do celestial por segundos ficou todo branco, mas antes de Stephany se afastar o celeste abraçou-a de uma forma impedindo-a de fugir. Com a proximidade a criatura começou a sentir algumas dores e também seu corpo a esquentar. O anjo em seu ultimo esforço apertoua contra o corpo e começou a se consumir em um fogo azulado.
Stephany sentindo o corpo queimar soltou um grito de dor, agora assustando ate alguns mortais mais sensiveis... Os olhos dela todo preto se fechavam forte, se debatia tentando alcançar a libertada, mas só conseguiu chegar ao fim... Já era tarde de mais.

domingo, setembro 03, 2006

Volta à Nalagaria

Ao longe se podia ver uma cabana, era simples e rustica, de sua chamine saia uma fumaça indicando que alguem estava ocupando-a naqueles dias em que a neve não parava de cair o telhado da cabana já estava todo branco.
Dentro Nagari estava caminhando de um lado para o outro enquanto Kaligar estava sentada em frente a lareira olhando para o nada, a voz das duas podiam ser ouvidas desda varanda, pois nem o vento ousava soprar e atrapalhar a conversa.
- Kali, porque não tentamos fazer como Zolior, não aguento mais ficar neste lugar, ninguem nos ouve e já estou cansada deste mundo.
- Naga não é porque eles estão atrazados que não vamos ficar aqui, seria arriscado uma transmissão agora!
Nagari parou olhando-a com lagrimas purpuras nos olhos, quem visse de longe pensaria que as duas não passavam de algumas clubers com cabelos azulados e maquiagem pesada. Mas não estavam nada do que o normal, em Nalagaria elas eram grandes cientistas escolhidas por ARIA, aqui não passavam de adolescentes revoltadas com o nada. Nagari parou ao lado de Kaligar e balançou a cabeça movendo seus longos cabelos azuis.
- Vamos Kali, estou para ficar... como eles falam neste lugar... Louca, se ainda entendesse o que é isso.
Nagari só riu olhando para sua amiga, estavam perdidas a mais ou menos dez anos naquele lugar estranho, sem nave, contato com semelhantes... abandonadas a sorte desde que o Zolior, o único que sabia combater fora abatido por defender seus ideais e também seguir contra as normas tao diferentes do planeta... Kaligar só sorriu e murmurou.
- Louca não vai ficar Naga, vamos ficar bem... Temos o que precisamos, estamos completando nossa pesquisa e logo algum malisgor vai vir atras de nós e vamos voltar para casa, enquanto isso não podemos ser pegas por ninguem, não sabemos ainda o que aconteceu com a nossa na.
Kaligar para de falar olhando para os lados, e voltando a pele a coloração dos terráqueos, respirando fundo e seguindo para a direção da porta, o casaco ajudava a tampar o resto do azul. Kaligar abre a porta olhando para fora, vendo um rapaz totalmente encapotado segurando uma caixa.
- P...por. fa..favor... a s...senhoraa..arita... N...naagari...
- Pode ser para mim mesma, sou a irmã mais velha dela.
O rapaz nem faz objeções, entregando uma prancheta para ela assinas, Kaligar logo escreve algo e sorrindo acena com a cabeça para o homem que segura a prancheta e sai correndo para a direção de um ‘carro’ de neve, olhando seria para a irmã murmura.
- O que é isso Naga?
- Eu não sei Kali, mas deixa eu abrir!
Kaligar olha seria para a amiga e balança a cabeça e coloca o pacote sobre a mesa, sentando-se numa cadeira tirando a luva e o casado, afinal dentro da cabana estava quente.
- Naga coloca mais lenha na fogueira, sim!
- Sim Kali!
emburrada Nagari segue para a direção da lenha pegando algumas e levando para a lareira. Enquanto Kaligar começava a abrir o embrulho, mas ao ver o delicado pano envolvendo outra caixa para e se levanta olhando para Nagari como se a culpa de estarem ali fosse dela.
- O que você anda aprontando quando vai na cidade comprar suprimento?
- Eu não fiz nada. –Nagari para olhando como se estivesse sendo julgada. – Eu juro, eu... ...Ah! Ele estava la tão bonitinho e falou comigo, gostou do meu cabelo e me achou bonitinha e perguntou se eu gostaria de ganhar um presente...
Antes mesmo de terminar de falar foi interrompida por Kaligar.
- Sua estupida, como você faz isso com agente. Ainda mais por um terráqueo o que você pensa... – Para olhando seria para ela. – Então é por isso que deseja tanto ir embora né!
Nagari para com cara de choro, as lagrimas purpuras começam a cair enquanto fica olhando para os olhos de Kaligar que só balança a cabeça e joga o embrulho para ela e volta a caminhar para a direção da cadeira ao lado da lareira. Naga limpa seu rosto e senta na pele de urso e termina de abrir o embrulho observando cada centimetro do presente, ao terminar fica observando uma caixa de musica branca com detalhes em dourados, curiosa com o item começa a mexer, abrindo e começando a ouvir uma musica enquanto uma bailarina começa a dançar.
Aconchega-se no tapete de urso e suspira observando a bailarina a dançar fazendo seu giro enquanto a musica tomava conta da sala, Kaligar observava de canto de olho a situação, se sentia realmente a irmã mais velha de Naga e tomaba para si a responsabilidade para a proteção dela.
Ao som da musica as duas acabaram adormencendo em frente a lareira.

segunda-feira, maio 22, 2006

Raiva Negra, Furia Negra... Galiard... Cliath...

Tudo aconteceu há mais ou menos uns dois anos. Foi durante um assalto, o rapaz chegou do nada e colocou a faca no meu pescoço e pediu para entregar tudo o que estava levando... Fiz tudo o que ele mandou, mas as ações dele deixavam claro que queria mais. Logo senti a mão dele apertar meu seio, fechei os olhos e tentei me livrar dos braços dele, mas a faca no meu pescoço começou a ferir a pele deixando um pequeno filete de sangue escorrer.
Quanto mais o tempo passava, mas sentia necessidade de sair de lá, pensei em gritar, mas o medo era maior, mas tudo mudou quando senti aquela mão grossa tocar meu seio, algo dentro de mim mudou de uma forma que não consegui me controlar... Estava muito nervosa, uma grande raiva consumia minha alma, não consegui ver muita coisa só senti uma grande dor e uma furia imensa tomando conta do meu corpo... Foi neste momento que apaguei.
Ao acordar, pude ver algumas pessoas olhando para mim, movendo o rosto um pouco vi um cachorro, que me lembrava um huskie... Tentei me levantar, mas senti a pata do cachorro contra meu peito, as pessoas já começavam a andar, pude ouvir o cachorro grunir algo, por segundos não quis acreditar, mas estava entendendo o que o animal estava falando... Achei que estava ficando louca, respirei fundo.
Foi ai que Leticia se aproximou e começou a me explicar as coisas, falando sobre o que estava acontecendo e também sobre o que eu era... De primeira fiquei chocada, só queria sair dali, mas o lobo falando e o pior, eu entendendo, foi de mais... Fiquei bem quieta sentada olhando para todos, Leticia e Gram, o tal Huskie, me ensinaram tudo.
Tive meu rito de passagem com a morte de um lacaio, que me rendeu uma cicatriz no pescoço... Foi neste dia que eu recebi meu nome, Leticia e Gram me batizaram como Raiva Negra, motivo... Só consigo me transformar se fico muita, muita raiva, como do dia do assalto.
Agora depois de dois anos tive que mudar, agora estou no interior, mais perdida do que eu posso imaginar, olho para os lados e não reconheço nada, as vezes fico frustrada, mas depois de duas semanas encontrei uma mulher chamada Ana Paula, uma Uktena, ela é legal e me chamou para o mute que vai ter agora... Perfeito vou fazer de tudo para ser aceita e para honrar o nome de Leticia, Gram e das Furias Negras.

sexta-feira, maio 05, 2006

La danse de la passion. Cap 3

O amanhecer de um dia preguiçoso, o despertador tocou irritantemente pontual como sempre as sete e meia, Jean se moveu preguiçosamente se ajeitando na cama, sentindo o corpo quente e delicado Pah colado no dele... Pah também tinha ouvido o barulho do despertador e começou a se mover beijando o pescoço de Jean e murmurando baixinho.
- Meu amor... Acorda, esta na hora...
Jean moveu o coro se ajeitando e fechando os olhos e a abraçou cheirando os cabelos dela, logo descendo e beijando a testa, bochecha, lábios e pescoço, por final ainda relutante deixou o corpo da pequena oriental e foi tomar um banho gelado, para ver se esfriava os animos. Pah se levantou pegando um roupão branco com algumas letras orientais e seguiu para a cozinha fazendo algo para Jean comer.
O banho não demorou muito e logo Jean saiu do banheiro colocando uma calça mais larga preta e uma camisa branca, o tempo naquele instante estava um pouco quente, então só jogou uma camisa por cima, seguiu para a cozinha onde sentou ao lado de Pah, por segundos ele ficou a olhando, se mostrava completamente apaixonado por ela, os olhos negros dele fixos sempre nos verdes dela, assim como Pah também. Não ficou muito, não queria se atrasar, Jean seguiu para a academia e enquanto Pah arrumava as coisas no apartamento.
Quando deu umas dez para as quatro Pah tomou um banho e se arrumou, colocou uma calça jeans preta folgada e uma blusa branca colada no corpo, uma blusa de moletom claramente masculina, passou um perfume suave e seguiu para a academia também com a mochila onde tinha sua roupa de dança e também seus documentos.
As cinco chegou na academia, seguindo para a sala onde sempre tinha aula, tinha chegado cedo, nem o professor ainda estava la... Pah arrumou-se e começou a se alongar. Não demorando muito Victor, um garoto loiro se aproximou de tocando no ombro dela. Por segundos se assustou e logo balançou a cabeça, chamando ele para começar um aquecimento... Pah usava uma malha colada nas pernas e uma blusa rosa com um monte de coração desenhado, a blusa era mais solta deixando um ombro esquerdo de fora.
Victor e Pah começavam a se aquecer juntos, os dois se ajudavam. Jean tinha terminado de arrumar suas coisas e se aproximava da sala, ao longe já sentia o cheiro de sua amada, andou mais apresado para ver ela, quando chegou na porta via Pah rindo e conversando animadamente com Victor que também a olhava, mas diferente era o cheiro que tinha no lugar, ela se movia rindo mostrando um passo de tango para ele, enquanto Victor observava bem o passo e todo o corpo de Pah.
Jean parou observando e se irritando cada vez mais com a cena... Pah não dançava com o rapaz, mas msotrava, Victor se aproximou de leve para tentar enlaçar a cintura dela, mas ela se move virando o rosto para a porta, abrindo um belo sorriso. Enquanto na porta Jean mantinha a cara fechada observando fixamente o rapaz, enquanto Pah se aproxima e abraça-o beijando, por alguns segundos Jean se perde no beijo da menina, mas o cheiro vindo do rapaz o encomodava, logo os outros alunos começavam a entrar, instintivamente Jean abraçou ela bem forte impondo-se e mostrando que ela era dele.
Segurando-a pela cintura levou ate o som ligando, colocando Astor Piazzola & Carlos Gardel - Tango Scent of a Woman... Pah sorria ouvindo a musica, adorava esta, logo começou acariciar o rosto de Jean com a mão direita, mas sabia que tinha algo errado, só que não era momento de fazer perguntas.
Assim que a música começou a tocar Pah fechou os olhos, mas logo os abriu devagar fixou-se nos lindos olhos negros de Jean, a mão esquerda se moveu de leve para a nuca dele e a direita segurando a mão esquerda, com um leve movimento dos pés Jean começou a guia-la pelo salão.
Naquele momento os dois pareciam um só, mas algo encomodava o condutor. Era um cheiro peculiar que chegava a suas narinas e mesmo que tentasse concentrar só em sua parceira e nos movimentos. A dança chegou ao final, os dois pareciam cansados, Pah sorrindo se move abraçando-o e acariciando a nuca, mas Jean desta vez estava sério e observava os alunos.
Balançando a cabeça Pah soltou os braços de Jean e caminhou ate a mochila, pegando suas coisas e jogando sobre o ombro esquerdo, sem mesmo dizer tchau começou a caminhar indo para a direção do refeitório.
Quando Jean pode perceber Pah já tinha saido, por segundos ele ficou pensando no que estava ocorrendo e porque ela tinha saido, mas logo caminhou na direção do cheiro dela, não demorou muito e a viu sentada numa cadeira bebendo um chá de hortelã, a noite estava começando a esfriar. Ele se aproximou beijando seu ombro e subindo para seu pescoço e rosto, inevitavelmente Pah sorriu e virou o rosto beijando os lábios dele.
Conversaram um pouco, ela riu e logo balançou a cabeça e olhando no relogio despediu-se dele e começou a ir para a saida, enquanto ele ficou parado na cadeira ainda olhando para a direção dela, vendo-a sair. A vontade de segui-la era enorme, mas ainda tinha uma aula para dar.
A noite estava fria com uma grande lua cheia, a lua dos amantes. Pah tinha acabado de sair da academia, Jean ainda tinha mais uma aula. Ela seguia para a direção do carro de Jean, observava as pessoas passando para seus carro e mantinha sempre um belo sorriso, os olhos dela percorriam cada centimetro do estacionamento, mas tinha alto estranho no ar, a lua não estava prateada como sempre e sim avermelhada, Pah percebera isso naquele momento, sentiu um calafrio, sabia que algo iria acontecer com ela.
Por mais que tentasse Jean observar os casais dançando, mas sua mente seguia a pequena oriental de olhos verdes, algo em seu intimo sabia que tinha algo errado, talvez fosse o cheiro de Victor que o tinha irritado tanto e estava começando a fazer sua imaginação agir... Bufou um pouco e começou a dar alguns exercicios para os casais, explicando os passos para eles, Jean se perguntava por que não a segurou na ultima aula como sempre fazia.
Enquanto isso Pah chegava no carro, abrindo a porta dele e respirando fundo quando sentiu um toque em seu ombro, abriu um sorriso e virou o rosto olhando para trás, quando sentiu um soco em seu rosto e um corpo precionando-a contra o carro, sem acreditar no que estava acontecendo Pah soltou um grito e tentou se soltar, mas o rapaz tampou a boca dela impedindo o grito de sair. Uma voz conhecida por ela pode ser ouvida,
“- Fique quieta e nada de mal vai acontecer com você...”.
Logo começou a passar a mão no corpo dela, lágrimas começaram a cair dos olhos de Pah que não sabia o que fazer, tentou ainda se mover, mas logo foi punida com um soco nas costas que a fez curvar para trás e gemer baixo de dor, seu lábio estava cortado e sangue corria devagar. Fechando os olhos Pah apertou o alarme do carro com a porta semi aberta, Victor viu o barulho do alarme sendo ligado e a puxou pelos cabelos indo para a direção do muro onde uma grande sombra podia esconde-los.
Jean vendo um casal rodopiar pode sentir um aperto no coração, sua mente vez lembrar de Pah sorrindo para ele, fechando os olhos ele virou a cabeça para fora, pois ela já devia ter voltado com a chave do carro. Sem pensar duas vezes ele se pos a caminhar em direção ao estacionamento, não deu muitos passos quando ouviu o barulho do alarme tocar, agora tinha certeza de que tinha acontecido alguma coisa com sua pequena.
Enquanto isso Victor apertava o corpo de Pah contra a parede, abrindo a calça dela descendo rapido, precisava te-la, não importava o que tinha que fazer, uma das mãos subia para o seio dela por dentro da blusa e apertava forte, Pah soltava gemidos de dor abaixando a cabeça e tentando se afastar, as lágrimas caiam enquanto Victor tirou a calça e a calcinha dela de uma vez e roçou o corpo, ela por sua vez se moveu mais uma vez tentando sair dos braços dele de olhos fechados.
“- Não victor...”.
Ele segura Pah pelo cabelo e bate a cabeça dela na parede cortando a sobrancelha e fazendo um filete de sangue começar a aparecer.
Jean com o coração disparado correu para a direção do estacionamento, seus olhos começavam a procurar ela, o panico já começava a tomar conta de sua mente, soltou um rosnado quando olhou para o carro e viu as coisas dela no chão jogadas. Não se conteve e soltou um urro de odio quando pode sentir o cheiro dela com medo, que já tinha sentido antes e um cheiro conhecido de excitação. Seus olhos ficaram amarelos e quem conhecia ele podia ve-lo crescer um pouco.
Victor ouviu o urro e a empurrou para um canto mais escondido, não queria que nada atrapalhasse nem mesmo aquele barrulho, forçando o corpo dele contra o dela conseguiu penetra-la enquanto apertava o seio dela forte, Pah soltou um gemido de dor e tentou gritar, mas Victor quando ouviu o começo do grito dela soltou o seio e tampou a boca dela rindo e começando a se mover.
Ao ouvir o grito de Pah Jean fecha os olhos e começa a correr na direção, enquanto se aproximava podia sentir o cheiro do sangue e também de excitação... Os olhos ficavam amarelhos garras começavam a aparecer nas mãos dele, seus pelos começavam a engrossar, a respiração ficava cada vez mais intensa. Já começava a ver vultos entre a escuridão, Jean pode ver muito bem Pah se debatendo, mas Victor a segurando forte, o corpo do rapas se movia forte e sem nenhuma dó, um pouco mais atrás deles a calça e a calcinha de pah com a marca de sapato sobre elas.
Os olhos dele brilhavam, rosnou e pulou sobre Victor mordendo o pescoço dele, os dentes pontiagudos entravam no pescoço enquanto o garoto soltou um grito de dor, as garras de Jean, cravavam no quadril dele cortando boa parte da pele dele, o rapaz que segurava Pah soltava. O braço direito subia ate a cabeça do rapaz o cortando. O sangue de Victor escorria molhando as costas de Pah e o proprio pelo de Jean, um rosnado baixo e cruel pode ser ouvido, ela tremia tentando sair, mas estava presa contra a parede.
Jean vendo como Pah estava empurrou Victor contra a outra parte da parede e abraçou-a por trás envolvendo seu corpo com os braços que voltava ao normal, os olhos dele cheio de carinho para ela. Com passos firmes seguiu para o carro, abriu a porta e pegou todas as coisas dela, Pah tava encolhida no banco, Jean também pegou Victor colocando ele no carro, o rapaz ainda não tinha morrido, não iria morrer sem sofrer pelo que fez.
Todo cuidadoso Jean levou ela para a casa, sempre com ela no colo... Pegou ela no colo e levou para a direção do quarto beijando o rosto dela e indo para o banheiro, deu um banho nela, acariciando o rosto, o corte estava grande na sobrancelha, Jean pode ver pequenos hematomas nos seios dela e também um grande nas costas dela onde Victor deu um soco.
Pah ficou quieta na cama, tava ainda em choque com o que tinha acontecido. Jean ficou abaçado com ela ate não conseguir mais ficar acordada e cair no sono, assim que aconteceu isso a deixou no meio da cama e caminhou ate o carro, agora sim Victor iria sofrer.

quinta-feira, maio 04, 2006

...Hunter...

Mal tinha começado o dia e lá estava eu andando pelas ruas novamente, agora era estranho, aquelas pessoas tão normais... estavam tão estranhas, o senhor Jorge da padaria, agora mais parecia um ser estranho, hora com cara de gato, hora com cara de humano. Não dava para ficar naquela padaria esperando o pão sair, mas que ideia também, comer alguma coisa naquele instante.
Voltei a andar quieta, de cabeça semi baixa, assim evitava de ver aqueles corpos cadavericos com larvas no rosto dirigindo onibus de crianças, me deu um aperto no coração e uma vontade de bater aquele ser ate ele sumir, por segundos me lembrei do meu primo, meu estomago começou a embrulhar... Mas o que poderia fazer... A ansia subindo, não pude evitar, apoiada numa arvore pus para fora o que queria sair, não estava me importando que era um parque e muitas pessoas passavam, afinal... Tinha que botar para fora o que estava entalado.
Tentei apressar os passos, mas para isso teria que andar olhando para frente, ter mais cuidados com os carros, mais me fala como cachorros consegue dirigir? Ah... As coisas estavam ficando muito confusas para mim, não começei a pensar direito... Devia estar drogada, tinha que ter ficado em casa e enfrentado a policia, afinal matei meu primo a sangue frio, bem não meu primo, ah quem iria acreditar... “-Foi sem querer seu guarda eu achei que era um zumbi com vermes comendo a cara...” nem eu acredito nisto, me fala... você acreditaria nisto?
Demorei mais do que o normal, ate chegar na casa da Amelia, bati na porta e resei com toda a fé, que acabei criando no caminho, para que ela abrisse a porta logo. Fui atendida, afinal a porta logo foi aberta e Amelia ainda de roupa da noite anterior me olhou, primeiro assustada por ser tão cedo e já estar perturbando ela... Educadamente me chamou para entrar, não me contive e a primeira coisa que fiz foi olhar nos fundos dos olhos dela, abraça-la e começar a chorar como uma criança perdida, Amelia no começo não soube o que fazer, só me abraçou forte e fez um cafune.
Juro que não acreditei no que ela estava me contando, nas coisas que ela tinha que fazer o no que ela passava, mas no fundo sabia que era verdade, afinal passava por isso... Pela primeira vez Amelia falou tudo, disse o porque dela estar sempre viajando e sempre mudando de casa e telefone. Quando aquilo começou ela se assustou e acabou atirando no namorado, foi uma barra, ainda bem que não foi aqui. Explicado tudo e panicos contidos, ela me ensinou como agir naqueles momentos.
Depois de uma semana com a policia atras de mim Amelia resolveu me mandar para a casa de um amigo, ela falou que lá iria aprender a me virar e também a me defender das coisas estranhas do mundo. Achei que ela estava brincando, mas aceitei ir, afinal precisava sumir por alguns tempos.
Chegando na fazenda do Raul pude ver um estande de tiro, bonecos para artes marciais, fiquei um pouco receosa, mas não tinha o que fazer... Fiquei quieta por alguns instante no carro enquanto Amelia descia e abraçava Raul, os dois pareciam não se ver a algum tempo, eles conversaram por um grande periodo de tempo, o que foi suficiente para sair do carro e andar um pouco pelo lugar. Quando voltei os dois estavam me esperando, Raul começou a me explicar as coisas, mas Amelia educadamente cortou ele e logo entrou no carro e partiu me deixando la.
O tempo começou a passar e Raul começou a me ensinar as coisas: lutar com armas brancas, também arte marciais... começei a atirar também, primeiro com armas de pequeno calibre, mas logo ele foi subindo e me dando armas mais estranhas e pesadas, juro que não sabia para que iria precisar disto.
Chegou uma noite de lua cheia ele virou para mim me dando uma roupa legal, calça de couro preta, uma jaqueta com um desenho estilizado bonito... Não entendi a principios o porque da roupa, logo Amelia chegou com um Jipe preto e prata e nós subimos indo para a direção de uma cidade mais afastada da minha, me assustei quando vi algumas armas no carro, curiosa perguntei e os dois felizes falaram que iam me iniciar.
Sem entender dei de ombro, chegamos num barsinho na beira da estrada, quando entrei eu quase vomitei, tinha um monte de cadáveres, mas estavam todos andando e falando, fiquei com um pouco de medo foi quando vi Amelia e Raul tirarem duas granadas do carro e jogarem la dentro, quando explodiu já estava mais afastada, mas ainda cai no chão, olhando para tras pude ver varios daqueles seres malditos pularem gritando e pragejando, Amelia e Raul riam e logo começaram a atirar, fiquei sem saber o que fazer, mas logo que cheguei no jipe também peguei uma arma... Estavamos acabando com aquelas pragas.
Me senti realizada acabando com aqueles cadáveres, logo que terminou tudo Raul e Amelia me deram um banho de cerveja gelada... Tremia de volta para a fazenda, me deram um nome... A Visão da Verdade, achei o nome ridíulo, mas eles são os mais velhos.
Foi assim que e dei o primeiro passo para cair nesta gaiola...

segunda-feira, abril 17, 2006

Danna Jean-Luc

Meu nome é Danna Jean-Luc, na verdade era para ser Danna Grimaldi, mas minha mãe não achou prudente eu ter o sobrenome dela já que nunca saberiam que eu era filha dela. Pena que ela não contou com meu pai bebendo e brigando comigo por causa disto... A maior pergunta é: porque não me assumir, quem se importa... Agora tenho uma mãe melhor, pai... Não me importo de ter ou não. Vou contar a historia que eu sei por cima.
Charles Jean-Luc, 39 anos, francês rico, boa pinta e carismático. Típico de todos os franceses, afinal eles acham que vieram ao mundo gastar dinheiro e curtir a vida regada à bebida e a sexo, perdas de tempo.
Stéphanie Grimaldi, princesa de Mônaco, 39anos. Princesa de Mônaco, divorciada duas vezes... Vários namorados, um ate expulso pelo pai e aos 17anos sofreu um acidente com a mãe Grace Kelly.
Foi nesta época que o monarca Rainier III descobriu que sua filha mais nova estava grávida... O maior problema era, descobrir quem era o pai. Ainda no começo de gravidez foi fácil esconder este fato da imprensa, pois todos estavam mais preocupados com a morte da Princesa Grace Kelly.
Algumas investigações por meio de detetives particulares o príncipe Rainer III descobriu o nome do pai, um francês chamado Charles Jean-Luc que na época também tinha 17 anos.
Pressionando a filha descobriu como aconteceu. Em uma das festas os dois resolveram dar um passeio pelo hotel, papo vai papo vem, champagne e outras bebidas logo estavam se beijando em uma suíte qualquer. O álcool e o proibido influenciaram para que os dois sucumbissem a luxuria... Palavras bonitas para falar que eles transaram sem nenhuma responsabilidade nem preocupação... E isso resultou em mim... Danna.
Houve uma briga, discussões e um pequeno problema diplomático... Meu pai ficou proibido de entrar em Mônaco ate que a criança completasse uns 16 anos.
Quando nasci minha mãe queria ficar comigo, mas o poderoso príncipe não permitiu me mandando aos dois meses de vida para os braços do meu pai que não teve alternativa a não ser cuidar de mim afinal era dele também. Charles na sua inocência ou estupidez assinou um contrato onde não poderia nunca revelar de quem era a mãe de sua filha, ele assumiria toda a responsabilidade em troca de uma gorda pensão.
Isso nunca foi problema, afinal fui criada por babas e em escolas internas. Acho que é por isso que não ligo de ter pai... Agora mãe é outro caso, sempre fui à excluída de tudo, pois meus pais eram ausentes, alias... Eu sempre achei que não tinham nem pai nem mãe... E que Charles cuidava de mim por pena.
Já com este pensamento aos 10 anos comecei a conversar com meu “pai” e perguntar sobre minha mãe. Como já tinha bebido um pouco a mais começou a falar tudo o que não deveria ouvir... Falou que minha mãe me vendeu para ele, também falou que não passava de um erro e que nem precisava fazer nada, pois nunca iria conseguir ser alguém na vida. Deste dia em diante nunca mais chamei ele de pai... Comecei a estudar para ser a melhor e provar que ele estava enganado.
Após terminar os estudos comecei a me preparar para uma faculdade e como não queria ficar perto de meu pai resolvi ir para outro país, procurando e revirando alguns papeis vi que ele não poderia entrar em Mônaco correndo risco de ser preso... Não deu outra, quando tive idade parti para Mônaco estudar... Passei na melhor faculdade e agora terminando o curso de Administração.
Não percebi ate a poucos uma mulher que sempre me observava... O nome dela era Perola Piaget, uma mulata muito bonita que me adotou como filha... A principio não entendi o porque... Agora com ela me explicando a situação e vendo a não vida que ela leva só consigo admirá-la cada vez mais.
Adotei Perola como minha mãe já que nunca soube quem era a minha verdadeira mãe... Quando completei 20 anos Perola me “contratou” como sua secretaria particular e nosso vinculo se torna mais forte a cada dia.
Pensei nunca amar uma mulher nem chamá-la de mãe... Mas com Perola é diferente, ela foi à mãe e o pai que eu nunca tive, me dando atenção e carinho... Daria minha vida para fazê-la feliz.
Sou a primeira da turma em Administração só que ainda estou no começo do curso... Perola me ajuda em muitas coisas, me ajudou a solucionar esta grande interrogação que é a minha vida.
Nós contratamos um detetive e ele descobriu quem era minha verdadeira mãe. Faz um mês que eu sei disto e o que sinto por Perola aumenta a cada dia e nunca ira mudar, já por Stéphanie e Charles só sinto desprezo.

quarta-feira, março 29, 2006

Um manifesto contra a guerra e homenagem aos que perdem suas vidas em vão.

Olá, tudo bem? Comigo sim. Você lembra de mim? Não? Eu lembro de você. Seja você quem for. E você me conhece. É. Delírio. Também acho meu nome bonito. De-lí-rio. Nome cor de canto de sabiá, não? Engraçado que não lembre. Tão engraçado quanto o pingüim que mora no Saara. Ele conta ótimas piadas. Você me vê muito e ainda não se lembra. Tô chateada. De mal. Pronto, passou. Sorria. Chore. Tá bom, já pode parar. Entendo que não lembre de mim. Você me confunde com sonho. Não sei como consegue. Ele é menino! Eu sou menina. Viu? Vestidinho. Olhos coloridos. Um azul e um verde. E meu irmão é bem mais velho. Podia me confundir com um arco-íris. Eu não ia reclamar. Mas deixa pra lá. Eu deixo. Queria falar sobre outra coisa. Sobre a menina. Outra menina. Ela mora em uma cidade velha. Não tanto quanto eu. Mas pra uma cidade é velha. Sabe as mil e uma noites? Foi lá. É muita noite. Tanta noite que a lua cansou de subir e descer no céu. Mas a menina. Ela é bonita. Tem cheiro de pessoa nova e sem maldade. Todo mundo é assim no começo. Gosto de pessoas assim. Elas sabem meu nome, tá! Elas sabem muita coisa e vão esquecendo. Por isso morrem de velhas. Esquecem de viver. Lembra da menina? E da cidade? Pois é, a cidade tá caindo. Toda cidade cai, eu sei. Eu vi uma levar um tombo outro dia. Parecia jogo de xadrez! É, as torres caíram. Acontece. As pessoas me vêem mais nessas horas. Interesseiras. Nem trazem chá. A cidade. Tá caindo, aos poucos. Caindo casa a casa. Sabe quando peças de dominó caem pra alguém ganhar um prêmio? É isso. Só que diferente. É guerra. Medo. Não gosto de guerra. Você gosta? Alguém sempre gosta. Vocês que inventaram. Engraçado que nem sabem o que é. Guerra é quando pessoas odeiam a vida. Puxa, ela não fez nada! Ou fez? Vou perguntar pro Destino. Ele sabe tudo. Ele é o meu irmão. Viu? Ela não fez nada! Tadinha. E a cidade caindo. Ao mesmo tempo, eu tô longe. Numa casa grande. Bem grande. Adoro branco. Branco é o nada que é tudo. É sim. Tem um homem na casa que me vê. Ele manda em muita gente. Escoteiros? Pessoas de uniforme. Tão lindinhos antes de morrer! Outra casa. Bem grande também. Outro homem. Esse manda em outros escoteiros. Já sei! São eles que tão de mal com a vida. Eles me vêem e sorriem. Eu sorrio de volta. Eles estão contentes. Deve ser porque a cidade tá caindo. A casa da menina também. Caiu. Em cima dela. Muito barulho, assim ninguém dorme. Sonho vai ficar bravo. Mas tá só olhando as coisas. Destruição tá aqui! Eu sei. Meu irmão. Ele não gosta muito disso, mas tá aqui. Pessoas desejam viver. Elas querem muito. Desejo chega, mas atrasada. Isso a deixa irritada. Todo mundo grita. A menina também. Desespero dá gargalhadas. Ela gosta disso e já chegou. É. Não adianta. A cidade caiu. Aconteceu o que iria acontecer. Destino. Ele fecha o livro ao chegar. A menina? Tá na casa. Aquela que caiu em cima dela. Hayat. É o nome da menina. Presta atenção! É o nome dela. Entendeu? Não? Pensei que falasse a língua de Maomé. É vida. O nome da menina é “Vida”. Ih, chegou. Minha irmã mais velha chegou. Morte. Ela vai levar a Vida. Mas antes. Antes, a menina olha pra mim. Ela vê nos meus olhos. No verde e no azul. Ela vê como tudo era. Ela vê como tudo poderia ser. Se não a odiassem e tudo fosse diferente. Sabe o que fiz? Vi nos olhos dela também. É. Por isso fiquei triste. Todo mundo olha pra mim antes de partir. Todo mundo. Meu nome é Delírio.


by Leonardo Marcello

terça-feira, março 21, 2006

...Hunter...

Não sei como sobrevivi... Era tarde da noite e ainda estava andando, aquele allstar preto, a calça jeans, a camisa branca e a jaqueta eram as unicas coisas que me aqueciam daquele frio miseravel... Pensei mil vezes em parar num orelhão e ligar para minha mãe me buscar, mas e a vergonha onde estava... Continuei a andar devagar, meus olhos já vermelhos de sono ardiam e também me pregavam peças... Tentei permanecer acordado, mas estava cada vez mais dificil, a cada passo que dava meu corpo adormecia pouco a pouco... Ainda não me lembro direito, alias, a unica coisa que me recordo direito foi aquela moça aparecendo para mim sorrindo e falando. "Vc agora vai ter que ajudar a todos..." Não entendi de emediado, mas pq eu tinha que olhar para a praça. Foi a coisa mais medonha que eu já vi, a principio via um rapas com o seu cachorro, em seguida um cachorro bem grande, pelos negros e bipede... tomei um susto e realmente corri, não sei como aquele rapaz-cachorro me viu correndo, acho que ouvi ele gritar alguma coisa, mas meu desespero era tão grande que não consegui pensar nem raciocinar... chegando em casa não pensei duas vezes, nem sabia onde estavam as chaves, então fiz algo que eu pensava inacreditavel.. Pulei o muro tão rapido que ate mesmo aquele rapaz-cachorro iria se surpreender... não tive coragem de olhar para tras, meu coração batia tão forte... Correndo abri a porta de casa e me tranquei la dentro, meu corpo tremia, meu coração e minha mente estavam trabalhando a mil por hora... Caminhei ainda palido para a cama e me joguei nela... Esta foi a ultima vez que pude falar que fui normal.
Dormi ainda assustado, tive varios pesadelos e tive soei muito... Quando resolvi acordar, passei a mão pelos meus cabelos e resolvi que aquilo devia ser por causa do que bebi e das drogas que meus amigos usaram, do trauma que eu tive... Respirando fundo levantei da cama olhando para o quarto, estava tudo normal, aquilo realmente era um fruto da minha imaginação... tirei a camisa e o short e sai só de roupa intima... Parando na porta do quarto do meu primo, que estava fechada, dei duas batidas e abri a porta, levei um susto... Meu primo dormindo parecia que estava morto, vermes percorrendo o rosto dele, aquele aspecto de carne podre, não tive muita reação a não ser fechar a porta e correr para o banheiro.
Estava tão assustado que a primeira coisa que eu fiz foi abrir a torneira e jogar minha cabeça debaixo da água... Sentia a água me refrescar as ideias, estava de olhos fechados, levantei a cabeça e com um pouco de medo começei a abrir os olhos, nossa foi um alivio quando me vi, deu um sorriso e murmurei.
“- Devia estar sonhando, certeza...”
Saindo do banheiro caminhei de novo para a porta do quarto, quando eu vi a maçaneta se movendo, sorri para cumprimenta-lo pelo aniversario, quando vi era aquele cadaver ambulante, entrei em panico, começei a socar, estava fora de mim, não sabia mesmo o que estava fazendo... No desespero peguei um candelabro e começei a acertar aquele ser... Os vermes sendo destruidos e também a face daquele maldito ser, quando dei por mim estava com a mão manchada de sangue, minha mãe gritava desesperada em direção a sala, provavelmente ligando para a policia, não pensei em outra coisa... entrei no meu quarto colocando uma roupa e pegando minhas coisas pessoais... Nem fui pela porta da frente, pulei a janela e corri, ainda não sei como mais consegui fazer o mesmo que anoite passada, pulei o muro com uma facilidade, estava começando a gostar e me assustar com isso... Perdida não sabia para onde ir, lembrei de uma amiga bem reservada e que tinha varios medos... Sem pensar duas vezes corri para a direção da casa dela, queria alguem para me ajudar.
Foi bem assim que tudo começou... agora... não me lembro bem como eu parei nesta gaiola... Alias... Isso é outra historia.

quarta-feira, março 15, 2006

La danse de la passion. Cap 2

Como eu pude ser tão burra e deixar aquela beldade escapar novamente dos meus braços, nunca pensei que iria falar, mas maldita hora que a levei para a academia em Saint Glausboury. Maldita hora que aquele ser insignificante bateu os olhos nela e a tomou para dançar... Mas também, como não se encantar por tal criatura, meiga, simples, carinhosa e delicada.
A primeira aula foi um desastre, o professor chegou e viu Pah quieta num canto, aquelas pessoas estranhas todas agarradas em seus parceiros nem deram oportunidade para a novata, grande erro... Assim que Jean a olhou se encantou, alias, quem não iria se encantar com ela, uma japonesinha com modos inglesses cabelos longos aloirados, olhos verdes e um corpo delicado.
Ao som do Bolero de Ravel Jean tocou nas delicadas mãos de Pah e tudo se perdeu, não estava la, mas não precisava estar... Me ferve o sangue só de imaginar ela naqueles braços... envolvendo o corpo do meu anjo e sem pensar muito começando aqueles movimentos suaves e provavelmente certeiros que ela sempre faz, afinal, só tenho os melhores e ela é a melhor.
Provavelmente Jean se encantou com ela assim como eu, os toques de menina, olhar de mulher, sorriso misterioso, cheiro delicado e pele macia... Tudo isso misturado em um só ser, criado para enlouquecer homens e algumas mulheres também.
Me falaram que foi lindo a dança, todos ficaram boquiaberto, os olhos de admiração, inveja e desejo estavam a tona sobre o ‘casal’... A mão esquerda na nuca dele, a mão direita dele envolta na cintura, os corpos colados, os olhos fixos um no outro, afinal... O cavalheiro é da dama, somente da dama e Pah sabe disto muito bem disto e com aquele jeito meigo e indefeso, ela conquista seu cavalheiro e o de outras também.
Foi a musica inteira, se bobiar eles ficariam dançando por muito tempo, mas a pequena não estava cem porcento então tiveram que parar. Foram para a direção a cantina onde ficaram a conversar, eu preciso conquistar a amizade daquele tal de Lucas, um garoto ruivo, aparentemente irlandês que serve como um garçom naquela pequena cantina, assim poderei saber mais da relação sobre os dois.
Depois da aula que começou o meu tormento, não sei como aconteceu, mas Jeremias o porteiro do Perola de Ouro, meu fiel servo avisou que Pah levou um homem para seu quarto, pela descrição tinha seus 1,88m; olhos e cabelos pretos, pele morena de sol e um rosto masculo e barba para fazer... Minha vontade era matar aquele rapaz, como ele ousa entrar no quarto de uma garota inocente, se souber que ele tocou nela irei esfolar aquela pele.
Jeremias me disse que eles ficaram mais ou menos uma hora no apartamento, como eu queria estar acordada para acabar com esta festa, iria colocar aquele serzinho em seu lugar. Também me falou que depois eles sairam em direção ao mar, provavelmente iria leva-la para jantar ou algo do tipo.
Passou mais ou menos quatro horas e ela ainda não voltou, o que eles estariam fazendo, eu sei o que estaria fazendo com ela... Provavelmente estaria com o corpo junto e matando minha sede, vontade e desejo. Mas ela estava com outro e não poderia permetir, conversando com umas pessoas, falando com alguns amigos, conversando com alguns aliados foi facil fazer com que Yo ligasse para ela.
Ainda estou aqui... Já são quase uma da manha e a chuva que cai é torrencial... Meu odio é visivel, pois a garota não voltou, ainda vou matar aquele rapaz e ela será minha como sempre foi.

sexta-feira, março 10, 2006

...Noite Fria...

A noite fria... A respiração dela fazia aquele vapor porque o ar no corpo dela era mais quente que o de fora... Isso mostrava que ela estava viva, por quanto tempo... Muita gente queria aquela pele... Hum pele rosada, sem nenhuma marca... Porque aquelas bestas queriam isso... Meu sangue ferve toda vez que eu vejo isso... Não sei porque ainda não fui falar com ela... O uivo está chegando mais perto a cada instante... Juro que se tivesse um coração que batesse agora ele estaria a mil, mas não posso fazer nada a não ser esperar... Porque estas bestas a querem... Tão perfeita... Tem que ser minha... Só minha... Agora sim... Ela esta sozinha e vai ser minha...
Ele pula de cima da arvore e começa a caminhar saindo das sombras do esconderijo atrás dos arbustos... Ele caminha devagar afinal queria assustar ela... Os passos dele são lentos... Enquanto a garota senta em um banco, parecia perdida uma lagrima caia... Os olhos dele ficavam vermelho sangue olhando para o homem se afastando... Mas em sua mente agora era ela.
"-Porque choras garota?”.
A menina assustada olha para ele... Balança a cabeça.
'-Nada senhor... Foi só uma briga...’
Na mão dela podia ver a marca de aliança, mas não uma aliança... Ele sorri, sabia que era neste exato momento que teria que agir... Os uivos de novo... Ele balança a cabeça e senta-se do lado dela.
"-Se quiser ajuda... você pode não me conhecer, mas eu lhe conheço bem... ele não prestava para você”.
A garota olha assustada... Respira fundo e balança a cabeça.
'-Como pode ter certeza?'.
Ele da um sorriso e acaricia o rosto dela falando sempre calmo.
"-Só eu sou o homem certo para você”.
Ela se levanta meio assustada.
'-Como assim?'
"-Não posso explicar isso agora...".
Segurando-a pelo pulso ele a puxa os dentes caninos agora estavam maior... Ela não era tão forte... Fora fácil ele dominá-la... A pele sendo cortada... O sangue escorrendo e ele sorvendo tudo de uma vez... Engolia cada gota de sangue que escorria da ferida que ele mesmo fez no ombro dela...
Espera... Tem alguma coisa errada... Este sangue... É forte de mais... O que ela é... Por Caim...
Quando mais o sangue ele bebia mais a besta crescia em seu interior... Os olhos vermelhos estavam brilhando como brasa... O corpo dele parecia que ia explodir... Ela já não conseguia ficar em pé... E ele não conseguia mais segurar ela... O corpo dela ficando menor...
Ah Caim... Não... Peluda não...
Ele não conseguia mais segurar... Deixando o corpo dela cair no chão... Um grito na sua garganta, os lábios ainda vermelhos... Ele solta um grito de ódio, raiva e amor... Tudo misturado.
“-NÃOOOOOOOOO!...”.
Abaixando a cabeça ele vendo o corpo dela parado... Quase sem vida sem sangue... Pensara em sair correndo e deixá-la morrer... Seus amigos estavam chegando ele podia sentir no ar o cheiro deles... Podia senti os outros garous se aproximando.
O olhar dele nos dela... Respira fundo... Pegando-a no colo começou a andar... Tinha que sair do parque... Os passos dele eram rápidos, mas sabia que precisava de um esconderijo... A primeira casa foi perfeita... Bateu na porta.
"-Por favor, minha namorada ta machucada... deixe-me entrar...”.
A mulher assustada vendo a garota no colo abriu a porta, um grande erro... Ele entra pegando a mulher pelo pescoço, num movimento quebrando o pescoço dela.
Deixando-a cair no chão, a única coisa que importava naquele momento era sua amada... Deixando a garou no sofá ele volta fechando a porta e voltando-se para ela... Com um ato desesperado ele corta seu pulso e coloca na boca dela... Com lagrimas caindo ele murmura.
"-por favor... não morra... não você...".
O sangue dele escorria pela boca dela... Manchando o sofá e sua roupa... A garota ainda estava sem nenhum movimento... Na mente dele voava...
Pq não funciona... Porque ela não volta? O que eu fiz de errado... Não... Enquanto ele pensava a garota se moveu... O corpo dela parecia entrar em convulsão... Um grito de dor e agonia podia ser ouvir... O corpo dela crescia... Ficando o quádruplo do tamanho normal... Ele só pode se afastar olhando assustado... Não sabia o que era aquilo... Aos poucos o corpo da garota agora sem roupas voltavam ao normal... Ela não respirava... Nem se movia...
Caindo de joelhos ao lado dela deixando lagrimas cair de seus olhos verdes murmurava.
"-Eu te amo... não se vá... fique...".
Em um movimento a garota abriu os olhos... Que brilhavam, era um brilho laranja uma mistura de amarelo com vermelho, ele nunca vira um brilho assim, mas podia sentir a besta aflorar... Rápido ele trouxe a mulher que matou pra ela...
Em um movimento a garota estava devorando a mulher... Entrando em crinos a garota começou a comer o cadáver e a beber seu sangue... Ele estava assustado de mais para agir... Encostado numa parede... Quando a garota voltou a raciocinar começou a chorar sobre o corpo da mulher... Olhando para os lados e só vendo ele.